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terça-feira, 17 de maio de 2016

#21A Fé Ativa construindo uma Nova Era - Profissão de Fé Semi-Espírita

A Fé Ativa construindo uma Nova Era 21

Módulo/Eixo Temático: A Fé Ativa

Profissão de Fé Semi-Espírita

(Allan Kardec, in “Revista Espírita” – out/1868)

Em apoio às reflexões contidas no artigo precedente, reproduziremos com prazer a carta seguinte, publicada pela PetitPresse, de 20 de setembro de 1868.

"Lês Charmettes, setembro de 1868. "Meu caro Barlatier, "Sabeis a canção:

Quando se é Basco e bom cristão...

"Sem ser Basco, sou bom cristão, e o cura de minha aldeia, que comeu ontem minha sopa de couves, permitiu-me vos contar a nossa conversa.

"-Ides, pois, disse-me ele, retomar o Re/ Henri? - Jânio com maior boa vontade, respondi, quanto vivi naquele tempo.

- Meu digno cura deu um pulo.

"Então lhe dei parte de minha convicção de que tínhamos já vivido e de que viveremos ainda. Nova exclamação do bravo homem. Mas, enfim, ele me concede que as crenças cristãs não excluem esta opinião, e me deixa seguir o meu rumo.

"Ora, meu caro amigo, crede bem que não quis me divertir com a candura de meu cura, e de que esta convicção da qual falo está fortemente enraizada em mim. Já vivi sobe a Ligue, sob Henri III e Henri IV. Quando eu era criança, minhas avós me falavam de Henri IV e me narravam de um bom homem que eu não reconhecia totalmente, um monarca grisalho, escondido numa gola pregueada, devotado ao excesso e não tendo jamais ouvido falar da Belle Gabrieíle. Era o do pai Péréfixe. O do Henri IV que conheci, batalhador, amável, leviano, um pouco descuidado, é o verdadeiro; é o que já contei, o que vos contarei ainda.

"Não riais. Quando vim a Paris pela primeira vez, reconheci-me por toda a parte nos velhos quarteirões e tenho uma vaga lembrança de me ter achado na rua da Ferronnerie, no dia em que o povo perdeu seu bom rei, o que tinha querido que cada Francês colocasse a galinha na panela no domingo. O que eu era naquele tempo? Pouca coisa, sem dúvida, um cadete de Provence ou de Gascogne; mas se eu tivesse estado nas guardas de meu herói, isto não me espantaria.

"Com desejo de revê-lo logo, pois, meu primeiro folhetim da Seconde Jeunese duro Henri, e crede-me "À disposição, "PONSON DU TERRAIL"

Quando o Sr. Ponom Du Terra Il lançava o ridículo ao Espiritismo, ele não desconfiava, e talvez não desconfie ainda hoje, que uma das bases fundamentais desta Doutrina é precisamente a crença da qual faz uma profissão de fé tão explícita. A ideia da pluralidade das existências e da reencarnação, evidentemente, ganha a literatura, e não nos surpreenderíamos que Méry, que se lembrava tão bem do que havia sido, não tenha despertado, em mais de um de seus confrades, lembranças retrospectivas, e não seja, entre eles, o primeiro iniciador do Espiritismo, porque o leem, ao passo que não leem os livros espíritas. Ali encontram uma ideia racional, fecunda, e a aceitam.


A Petite-Presse publica neste momento, sob o título de Sr. Médard, cujo dado é todo espírita; é a revelação de um crime pelo aparecimento da vítima em condições muito naturais.

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