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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Gênese 013 Existência De Deus (itens 1 A 7)

*Gênese 013 Existência De Deus (itens 1 A 7)*

1.-  Deus é a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo que existe e a base de toda a criação.

2.-  Constitui princípio elementar que pelos efeitos é que se julga uma causa, mesmo quando ela se conserva oculta. Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento da causa.

3.-  Outro princípio que se tornou axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer  de  uma  causa inteligente. Quando se contempla uma obra de arte ou da indústria, diz-se que produzida por um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana. A ninguém ocorrerá dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, nem, ainda menos, que é trabalho de um animal ou produto do acaso.

4.-  Em toda a parte, reconhece-se a presença do homem pelas suas obras.  Observando-se  as  obras  da da Natureza, por sua providência, sabedoria e harmonia verifica-se que ultrapassam o limite da mais portentosa inteligência humana. Se o homem não as pode produzir, conclui-se que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos que se sustente que há efeitos sem causa.

5.-  Opõem alguns que as obras da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente.
Assim com as moléculas do corpo, as plantas, os animais, os astros, tudo, enfim,  se  rege  pelas  leis  de
atração e repulsão. Por esse raciocínio, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.

6.-  Entretanto, não consideram os que assim pensam que, embora essas forças sejam materiais e mecânicas, não são inteligentes de si mesmas. São efeito de uma causa e não podem se constituir a Divindade. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente.

7.-  Kardec exemplifica citando um pêndulo, que se move com automática regularidade, movida  por  uma  força material. Nessa regularidade é que está o seu mérito. Mas que seria esse pêndulo, se uma inteligência não  o houvesse distribuído inteligentemente essa força, indaga o Codificador? Do fato de não estar essa inteligência no pêndulo e de ninguém a ver pode-se deduzir que ela não existe? A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro e a engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber.

8.-  Quando um relógio dá a hora precisa, nunca ocorreu a alguém dizer: aí está um relógio inteligente. E conclui:

Allan Kardec: " o mesmo ocorre com o mecanismo do Universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras."

9.-  A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens, que nenhuma revelação tiveram, creem, instintivamente, na existência de um poder sobre-humano. Vendo coisas que estão acima das possibilidades do homem, deduzem que provêm de um  ente superior à Humanidade. Demonstram, portanto, mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas.

                                               *QUESTÕES PARA ESTUDO*

a) De que princípio utilizou-se Kardec para demonstrar a existência de Deus?

b) E para demonstrar a sua ação inteligente?

c) Como Kardec refuta o argumento de que as obras da Natureza são produto de forças puramente mecânicas?

*C  O  N  C  L  U  S  Ã  O*

Não existe efeito sem causa, este é um axioma da ciência. Nem sempre, porém, essa causa nos é visível, o que não implica dizer que ela não existe. Sendo esse efeito inteligente, a causa que o origina somente pode ser igualmente inteligente. Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras. Pela grandiosidade das obras da Natureza, porém, há que se concluir que a sua causa não pode ser a inteligência humana. Somente uma inteligência muito superior à do homem poderia dar causa a um efeito de tamanha magnitude.

*QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO*

a) De que princípio utilizou-se Kardec para demonstrar a existência de Deus?
   
R - Kardec se utilizou de um axioma utilizado pela ciência, segundo o qual não há efeito sem causa. É princípio elementar da ciência que pelos seus efeitos é que se julga de uma causa, ainda que essa causa se conserve oculta. Cita, como exemplo,  um pássaro que, ao voar, é atingido por um tiro. Ainda que o atirador não seja visto, é de se deduzir a sua existência. Conclui-se,  pois, que nem sempre se faz necessário vejamos uma coisa para sabermos que ela existe e que, observando-se o efeito, conhece-se a causa.

b) E para demonstrar a sua ação inteligente?
   
R - Kardec parte de outro princípio  elementar igualmente utilizado pela ciência e que também se tornou axioma para comprovar  a inteligência de Deus: todo efeito inteligente resulta de uma causa inteligente. Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras. Uma obra de arte, por exemplo, não pode se fazer por si mesma. Reconhece-se, nela, a atuação de uma inteligência, pois somente uma inteligência poderia concebê-la. Ninguém admitiria ser obra de um animal ou produto do acaso. Verificando-se que não está acima da capacidade humana, conclui-se ser ela obra de um homem.

