O
LIVRO DOS MÉDIUNS
(Guia
dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Estudo
#13
Capítulo
IV – Sistemas
Estranhos
fenômenos do Espiritismo começaram a se produzir e suscitaram
dúvidas sobre a sua realidade e mais ainda sobre a sua causa.
Quando
averiguados por testemunhos irrecusáveis e através de experiência
que todos puderam fazer, acontece que cada um os interpretou a seu
modo de acordo com suas crenças, idéias pessoais e seus
preconceitos, surgindo daí diversos sistemas, que eram uma tentativa
de explicar os fenômenos.
Os
adversários do Espiritismo logo perceberam as divergências de
opinião e aproveitaram para dizer que os próprios espíritas não
concordavam entre si.
A
medida que os fatos se completam e são melhor observados, as idéias
prematuras se desfazem e a unidade de opinião se estabelece, quando
não sobre os detalhes, pelo menos sobre os pontos fundamentais.
Foi
exatamente dessa maneira que aconteceu com o Espiritismo, que não
podia escapar a essa lei comum e que devia mesmo, por sua natureza,
prestar-se ainda mais à diversidade de opiniões.
Nesse
sentido o seu avanço foi bem mais rápido que o de ciências mais
antigas, como a Medicina por exemplo.
Seguindo
uma ordem progressiva de idéias, de maneira metódica, convém
colocar em primeiro os chamados sistemas negativos dos adversários
do Espiritismo.
Os
fenômenos espíritas são de duas espécies: os de efeitos físicos
e os de efeitos inteligentes. Não admitindo a existência dos
Espíritos, por não admitirem nada além da matéria compreende-se
que eles neguem os efeitos inteligentes.
Quanto
aos efeitos físicos, eles os comentam à sua maneira e seus
argumentos podem ser resumidos nos quatro sistemas seguintes.
Sistema
do Charlatanismo:
Muitos
dos antagonistas atribuem esses efeitos à esperteza, pela razão de
alguns terem sido imitados.
Essa
suposição transformaria todos os espíritas em mistificados e todos
os médiuns em mistificadores, sem consideração pela posição, ou
caráter, o saber e a honorabilidade das pessoas.
Sistema
de Loucura:
Alguns,
por condescendência, querem afastar a suspeita de fraude e pretendem
que os que não enganam são enganados por si mesmos, o que equivale
a chamá-los de imbecis.
Quando
os incrédulos são menos maneirosos, dizem simplesmente que se trata
de loucura, atribuindo-se sem cerimônias o privilégio do bom senso.
Essa forma de crítica se tornou ridícula pela sua própria
leviandade e não merece que se perca tempo em refutá-la.
Sistema
de Alucinação:
Outra
opinião, menos ofensiva porque tem um leve disfarce científico,
consiste em atribuir os fenômenos a uma ilusão dos sentidos. Assim
o observador seria de muita boa fé, mas creria ver o que não vê.
Quando
vê uma mesa levantar-se e permanecer no ar sem qualquer apoio, a
mesa nem se moveu. Ele a vê no espaço por uma ilusão ou por um
efeito de refração, como o que nos faz ver um astro ou um objeto na
água, deslocado de sua verdadeira posição.
Sistema
do Músculo Estalante:
Se
assim fosse no que toca à visão, não seria diferente para o
ouvido, mas quando os golpes são ouvidos por toda uma assembléia,
não se pode razoavelmente atribuí-los à ilusão. Afastamos aqui
qualquer idéia de fraude, considerando uma observação atenta em
que se tenha constatado que não havia nenhuma causa fortuita ou
material. Um sábio médico deu ao caso uma explicação decisiva,
segundo pensava: "a causa, disse ele, está nas contrações
voluntárias ou involuntárias do tendão muscular do pequeno
perônio" e, depois de tentar explicar as minúcias anatômicas
da produção dos estalos, acaba concluindo que os que ouvem os
golpes numa mesa são vítimas de uma mistificação ou de uma
ilusão. Segundo A. Kardec, é uma explicação apressada que o homem
de ciência dá sobre o que não conhece, mas que os fatos podem
desmentir.
Bibliografia:
- Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns,
- Kardec, Allan - O que é o Espiritismo.
Elisabeth
Maciel
Agosto
/ 2002
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