INFORMAÇÃO
ESPÍRITA
A
Lógica do Espiritismo Ante a Paz e a Felicidade
NINGUÉM
FOGE DE SI MESMO!...
Haverá
princípio capaz de infundir mais confiança na Justiça de Deus que
este?
A
partir dele entende-se a recomendação de Jesus quanto ao “não
julgar”, pois ele conhecia o sentido oculto do “a
cada um conforme as próprias obras”. Através dele, temos
a garantia de que todos, do explorador ao explorado, do corruptor ao
corrupto, do algoz à vítima, do opressor ao oprimido, todos enfim,
experimentarão os efeitos das próprias ações ou reações no
devido tempo.
Estamos
destinados ao progresso espiritual (fim) através das vidas
sucessivas (meio), que nos conduzirá à felicidade e à paz
tão sonhada, tendo como roteiro o caminho do auto-descobrimento, do
auto-conhecimento.
Uma
reencarnação sob o ângulo da Eternidade, representa “menos
que um relâmpago”, como informaram os Espíritos à Allan
Kardec (questão 738, L.E.), e inexoravelmente o pedágio da morte
aguarda a todos na estrada da vida.
O
Codificador através de observações, comparações, deduções e
conclusões, analisando o depoimento de centenas de espíritos,
delineou o conjunto que ele denominou CÓDIGO PENAL DA VIDA FUTURA,
inserido no livro “O CÉU E O INFERNO” (Capítulo 7), ou a
Justiça Divina Segundo o Espiritismo.
Por
serem informações que precisam ser difundidas e meditadas para que
um número cada vez maior desperte para a responsabilidade de viver,
alinhamos a seguir alguns desses artigos.
1-
Onde está escrita a Lei de Deus?
– Na
consciência.
2-
A
completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação
completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de
sofrimento e da privação da satisfação, do mesmo modo que toda
perfeição adquirida é fonte de prazer e atenuante de sofrimentos
(2.º).
3-
O
Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a
conseqüência das suas imperfeições. As misérias, as vicissitudes
padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições,
são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes
existências. Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida
corpórea, pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anterior
existência, e das imperfeições que as originaram. (10.º)
4-
Não
há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e
inevitáveis conseqüências, como não há uma só qualidade boa que
não seja fonte de prazer. (3.º)
5-
Toda
falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que
deverá ser paga; se não for em urna existência, sê-lo-á na
seguinte ou seguintes. (9.º)
6-
O
arrependimento,
conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por
si só; são precisas a expiação
e
a reparação.
Arrependimento,
expiação
e
reparação
constituem,
portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de
uma falta e suas conseqüências. O arrependimento
suaviza
os travos da expiação,
abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação,
contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário,
o perdão seria uma graça, não uma anulação. (16.º)
7-
O
arrependimento
pode
dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o
culpado sofre por mais tempo. Até que os últimos vestígios da
falta desapareçam, a expiação
consiste
nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na
vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova
existência corporal. A reparação
consiste
em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara
os seus erros numa existência, por fraqueza ou má-vontade,
achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas
pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente
escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes
tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam
prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação
se
opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo
os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o
bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde
se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se
tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se
tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido
intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados.
E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio
passado. (17.º)
NOTA
– A
necessidade da reparação é um princípio de rigorosa justiça, que
se pode considerar verdadeira lei de reabilitação moral dos
Espíritos. Entretanto, essa doutrina religião alguma ainda a
proclamou. Algumas pessoas repelem-na porque acham mais cômodo o
poder quitarem-se das más ações por um simples arrependimento, que
não custa mais que palavras, por meio de algumas fórmulas; contudo,
crendo-se, assim, quites, verão mais tarde se isso lhes bastava. Nós
poderíamos perguntar se esse princípio não é consagrado pela lei
humana, e se a justiça divina pode ser inferior à dos homens? E
mais, se essas leis se dariam por desafrontadas desde que o indivíduo
que as transgredisse, por abuso de confiança, se limitasse a dizer
que as respeita infinitamente. Por que hão de vacilar tais pessoas
perante uma obrigação que todo homem honesto se impõe como dever,
segundo o grau de suas forças?
Quando
esta perspectiva de reparação for inculcada na crença das massas,
será um outro freio aos seus desmandos, e bem mais poderoso que o
inferno e respectivas penas eternas, visto como interessa à vida em
sua plena atualidade, podendo o homem compreender a procedência das
circunstâncias que a tornam penosa, ou a sua verdadeira situação.