Pela perfeição ou imperfeição da obra, poder-se-á reconhecer o grau de inteligência ou de adiantamento do seu autor. A existência do homem pre-histórico prova-se não apenas pelos fósseis encontrados, mas, também, por objetos daquela época trabalhados pelo homem. Uma pedra talhada, por exemplo, pode atestar a presença do homem pouco adiantado; um obra de arte, no entanto, prova que, não sendo ele capaz de produzi-la, somente pode ser obra de uma inteligência superior. O mesmo acontece com a obra da Criação. Observando-se a perfeita harmonia que move toda a Natureza, somos forçados a reconhecer que ela ultrapassa o limite da inteligência humana. Não podendo o homem produzí-la, somente pode ser fruto de uma inteligência superior à da Humanidade. Apenas uma inteligência superior à mais luminosa sabedoria de um homem de gênio seria capaz de produzí-la, a menos que se admita possa haver inteligência sem causa. Logo, essa inteligência somente pode provir da Divindade.                                                                                                                                                                              
c) Como Kardec refuta o argumento de que as obras da Natureza são produto de forças puramente mecânicas?
   
R - Os que se recusam a aceitar a existência de Deus argumentam que as obras da Natureza são efeito de forças puramente materiais, que atuam mecanicamente, em virtude de leis e forças que se põem em ação através de um automatismo. Kardec demonstra que essas leis e forças são materiais e mecânicas e não inteligentes. Sendo a sua aplicação útil um efeito inteligente, é irrefutável a existência de uma causa inteligente por trás delas. Exemplifica com a existência do relógio, que não se pode conceber sem a existência do relojoeiro. A "engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber. Quando um relógio vos dá, no momento preciso, a indicação de que necessitais, já vos terá vindo à mente dizer: aí está um relógio bem inteligente? Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras", conclui o Codificador.


*Pensar o Espiritismo*




*Doutrina*






REENCARNAÇÃO: OUTROS DETALHES


A reencarnação significa a volta do Espírito em sucessivos corpos, diferentes uns dos outros. A reencarnação é o enclausuramento do Espírito, uma prisão, a qual fornece subsídios valiosos para a sua purificação. É uma espécie de auto-aniquilamento das paixões, uma depuração moral que facilita a iluminada oportunidade de entendimento. De re + encarnar, ou seja, entrar novamente na carne, encarnar novamente.

A reencarnação é um dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita. Ela não é uma invenção moderna do Espiritismo; já existia na Antiguidade, especificamente na Índia (o Budismo e o Hinduísmo são um exemplo). Embora fosse característica das religiões orientais, aparece também nas religiões primitivas e nos mistérios órficos dos gregos. Mais recentemente, há menção dela no maniqueísmo e no gnosticismo, como também, nos movimentos teosóficos. O ponto central é a lei do karman (efeito), ou seja, a lei de causa e efeito, em que mostra que o que fizermos nesta vida terá conseqüência na próxima, isto é, na vida futura.

A reencarnação pode ser vista sob diferentes ângulos, inclusive como metempsicose, que é a volta do Espírito num corpo animal, e mesmo em plantas. Embora as religiões orientais defendam a tese moral da metempsicose (punição pelos erros cometidos), a Doutrina Espírita, sob a orientação dos Espíritos superiores, não aceita tal teoria, afirmando que a reencarnação propriamente dita diz respeito apenas aos seres humanos, aqueles Espíritos que adentraram no reino hominal, e não podem mais retrogradar.

Muitos escritores espíritas usam o termo reencarnação como sinônimo de palingenesia. Há que se esclarecer: a palingenesia, de palin (de novo) e genese (nascer) é um termo amplo que se refere a todo e qualquer renascimento, quer se trate da biologia, da matéria bruta ou da vida social. O correto seria usar a palingenesia como um caso particular de reencarnação. Em outras palavras, a reencarnação somente será sinônima de palingenesia quando as duas se referirem ao ser humano. Nesse sentido, José Herculano Pires, em Introdução à Filosofia Espírita, diz que a palingenesia pode ser mais bem visualizada no final da pergunta 540 de O Livro dos Espíritos: “É assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou do átomo”.

