A Fé Ativa construindo uma Nova Era 32
Módulo/Eixo Temático: A Fé Ativa
Objetivo da Fé
(Emmanuel, in “Vinha de Luz” – cap. 92)
"Alcançando o fim da vossa fé, que é a salvação das vossas almas." - Pedro. (I Pedro, 1:9)
"Qual a finalidade do esforço religioso em minha vida?" Esta é a interrogação que todos os crentes deveriam formular a si mesmos, frequentemente.
O trabalho de auto-esclarecimento abriria novos caminhos à visão espiritual.
Raramente se entrega o homem aos exercícios da fé, sem espírito de comercialismo inferior. Comumente, busca-se o templo religioso com a preocupação de ganhar alguma coisa para o dia que passa.
Raciocínios elementares, contudo, conduziriam o pensamento a mais vastas ilações.
Seria a crença tão-somente recurso para facilitar certas operações mecânicas ou rudimentares da vida humana?
Os irracionais, porventura, não as realizam sem maior esforço? Nutrir-se, repousar, dilatar a espécie, são característicos dos próprios seres embrionários.
O objetivo da fé constitui realização mais profunda. É a "salvação" a que se reporta a Boa Nova, por excelência. E como Deus não nos criou para a perdição, salvar, segundo o Evangelho, significa elevar, purificar e sublimar, intensificando-se a iluminação do espírito para a Vida Eterna.
Não há vitória da claridade sem expulsão das sombras, nem elevação sem suor da subida.
A fé representa a bússola, a lâmpada acesa a orientar-nos os passos através dos obstáculos; localizá-la em ângulos inferiores do caminho é um engano de consequências desastrosas, porque, muito longe de ser uma alavanca de impulsão para baixo, é asa libertadora a conduzir para cima.
Fé em Deus
(Emmanuel, in “Opinião Espírita” – cap. 58)
G - Cap. II - Item 7
Antes de Jesus, profetas e guerreiros asseveravam agir em nome da fé em Deus.
Moisés, conquanto venerável pela fidelidade e pela justiça, não hesitava na aplicação diária, admitindo representá-lo.
Josué presumia proclamar-lhe a grandeza com bandeiras sanguinolentas, ao submeter populações inermes, além do Jordão.
David supunha dignificá-lo, quando conquistou a montanha de Sião, à custa do pranto das viúvas e dos órfãos.
Salomão acreditava reverenciá-lo, ao consumir a existência de numerosos servidores, amontoando madeiras e metais preciosos na construção do templo famoso que lhe guardou a memória.
E todos nós, em várias reencarnações, temos pretendido honorificar a fé em Deus, fomentando guerras e espoliando os semelhantes, através das crises de fanatismo e das orgias de ouro.
*
O Espiritismo, porém, nos revela Jesus, abraçando o serviço espontâneo à Humanidade como sendo a tradução da própria fé.
Embora livre, transfigurou-se em servidor da comunidade estendendo mais imediata assistência aos que se colocavam na última plana da escala social.
Sem nenhum juramento que o obrigasse a tratar dos enfermos, amparou os doentes com extremada solicitude.
Não envergava toga de juiz e patrocinou a causa dos deserdados.
Distante de qualquer compromisso na paternidade física, chamou a si as criancinhas.
Fora de todos os vínculos da política, ensinou o acatamento às autoridades constituídas.
Profundamente franco, era humilde em excesso com os ignorantes e com os fracos, e, profundamente humilde, era franco, tanto quanto se pode ser, com todos aqueles que conheciam as próprias responsabilidades, à frente dos preceitos divinos, fugindo de respeitá-los.
Passou no mundo, abençoando e consolando, esclarecendo e servindo, mas preferiu morrer a tisnar o mandato de amor e verdade que o jungia aos desígnios do Eterno Pai.
*
Para nós, os cristãos encarnados e desencarnados, seja na luz da Doutrina Espírita ou ainda ausentes dela, é importante o exame periódico dos nossos testemunhos pessoais de religião, na experiência cotidiana, para sabermos o que vem a ser fé em Deus em nós e fé em Deus no Mestre que declaramos honrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário