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segunda-feira, 16 de abril de 2018

O PÚBLICO DO CENTRO ESPÍRITA


**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**



PANORAMA

**O PÚBLICO DO CENTRO ESPÍRITA**

Orson Peter Carrera~

Você já parou para observar o público do Centro Espírita? Já refletiu sobre seu comportamento?

Experimente utilizar dinâmicas de grupo, nos estudos e mesmo nas palestras, que estimulem a participação. Haverá grande surpresa ao constatar o quanto o público gosta de participar e reage aos estímulos.

O expositor espírita deve fugir daqueles ares de distanciamento do público. O incentivo da integração sempre deve estar presente. Pequenos fatos do cotidiano, aliado às lições, tornam o estudo ou a palestra extremamente agradável. Esta integração favorece o aprendizado, prende a atenção e aproxima o orador ou o expositor do público.

Uma palestra ou estudo jamais deve ser cansativo. Há que ter um perfil que conquiste a atenção seja pela profundidade da abordagem ou pela descontração com que é apresentado.

Considere-se que o primeiro não é sinônimo de mesmice ou cansaço. Os participantes ou ouvintes devem sentir vontade de voltar sempre.

Deixar aquela pontinha de expectativa sobre qual será a forma com que o coordenador ou palestrante prenderá atenção do público... A este, cabe ao expositor ou coordenador de estudos o compromisso de apresentar o melhor que possa de seus esforços. Aí, entra sua criatividade e interesse em mostrar a beleza que a Doutrina Espírita possui em seus fundamentos.

Podemos extrair muito dos ensinamentos espíritas, mas tudo depende da forma como o fazemos. Qualquer tema pode ser estudado ou apresentado com profundidade sem perder-se com o desinteresse do público.

Basta observar como apresentá-lo. O segredo é a dinâmica a ser utilizada. E isto pode ser usado, sem desvirtuamentos, desde que estejamos compromissados com os objetivos maiores — o estudo e a divulgação da Doutrina Espírita.

Quando coordenamos reuniões de estudo, ouvimos ou fazemos palestras, ficamos a observar o público. Ele sempre reage aos estímulos. Há muito já se foi o tempo em que alguém lia na frente do salão e o público... dormia...

Hoje, um expositor ou coordena dor de grupos de estudos que procura interagir com o público alcança muito mais resultados atingindo o raciocínio e o coração do ouvinte.

Há vários exemplos de companheiros do movimento que utilizando dessa integração com o público realizam excelente trabalho de estudo e divulgação espírita.

Observe que uma história bem contada, com argumentação doutrinária, facilita o raciocínio do ouvinte. A experiência dos expositores dá lhes a visão do tipo de estímulo que cada público recebe nas Casas a que estão vinculados. Em algumas, as situações mais engraçadas ou emocionantes não provocam qualquer reação, como a demonstrar que se trata de um público sem hábitos com esta integração expositor/ouvinte, indiferente mesmo, que ali está como que cumprindo penosa obrigação. Em outras Casas, percebe-se claramente a descontração do público, participativo, atento, bebendo as palavras, em vivo testemunho das didáticas da instituição. Tudo isso é algo para pensar, indicando-nos caminhos que melhorem as Casas Espíritas, para que elas valorizem seu público, ofereçam-lhes o melhor, ao invés de ficarmos apenas com a obrigação de abrir o Centro, realizar as atividades com entusiasmo, ir embora e esperar a hora de recomeçar tudo de novo. Com tanto que a Doutrina tem a oferecer, como conciliar a mesmice com a dinâmica de nosso tempo?

Mera perda de oportunidade.

FONTE
JORNAL “O ESPÍRITA FLUMINENSE”  



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