A reencarnação é a única que está de acordo com a justiça divina. Sem ela, não saberíamos explicar por quê viemos a este mundo, por quê uns são ricos e outros pobres, por quê que uns nascem sãos e outros doentes. Ela mostra que o ser humano deve fazer a sua evolução espiritual e moral e, uma vez iniciada, não pode mais retroagir, porque a lei do progresso é compulsória.

Há muitas pessoas que não concordam com a justiça da reencarnação. Acham que nossa existência serve apenas para pagar dívidas passadas. A reencarnação, porém, não é punição, mas oportunidade de reajuste às Leis Divinas. Como reflexão, suponha que tivéssemos passado esta encarnação somente fazendo mal ao nosso próximo. Desencarnamos. Isso fica incólume? Não. É preciso que tenhamos uma outra oportunidade para refazer o que fizemos de errado e dar continuidade ao nosso progresso moral. Nesse caso, a reencarnação é um sofrimento, que devemos suportar com coragem e resignação, pois o mal sofrer pode acarretar novos débitos para o futuro.

Agradeçamos a oportunidade da reencarnação. Quem estiver cansado de reencarnar que se purifique.


                *ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Espiritismo para crianças Dedé, o elefantinho

Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - cxcamargo@uol.com.br



Dedé, o elefantinho

Na clareira de uma grande floresta morava, com sua família, um pequeno elefante. Pequeno, modo de dizer, porque na realidade ele era muito maior que qualquer dos outros animais da floresta, seus amigos.

No entanto, esse elefantinho, que possuía uma família amorosa, uma vida tranquila, bons amigos e um lugar lindo para morar, vivia sempre insatisfeito.

E sabem por quê? Por causa da sua tromba que era enorme!

Olhava os outros animais e não se conformava com seu aspecto. E perguntava para sua mãe:

- Por que só eu, mamãe, entre todos os meus amigos, tenho o nariz tão comprido e tão feio?

- Porque Deus quis assim, meu filho. E tudo o que Deus faz é bem feito, Dedé.

- Mas eu queria ter o focinho delicado como o coelho, ou o elegante focinho afilado da raposa! - respondia o elefantinho revoltado.

Inconformado com a sua figura, o pobre Dedé ficava horas a mirar-se nas límpidas águas do lago, chorando e se lamentando da sorte:

- Buá!... buá!... buá!... Como sou horrível!

Certo dia, após muito chorar, deitou-se à sombra de uma árvore e dormiu. Quando acordou, para espanto seu, notou que alguma coisa estava faltando nele. Afinal descobriu:

- Minha tromba sumiu! Viva!... Minha tromba sumiu!...

No lugar dela havia um focinho como o do porco, parecendo uma tomada.

Agradeceu a Deus o socorro que lhe enviara e levantou-se para mostrar aos amigos o seu novo e belo focinho, tão elegante e discreto.

Mas como estava muito calor, Dedé resolveu refrescar-se nas águas do lago.

Tentou pegar água com o focinho para lavar as costas, mas não conseguiu. E era tão bom quando podia jogar água como um chuveiro!

- Não tem importância, pensou. - Estou com fome e vou comer algumas folhas.

Saiu da água e dirigiu-se para a árvore onde lá no alto viu umas lindas e tenras folhinhas novas.

Logo percebeu que não conseguiria.

Esticou... esticou... esticou o focinho e nada. Era muito curto e não conseguia alcançar o galho da árvore.

Tentou apanhar algumas folhas no chão, como sempre fazia com a tromba, mas também não deu certo.

Chiiii! Tentou coçar as costas, tentou tomar água, mas tudo sem resultado.

Ele, que estava tão satisfeito e animado com o novo focinho, começou a ficar triste e desolado, pensando que ia morrer de fome e sede sem a sua tromba.

Andou um pouco pela floresta pensando em como iria resolver o seu problema, quando encontrou o coelho e o esquilo, seus amigos. Ambos deram um grito, assustados, sem o terem reconhecido.

- Sou eu, Dedé. Não me reconhecem?

O coelho e o esquilo olharam para ele, já mais tranquilos, e responderam a uma só voz:

- O que aconteceu, Dedé? Você está horrível!

E ele contou como tinha pedido tanto a Deus para que lhe tirasse a tromba indesejável.