8-
A
expiação
varia
segundo a natureza e gravidade da falta, podendo, portanto, a mesma
falta determinar expiações diversas, conforme as circunstâncias,
atenuantes ou agravantes, em que for cometida. (11.º)
9-
A
responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros
alheios, salvo se a eles dê origem, quer provocando-os pelo exemplo,
quer não os impedindo quando poderia fazê-lo. Assim, o suicida é
sempre punido; mas aquele que por maldade impele outro a cometê-lo,
esse sofre ainda maior pena. (21.º)
10-
Dependendo
o sofrimento da imperfeição, como o gozo da perfeição, a alma
traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se
encontre, sem necessidade de lugar circunscrito. O inferno está por
toda parte em que haja almas sofredoras, e o céu igualmente onde
houver almas felizes. (5.º)
11-
O
único meio de evitar ou atenuar as conseqüências futuras de uma
falta, está no repará-la, desfazendo-a no presente. Quanto mais nos
demorarmos na reparação de uma falta, tanto mais penosas e
rigorosas serão, no futuro, as suas conseqüências. (27.º)
12-
A
situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão a
por si mesmo preparada na vida corpórea. Mais tarde, outra
encarnação se lhe faculta para novas provas de expiação e
reparação, com maior ou menor proveito, dependentes do seu
livre-arbítrio; e se ele não se corrige, terá sempre uma missão a
recomeçar, sempre e sempre mais acerba, de sorte que pode dizer-se
que aquele que muito sofre na Terra, muito tinha a expiar; e os que
gozam uma felicidade aparente, em que pesem aos seus vícios e
inutilidades, paga-la-ão mui caro em ulterior existência. Nesse
sentido foi que Jesus disse: – "Bem-aventurados
os aflitos, porque
serão
consolados," (O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V.) (28.º)
13-
O
bem e o mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não
fazer o bem quando podemos é, portanto, o resultado de uma
imperfeição. Se toda imperfeição é fonte de sofrimento, o
Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez como pelo bem que
deixou de fazer na vida terrestre. (6.º)
14-
O
Espírito sofre pelo mal que fez, de maneira que, sendo a sua atenção
constantemente dirigida para as conseqüências desse mal, melhor
compreende os seus inconvenientes e trata de corrigir-se. (7.º)
15-
Sendo
infinita a Justiça de Deus, o bem e o mal são rigorosamente
considerados, não havendo uma só ação, um só pensamento mau que
não tenha conseqüências fatais, como não há uma única ação
meritória, um só bom movimento da alma que se perca, mesmo para os
mais perversos, por isso que constituem tais ações um começo de
progresso. (8.º)
16-
Não
há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e duração do
sofrimento: – a única lei geral é que toda falta terá punição,
e terá recompensa todo ato meritório, segundo o seu valor. (12.º)
17-
A
duração do sofrimento depende da melhoria do Espírito culpado.
Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita.
O
que Deus exige por termo de sofrimentos é um melhoramento sério,
efetivo, sincero, de volta ao bem. Deste modo o Espírito é sempre o
árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos pela
pertinácia no mal, ou suavizá-los e anulá-los pela prática do
bem. Uma condenação por tempo predeterminado teria o duplo
inconveniente de continuar o martírio do Espírito renegado, ou de
libertá-lo do sofrimento quando ainda permanecesse no mal. Ora,
Deus, que é justo, só pune o mal enquanto existe, e deixa de o
punir quando não existe mais; por outra, o mal moral, sendo por si
mesmo causa de sofrimento, fará este durar enquanto subsistir
aquele, ou diminuirá de intensidade à medida que ele decresça.
(13.º)
18-
Como
o Espírito tem sempre o livre-arbítrio, o progresso por vezes se
lhe torna lento, e tenaz a sua obstinação no mal. Nesse estado pode
persistir anos e séculos, vindo por fim um momento em que a sua
contumácia se modifica pelo sofrimento, e, a despeito da sua
jactância, reconhece o poder superior que o domina. Então, desde
que se manifestam os primeiros vislumbres de arrependimento, Deus lhe
faz entrever a esperança. Nem há Espírito incapaz de nunca
progredir, votado a eterna inferioridade, o que seria a negação da
lei de progresso, que providencialmente rege todas as criaturas.
(19.º)
19-
Em
virtude da lei do progresso que dá a toda alma a possibilidade de
adquirir o bem que lhe falta, como de despojar-se do que tem de mau,
conforme o esforço e vontade próprios, temos que o futuro é aberto
a todas as criaturas. Deus não repudia nenhum de seus filhos, antes
recebe-os em seu seio à medida que atingem a perfeição, deixando a
cada qual o mérito das suas obras. (4.º)
20-
Dependendo
da melhoria do Espírito a duração do sofrimento, o culpado que
jamais melhorasse sofreria sempre, e, para ele, a pena seria eterna.
(14.º)
21-
Uma
condição inerente à inferioridade dos Espíritos é não verem o
termo da provação, acreditando-a eterna, como eterno lhes parece
deva ser um tal sofrimento. (15.º)
Esta
série foi originalmente produzida na década de 70 e pela permanente
atualidade a estamos reeditando e ampliando.
OBRAS
CONSULTADAS
KARDEC,
Allan; O CÉU E O INFERNO, FEB, Capítulo VII.
OBS.:
O
ordenamento dos artigos objetiva induzir uma reflexão e comparação
entre a postura pessoal e a condição ideal.
KARDEC,
Allan; O LIVRO DOS ESPÍRITOS, FEB, na questão 1.
FREQUENTE UMA CASA ESPÍRITA,
QUER
RESPOSTAS?
ENCONTRE-AS
NO LIVRO DOS ESPIRITOS.
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