TEMA: VIDA EM FAMÍLIA
PALESTRA - MISSÃO DOS PAIS
Texto doutrinário
“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior que o
descrente.” Paulo (I Timóteo, 5:8).
MATERNIDADE E PATERNIDADE
Uma verdadeira missão
“Pode-se considerar como missão a paternidade?
É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao
mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua
responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais,
a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando
àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as
impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu
jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter
de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos
resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura,
por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na
estrada do bem.” (Allan Kardec, O livro dos espíritos,
76. ed., perg. 582).
Igualdade dos direitos
“São iguais perante Deus o
homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e
a faculdade de progredir.”
“As funções a que a mulher é
destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao
homem?
Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da
vida.” (Allan Kardec, O livro dos espíritos, 76. ed., perg. 817 e 821).
Deveres da mãe terrestre
“Que deve fazer a mãe terrestre
para cumprir evangelicamente os seus deveres, conduzindo os filhos para o bem e
para a verdade?
No ambiente doméstico, o coração maternal deve ser o
expoente divino de toda a compreensão espiritual e de todos os sacrifícios pela
paz da família.
Dentro dessa esfera de trabalho, na mais santificada
tarefa de renúncia pessoal, a mulher cristã acende a verdadeira luz para o
caminho dos filhos através da vida.
A missão materna resume-se em dar sempre o amor de Deus, o
Pai de Infinita Bondade, que pôs no coração das mães a sagrada essência da
vida. Nos labores do mundo, existem aquelas que se deixam levar pelo egoísmo do
ambiente particularista; contudo, é preciso acordar a tempo, de modo a não
viciar a fonte da ternura.
4 EDITORA
AUTA DE SOUZA
A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus
filhos, primeiramente, são filhos de Deus.
Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para
a luta que os esperam.
Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do
abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concertando-lhe as posições
mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma
vida.
Deve sentir os filhos de outras mães como se fossem os
seus próprios, sem guardar, de modo algum, a falsa compreensão de que os seus
são melhores e mais altamente aquinhoados que os das outras.
Ensinará a tolerância mais pura, mas não desdenhará a
energia quando seja necessária no processo da educação, reconhecida a
heterogeneidade das tendências e a diversidade dos temperamentos.
Sacrificar-se-á de todos os modos ao seu alcance, sem
quebrar o padrão de grandeza espiritual da sua tarefa, pela paz dos filhos,
ensinando-lhes que toda dor é respeitável, que todo trabalho edificante é
divino, e que todo desperdício é falta grave.
Ensinar-lhes-á o respeito pelo infortúnio alheio, para que
sejam igualmente amparados no mundo, na hora de amargura que os espera, comum a
todos os Espíritos encarnados.
Nos problemas da dor e do trabalho, da provação e da
experiência, não deve dar razão a qualquer queixa dos filhos, sem exame
desapaixonado e meticuloso das questões, levantando-lhes os sentimentos para
Deus, sem permitir que estacionem na futilidade ou nos prejuízos morais das
situações transitórias do mundo.” (Emmanuel, O consolador, 14. ed.,
perg. 189).
Autoridade paterna
“A criança detesta, quase sempre, aqueles que a tiranizam,
pois gosta de ser tratada com moderação e justiça; mas, por outro lado,
despreza e agride o pai frouxo e piegas, cuja incapacidade a priva de um apoio
que deseja e lhe é indispensável.
Sim, a par da liberdade, sem a qual não poderia
auto-afirmar-se, a criança necessita, também, da autoridade para que seja
orientada nos seus julgamentos e saiba disciplinar a própria vontade. [...].
O máximo que conseguem com essa maneira de agir é uma
submissão cega, sem consentimento interior, o que fará dos filhos indivíduos
tímidos e gaguejantes, com fortes sentimentos de inferioridade, ou então
revoltados, futuros tiranos da própria prole.
Outros, em contraposição, seja por comodismo, seja por
fraqueza, não exercem a menor autoridade sobre os filhos: deixam-nos à solta,
permitindo-lhes tudo, satisfazendo a todos os seus desejos, numa atitude de
superindulgência que, longe de traduzir bondade, o que evidencia é falta de
amor, ou, pelo menos, indiferença pela sua sorte.
Este tipo de educação, está provado, só pode tornar as
pessoas incontestáveis, exigentes, egoístas, incapazes de oferecer a menor
cooperação a quem quer que seja. Pior ainda: favorece os desregramentos e
conduz à libertinagem, principais fatores da delinqüência em todos os tempos.
Autoridade legítima é o processo pelo qual o pai ajuda o
filho a crescer e a amadurecer, para que chegue à autonomia sabendo que a
liberdade tem um preço: a responsabilidade. É a maneira pela qual o pai conduz
o filho à auto-realização, desenvolvendo-lhe as potencialidades, sem
entretanto, exigir mais do que ele possa dar, respeitando-lhe as limitações.
É, sobretudo, a força moral que o pai deve ter sobre o
filho, baseada na admiração que lhe desperta, por se constituir um modelo digno
de ser imitado.
Em suma, a verdadeira autoridade jamais se impõe pela
violência.” (Rodolfo Calligaris, A vida em família,
37. ed., p. 113-115).
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