- Ora, e agora como é que você vai nos levar para passear nas suas costas? Sem a tromba, como é que vamos subir?

- É mesmo! - lembrou-se Dedé, já arrependido.

Deixou os amigos e foi para casa. Mas seu pai, sua mãe e os irmãozinhos não o aceitaram, dizendo:
- Vá embora! Não reconhecemos você!

- Mas eu sou o Dedé! Não me reconhecem?

- Mentiroso. O Dedé é bem diferente e tem uma linda tromba como a nossa. Suma daqui!

E o elefantinho, expulso pela família que ele tanto amava e que não o reconhecera, afastou-se a chorar desconsolado.

Nisso, Dedé acordou ainda com lágrimas a caírem pelo seu rosto. E muito satisfeito percebeu que tudo não passara de um sonho. Olhou sua tromba, novamente no lugar, com muito carinho, e suspirou aliviado.

Correu a contar à sua mãe o sonho que tivera e acrescentou com firmeza:

- Agora eu sei que Deus sabe realmente o que faz. Nossa tromba é muito importante e útil em nossa vida.

- Exatamente, meu filho, e fico feliz que você tenha entendido essa verdade - concordou sorrindo a mãe de Dedé.

E desse dia em diante nunca mais Dedé desejou ser diferente, vivendo sempre feliz com o que Deus lhe concedera.



*Evangelho Redivivo* NADA SEM DEUS

*Evangelho Redivivo*




NADA SEM DEUS


Tentando agradar aos outros, distanciamo-nos, muitas vezes, da nossa própria missão. Por que escrever dezenas de livros, se essa não é a nossa tarefa? Será que, quando dizemos que escrevemos isso, fizemos aquilo, tencionamos fazer aquilo outro, não estamos muito mais atendendo ao nosso orgulho e vaidade do que à vontade de Deus? Por isso, antes de empreendermos qualquer trabalho, peçamos humildemente o beneplácito do Criador. Observe a vida de Jesus e de Sócrates: eles não nos deixaram nada escrito, mas seus pensamentos atravessaram os séculos.

Reflitamos sobre o objetivo de nossa encarnação. Por que entramos pela porta larga dos prazeres fáceis, se assumimos, no mundo espiritual, um compromisso voltado aos deveres da porta estreita? Para tal mister, façamos sempre os exercícios de autoconhecimento, no sentido de captar os anseios do nosso eu imortal. Tornando isto uma constante, a necessidade de nos compararmos com o próximo é reduzida a zero. Não havendo comparação, podemos alçar o voo de nossa própria libertação, através das tarefas que nos foram designadas.

Como saber se estamos realmente seguindo a vontade de Deus? A vontade de Deus é uma espécie de voz interior que fala ao nosso ouvido. Muitas vezes não queremos ouvi-la, porque ela nos convida a fazer algo que não gostaríamos de fazer. Mas ela lá está indicando-nos o caminho. O medo e a falta de fé impedem-nos de mudar o rumo, pois gostamos da comodidade, da preguiça e do deleite. Acontece que não adianta fugir, porque segundo o anexim, “sempre somos levados para os caminhos que devemos percorrer”. E quanto mais fugimos, mais nos direcionamos para o nosso caminho.

Observe a vida dos grandes mártires da humanidade. O que levou um Francisco de Assis a tomar o manto da pobreza, um Nobel a distribuir toda a sua fortuna para o avanço da ciência, um Chico Xavier a psicografar mais de 400 obras? O que leva uma pessoa a tomar conta de uma Casa Assistencial e auxiliar aqueles que não têm nem o que comer? Pelo exposto, essas pessoas não são movidas pelo dinheiro, pelo econômico. Se não o são, haverá um outro estímulo, muito mais precioso, que está além dos sentidos físicos, figurando, quem sabe, no anelo com a vontade de Deus.

Uma vez entrado por um caminho, prosseguir, a não ser que estejamos em erro. Mas se isso não for o caso, já não dá mais para voltar. O dardo está lançado. Basta apenas acionarmos a fé que enfrenta a oposição dos homens e que não tenha medo de passar pelo ridículo. A coragem da fé não se mostra só nos grandes eventos, mas nas ações apagadas e humildes em que devemos testemunhar os ensinamentos do nosso mestre Jesus. Nada deve nos intimidar, pois se Deus está conosco, que será contra nós? Observe o exemplo de Paulo, depois da queda no caminho de Damasco.

