**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**
SERVIÇO
**O SUMO BEM**
Distribuir
o pão do Espírito é, incontestavelmente, a caridade por excelência, o Bem
excelso que nos é dado fazer à Humanidade.
Não existe
outro meio de atendermos às grandes necessidades do homem. Não há fortuna bastante vultosa para acudir
aos reclamos materiais de todos os indigentes, de todos os sofredores e
miseráveis. Demais, o pão do corpo tem que ser distribuído todos os dias, continuamente,
aos mesmos indivíduos. Só o pão do Espírito, uma vez ingerido, sacia para sempre.
Só a água viva aplaca a sede por completo e se transforma em fonte interior,
manando para a Eternidade.
As
necessidades do corpo são insaciáveis e complexas. São insaciáveis, porque cotidianamente
se apresentam sob os mesmos aspectos. São complexas, porque são várias e
múltiplas. O pão para a boca é de todos os dias. O vestuário e o calçado se
rompem e consomem, reclamando reformas constantes, O teto, que serve de abrigo
ao corpo, está sujeito à ação das intempéries, exigindo reparos de certo em
certo tempo.
As
enfermidades são multiformes: surgem do interior e vêm também do exterior. A
cura de uma, quando possível, não evita o aparecimento de outra. Se este está
farto, aquele está nu. Esta criança goza saúde, aquela não tem ninho onde se
refugie, nem afetos, nem conchegos. Esta mulher tem roupa e pão, mas é
enfermiça e fraca. E, assim, ora o pão, ora, o teto, ora o lar, ora o médico e
o remédio — os reclamos do corpo jamais cessam e nunca se resolvem.
O pão do
Espírito soluciona todos os problemas. Quanto mais o espalhamos, mais se
aumenta em nosso celeiro. Esse pão não está sujeito às contingências do número:
não tem peso, nem tem medida. Atira-se às multidões a mancheias; todos o
apanham e dele se servem, segundo suas necessidades pessoais. É, ao mesmo
tempo, alimento, vestuário, calçado, teto, lar, saúde, conforto, consolação,
coragem, fortaleza. E’ tudo, porque é luz. Só a luz revela as causas dos nossos
males. Sublata oau tolitur effectus.
Tudo
preenche, porque é amor; só o amor encerra em si mesmo a plenitude das plenitudes.
O pão do
Espírito é maravilhoso. Nunca se acaba nas mãos de quem o recebe; multiplica-se
nas mãos de quem o espalha.
Com cinco
desses pães Jesus saciou mais de cinco mil famintos. E não precisava de tantos:
bastava-lhe um somente. Tanto é assim, que restaram ainda doze alcofas de sobejos.
Este prodígio é a alegoria do pão do céu, que Ele trouxe ao mundo, para sanar todos
os seus males e flagelos. Da distribuição de semelhante pão é que incumbiu a
seus discípulos. Quando estes consideraram os milhares de estômagos vazios,
assediando o Mestre no deserto, disseram-lhe: Despede-os, Senhor; já vai o dia
em declínio, e onde acharemos pães para tanta gente? Alimentai-os, retrucou o
Cristo de Deus. Eles, porém, não perceberam de que espécie de pão Jesus falara.
Por isso,
está o mundo até hoje cheio de famintos, de nus, de enfermos, de órfãos, de viúvas,
de indigentes e de miseráveis. Ainda não se deu conta do meio único de atender
e assistir a todos esses carecentes. Não há mais hospitais, nem médicos, nem
remédios para tantos enfermos. Não há asilos para tanta orfandade e para tantos
desamparados. Não há pão para tantos famélicos, nem há tetos para tantos
desabrigados, nem há fatos para tanta nudez, nem há consolação para tantos aflitos,
precisamente porque escasseiam os distribuidores do pão espiritual,
precisamente porque os despenseiros do Cristo ainda não compreenderam a ordem
do Mestre e julgam que o emprego de outros processos possam conjurar os males
do século. Só o pão do Espírito soluciona efetivamente os problemas da vida,
neste e noutro Plano. Só o pão do Espírito pode acabar com as misérias do mundo,
por isso que os males que afetam a matéria têm origem na alma. Espalhando, portanto,
o pão da terra, não esqueçamos o pão do céu. Este sintetiza o Bem dos bens, o
Bem por excelência, o sumo Bem que nos é dado fazer a outrem.
FONTE
Camargo,
Pedro (Vinícius); “EM TORNO DO MESTRE”,
FEB
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