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segunda-feira, 2 de abril de 2018

15. As Obras da Lei e as Boas Obras segundo Paulo - PARTE 4 final

 **INFORMAÇÃO ESPÍRITA**


A fé sem obras está morta


**15. As Obras da Lei e as Boas Obras segundo Paulo**

PARTE 4

Acerca da passagem de Rm 8:28-30, entendemos que:

“O projeto eterno de Deus é predestinar, chamar, tornar justo e glorificar a cada um e a todos os homens, fazendo com que todos se tornem imagem do seu Filho e reúnam como a grande família de Deus. O projeto não exclui ninguém. Mas o homem é livre: pode aceitar ou recusar tal projeto, pode escolher a vida ou a morte, salvar-se ou condenar-se” (Bíblia Sagrada, Ed. Pastoral, em nota de rodapé).

Pela vontade de Deus todos nós estaremos um dia na mesma evolução que Jesus. Seremos justificados em Jesus, quando aplicarmos, no dia a dia, os seus ensinamentos sintetizados no amor incondicional. Sobre o texto de Rm 10:4-13, segundo os que aceitam a graça pela fé apenas “é mais do que claro de como o ensino da fé para a salvação é tema contínuo das cartas de Paulo”. É claro que se apegarmos isoladamente a poucos versos que pregam a salvação pela fé em Jesus, acima das “obras da lei” como já explanamos amplamente neste tópico. Paulo citando “Isaías ousou dizer: Fui achado pelos que não me buscavam, manifestei-me aos que por mim não perguntavam. (Rm 20:20)” e ainda que aos que foram apresentados à verdade “Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente. (Rm 20:21)”.

Ainda sobre tal epístola, mas sobre a passagem de Rm 13:8-11, segundo os que aceitam a graça pela fé apenas “apenas prova o ensino de que primeiro vem a fé para a Salvação e, depois, as obras como resultado da fé”. Como sempre, aventa-se ao texto que a fé é para a salvação, segundo o contexto de Paulo, este apóstolo afirma que ameis uns aos outros que é segundo a essência do ensinamento de Jesus, ainda que convergindo o ensinamento entre ambos, temos que Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Ou seja, em consonância com o que foi amplamente versado neste estudo e no que há no Evangelho é que De sorte que o cumprimento da lei é o amor. Tendo em vista tal fundamento, entendemos que realmente aceitar a fé seja o começo, mas não um fim, porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. Certamente, se a fé fosse mais importante do que a prática das boas obras de “amor ao próximo”, porém, sabemos que a nossa salvação está mais próxima pela prática do “amor ao próximo” do que quando aceitamos a fé. Ter a fé apenas, ainda nos mantém inoperantes, necessário é pratica o Evangelho para nos aproximarmos da salvação, segundo Paulo e principalmente como disse Jesus (Mt 25:31-46).

Sobre a passagem de Ef 1:3-4, alegam os que aceitam a graça pela fé apenas que “é mais uma exortação aos crentes”. Alegando concordar que devemos nos tornar santo e irrepreensível diante de Cristo em amor, mas segundo os que aceitam a graça pela fé apenas “isto não é para a salvação e, sim, demonstrar para o que fomos predestinados (v. 5), nós, crentes, que obtivemos a redenção não por estas obras, mas sim, ”...pelo seu sangue, a redenção dos nossos delitos” (versículo 7 do mesmo capítulo de Ef). Todavia, segundo Jesus, será dado “a cada um segundo as suas obras”, ao qual não implica no aceite apenas do sacrifício vicário Dele, antes que coloque seus ensinamentos em prática. Destarte, este é o caráter de julgamento e todos que praticam tal lei para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor uns para com os outros, através do “amor ao próximo”.

Iremos esclarecer ainda mais amplamente sobre o significado da Transubstanciação, onde entendo que muitos têm colocado o amor pelo seu sangue acima da prática de Seus ensinamentos de “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Destarte, eis o perigo de voltar-se a pratica de legalidades evangélicas nos dias de hoje, assim como outrora.

No que tange aos textos aludidos de Col 3:12-14 e 15-17, no qual o acreditamos que as boas obras sejam apenas para Glorificar a Deus! Mas também, com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, (Tg 2:22). Se as boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus, certamente não é através da fé que resplandecerá a nossa luz e sim através das nossas boas obras, não para alimentar o nosso orgulho diante dos homens, mas para exortar o Evangelho vivo em nossas atitudes, do contrário, “a fé sem obras está morta”.

Finalizando o pensamento de Paulo com o texto de I Tm 2:1-4, os que aceitam a graça pela fé apenas explicam exatamente o motivo de fazerem “deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que, além de termos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade, as pessoas venham ao pleno conhecimento da verdade e sejam salvos por aquele que se deu a si mesmo em resgate por todos (v. 6 do mesmo capítulo)”. Apenas uma parte suprimida, pois para Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. E outro questionamento que deixamos para meditação:

Paulo exorta a Timóteo a praticar boas obras a favor de todos: amor altruísta e se Deus quer que todos os homens se salvem, quem poderá ser contra a vontade de Deus?

Ademais, para efetuar a nossa conclusão ao pensamento de Paulo sobre as “obras da lei”, não sendo estas como um caráter universal de obras. Fica um tanto que claro quando Paulo distinguiu as “obras da lei” pelas “boas obras” de Jesus:

Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. (I Co 9:19-21).

Assim como Paulo deixa claro que não estivesse debaixo da lei, representando as obras da legalidade judaizante de sua época, mas debaixo da lei de Cristo. Seria estranho Paulo não estar debaixo da lei do “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, sendo esta a lei de Jesus. Destarte, Paulo estava debaixo desta lei e não daquela, assim como nos evidencia na parábola dos cabritos e ovelhas já analisadas, evidenciando que a cada um segundo as suas obras” é o fundamento de julgamento que o mesmo Paulo pregou.


Thiago Toscano Ferrari


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