Não importa que os outros não nos entendam. Cada vaso com sua utilidade. O importante é sempre perguntar: a minha consciência está pura? Se nada nos apontar, prossigamos, apesar das asperezas do caminho.


*SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*




domingo, 19 de fevereiro de 2017

*Pensar o Espiritismo* *Doutrina* REENCARNAÇÃO


*Pensar o Espiritismo*





*Doutrina*

REENCARNAÇÃO


Encarnar – Do lat. incarnare – significa penetrar (o Espírito em um corpo). Reencarnar (de re + encarnar) significa a volta do Espírito em um novo corpo físico. Reencarnação (de re + encarnação) é a doutrina da pluralidade e da unidade das existências corpóreas, isto é, do nascimento ou renascimento de Espíritos tanto na esfera terrena como na de outros planetas.

A reencarnação é um princípio veiculado desde a mais alta Antigüidade. Pitágoras não foi o criador da reencarnação (confundida com a metempsicose), pois absorvera esses conhecimentos das filosofias indianas e dos meios egípcios, onde ela existia desde épocas imemoriais. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, não inventou, pois, a reencarnação. Apenas deu-lhe um tratamento racional, mais conforme às leis progressivas da natureza e mais em harmonia com a sabedoria do Criador, ao despojá-la de todos os acréscimos da superstição.

O princípio da reencarnação funda-se na justiça divina e na revelação. A reencarnação é inerente à inferioridade dos Espíritos. Deus, na sua infinita bondade, deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento. Nesse sentido, a finalidade da reencarnação pode ser uma prova, uma expiação ou uma missão. Porém referindo-se sempre à evolução e à perfeição do Espírito encarnado.

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias. O limite é a perfeição do ser. Assim, exauridas todas as possibilidades de um mundo, o Espírito pode reencarnar em outro, a fim de dar continuidade até atingir a perfeição. Por outro lado, caso não tenha acompanhado a evolução de um determinado orbe, pode encarnar em outro menos evoluído, o que se tornará uma dura provação para o Espírito.

A finalidade da encarnação, como vimos, é a perfeição do Espírito. Isso porque, se o Espírito permanecesse eternamente no mundo espiritual, não evoluiria tão rapidamente como estando encarnado. Aqui, ou em outros mundos, sofre as limitações do corpo físico, as intempéries do tempo e as condições ambientais inerentes a cada globo. Tudo isso para o fortalecimento do ser.

Aproveitemos a oportunidade de estarmos reencarnados. Não nos deixemos abater pelas provas e expiações que se fazem necessárias ao nosso adiantamento espiritual.




          *ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*




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sábado, 18 de fevereiro de 2017

NADA RECLAMAR

*Evangelho Redivivo*

NADA RECLAMAR



Há um ditado popular que diz: “Quem vive, reclama”. A reclamação de nossa situação presente torna-se quase natural. Mas, é correto estar sempre se queixando? Não seria mais racional aceitarmos os problemas, tais quais eles são? Como modificarmos as nossas atitudes mentais menos felizes? Eis o propósito das linhas que se seguem.

As alterações climáticas influenciam sobremaneira os nossos sentidos. Basta amanhecer chovendo, para nos colocarmos em defensiva contra a natureza. Pensamos: “justo agora que eu tenho de sair para o trabalho; não poderia chover mais tarde?” Se o calor for excessivo, tornamo-nos ingratos para com o Criador. Quando o frio aumenta de intensidade, a queixa contra a Divina Providência não é menos relevante. Pergunta-se: podemos modificar a natureza? Será que a nossa reclamação vai mudar o status quo, ou seja, fazer o frio ficar menos frio, a chuva parar e o Sol diminuir a sua irradiação calorífica?

O desgosto pela vida aparece em diversas ocasiões. Se temos uma ocupação, reclamamos dela; se não a temos, rezamos para tê-la. Se estamos solteiros, pedimos ao Criador uma companheira ou um companheiro; se estamos casados, queremos voltar à condição de solteiros. Assim, as contradições em nosso dia-a-dia chegam ao infinito. Observe por quantos estados emocionais passam, num único dia, os nossos pensamentos: ora de alegria, ora de tristeza, ora de apreensão. É preciso administrá-los a contento, a fim de mantermos a serenidade do nosso espírito.

Temos consciência do tempo perdido em nossas reclamações? Como evitá-lo? Tudo depende do fluxo energético de nosso pensamento. Exemplo: surge-nos uma idéia menos feliz; se lhe dermos azo, ela procurará outras de igual teor, de modo que em pouco tempo e, sem o percebermos, estaremos atolados diante dessa avalanche de negatividade. Se, ao contrário, colocarmos uma contra-senha, ou seja, eliminarmos a sua eclosão tão logo bata no limiar da porta, estaremos criando condições para fortalecer os pensamentos altruístas.

A renovação da atitude mental é extremamente valiosa. Nesse sentido, podemos estar com uma dor física insuportável, sem a sofrer, pois não a deixamos penetrar em nosso psiquismo. Do mesmo modo, podemos estar sem dinheiro, mas permanecermos ricos interiormente; estar sem emprego, mas empregar bem as horas do dia. O nosso equilíbrio psicofísico-espiritual depende destas mudanças de atitudes e comportamentos. É preciso, pois, não nos intimidarmos ante as sugestões malsãs de cada dia. O fiel servidor do Cristo saberá contornar cada uma das situações e permanecer tranqüilo, como um relógio durante a tempestade.

O que seria do herói sem os obstáculos a serem suplantados? O que seria da verdade sem os erros para serem corrigidos? O que seria da justiça sem os crimes para serem punidos? Em vista de tudo isso, cabe-nos manter a serenidade de espírito, independentemente das circunstâncias que se nos apresentarem.



*SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*




*Pensar o Espiritismo**Doutrina*

*Pensar o Espiritismo*




*Doutrina*


PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL
                    

Perturbação – do lat.  perturbatione –  significa   mudança, alteração,   modificação.  Perturbação espiritual, estado de confusão,  embaraço,  obnubilamento (maior ou menor,  conforme  o grau  de  adiantamento  moral)  do Espírito  no  momento  de  sua separação do corpo físico.

No  momento  da  morte  tudo é confuso.  O  Espírito,  isento  da vestimenta  física,  fica  como  que  atordoado  ao  entrar  numa dimensão  diferente daquela  que estava vivenciando. Há perda  de lucidez e de memória. Muitos dizem-se penetrar num túnel  escuro. As  sensações  dos  que morreram com pureza  de  consciência  são completamente opostas das daqueles que morreram apegados aos bens materiais.  É  que  os primeiros se preparam para  o  porvir;  os demais, encastelaram-se na superficialidade da matéria.

A  duração  do  estado de perturbação espiritual,  no  mundo  dos Espíritos, varia para cada um de nós. Uns recobram a lucidez e  a memória  rapidamente;  outros, lentamente. Tudo de acordo  com  o grau  de  evolução  espiritual  alcançado.  De  qualquer   forma, inteirando-nos  de  nossas experiências passadas,  boas  ou  más, podemos  projetar  o nosso futuro, inclusive com  relação  a  uma próxima encarnação.

Os  gozos e as penas futuras dependem do estado  consciencial  de cada  ser.  Os  Espíritos  que praticaram o  bem  estarão  com  a consciência  pura,  portanto,  aptos a  usufruírem  das  alegrias celestiais.   Os  Espíritos  que  praticaram  o   mal,  terão   a consciência turva, portanto, deverão sofrer as penas, no  sentido de se reajustarem às leis naturais.

O  conhecimento do Espiritismo auxiliar-nos-á na  compreensão  da maior  ou menor duração da perturbação espiritual. Através  dele, vamos  absorvendo  a essência das leis divinas  e,  dessa  forma, antecipando  o  que  há de vir. Convém  salientar   que   o  simples conhecimento  da  Doutrina Espírita não nos levará ao  estado  de plena felicidade. Importa, muito mais, a pureza de consciência  e a  prática  do  bem,  que  são  factíveis  a  toda  a  humanidade terrestre.

Estudemos  denodadamente  o Espiritismo, a fim  de  que  possamos melhorar a nossa conduta e, conseqüentemente, criarmos  condições para habitar um mundo ditoso e feliz.

                      *ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*



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