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domingo, 1 de abril de 2018

15. As Obras da Lei e as Boas Obras segundo Paulo - PARTE 3


**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**


A fé sem obras está morta


**15. As Obras da Lei e as Boas Obras segundo Paulo**

PARTE 3

Adentrando no texto de Gl 6:2 segundo os que aceitam a graça pela fé apenas esta passagem não “passa de exortações aos já salvos, integrantes da igreja na Galácia, alvo das cartas do apóstolo”. Todavia, quando os que aceitam a graça pela fé apenas não vêem brechas para sobrepor a fé, como o simples acreditar fosse o suficiente, diz-nos que esta epístola era dedicada aos já salvos e, segundo Paulo, Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Cumprir a lei de Cristo é para com todos, pois Jesus não instituiu o “amar ao próximo como a si mesmo” como sendo o que acreditassem Nele, mas principalmente por aqueles que os perseguiam, caluniavam e odiavam-nos. Esta é a lei de Cristo e a sua prática é universal. (Mt 25: 31-46). O apóstolo Paulo nos dá ainda uma pista desta lei:

Então, enquanto temos oportunidade, façamos bem a TODOS, mas principalmente aos domésticos da fé. (v. 10 do mesmo capítulo).

Um entendimento paralelo a inferência de Paulo em realizarmos o ato de amor ao próximo, principalmente por aqueles que são domésticos da fé, é simplesmente pelo fato de, parafraseando Emmanuel que “amem os que estão ao seu lado, pois se não formos capazes de amarmos e suportamos as cargas dos que nos rodeiam, muito menos faríamos pelos que estão foram de nosso dia a dia“.

Tentando ainda nos apresentar outro entendimento ao texto em análise, os que aceitam a graça pela fé apenas nos remetem “a lei da semeadura como que Paulo, aqui em Gálatas, simplesmente aplica a mesma parábola contada por Jesus em Mt 13, pois quem conhece a lei da semeadura sabe que, apenas os que germinarem permanecerão”. Após esta sugestão dos que aceitam a graça pela fé apenas, ao contrário de querer dar o braço a torcer pelo que realmente está implícito no texto, prefere levá-lo a uma parábola que não tem nada a ver com o contexto de tal passagem que reprisamos:

Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. (Gl 6:7-9).

O próprio apóstolo Paulo nos dá a entender anteriormente a esta citação, nesta mesma epístola que o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção. Ou seja, os que praticam:

Ora as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. (Gl 5:19-21).

E os que praticam as atitudes de “amor ao próximo”, sendo:

o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna como o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. (Gl 5:22-23).

Por este motivo o outro Paulo (o Neto) apresentou uma análise mais sólida, quando disse que É o que chamamos de Lei de Ação e Reação, vulgarmente denominada Carma. Não há como se iludir, tudo o que fizermos voltará contra nós ou a nosso favor. Se semearmos ódio, colheremos exatamente o ódio, se ao contrário, plantarmos amor; ceifaremos amor. Por isso, Paulo adverte para não nos cansarmos de fazer o bem, pois na colheita é isso que iremos colher. Querer apontar em outra direção é não querer ao menos explanar sobre o que diz o texto, tão claramente.

Deparamos com a análise sobre o texto de Rm 2:5-8; 9-11 e 13. O primeiro paradigma que nos compete quebrar, é que segundo os que aceitam a graça pela fé apenas dizemos que “Paulo ensina que ninguém será salvo por praticar as ‘obras da lei’ como se os ensinos do apóstolo se referissem às da lei de Moisés”. Esclarecemos que o caráter de julgamento que o Paulo (apóstolo) institui, como sendo o juízo de Deus; o qual recompensará cada um segundo as suas obras. Assim, fica claro que os que aceitam a graça pela fé apenas começaram ignorando este fundamento.

Segundo, para Deus não há distinção entre as demais pessoas, já que todos são iguais perante Ele e a Sua lei, bem como nos diz Paulo: glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. Ademais, faltou aos que aceitam a graça pela fé apenas dizer neste texto que Paulo se referia aos de mesma fé como vinha afirmando, porém, vemos que para Deus, não há acepção de pessoas. Ou seja, nenhum comentário, pois as pessoas se referem à humanidade.

Concluem os que aceitam a graça pela fé apenas que “as obras a que Paulo, o apóstolo, se refere são, exatamente, obras da lei de Moisés”. Enfim, para os que aceitam a graça pela fé apenas “o apóstolo Paulo afirma, no contexto, versículos 14 e 15: porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei. pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”.

O que apresenta o apóstolo Paulo é justamente a pratica da lei encontrada nos oráculos mais adiante, assim como mais importante quem as pratica, do que os que apenas creem, bem como podemos verificar:

Mas se tu és chamado judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; e conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei; e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens na lei a forma da ciência e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, adúlteras? Tu, que abominas os ídolos, roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Assim pois, por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios, como está escrito. Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, julgará a ti, que com a letra e a circuncisão és transgressor da lei. Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. (Rm 2 17-29).

Ou seja, Paulo combate a hipocrisia farisaica, assim como Jesus o fizera e ficou comprovado no princípio deste tópico, em nossa introdução. E como se pratica a Lei e os Profetas? “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo” tal é a lei. Agora, dizer que erramos em identificar o combate do apóstolo Paulo em relação ao farisaísmo, é inverter o ônus da prova e querer mostrar o oposto do que os textos não apresentam como sendo ambas as mesmas coisas as “obras da legalidade religiosa” com “as boas obras”.

Partindo desta epístola, analisaremos Rm 3:21-28 e chegamos ao princípio de que a fé sem obras está morta mais uma vez. Entretanto, entendemos que por não comentar nada do que há no texto pelos que aceitam a graça pela fé apenas, ratificamos que todos os que procuravam a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, vemos que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Agora, o grande dilema em que se encontram os que aceitam a graça pela fé apenas, pois se para ele as “obras da lei” e “boas obras” são a mesma coisa, vemos que a fé sem obras não está morta e inverte até mesmo a proposta deste estudo de que “a fé sem obras está morta”. Nem é preciso dizer quem está se contradizendo, já que está mais claro do que a alva.

Fica evidente em tal texto, segundo o apóstolo Paulo, o homem é justificado pela fé sem as obras da lei, está querendo dizer que o homem se torna justo ao aderir ao evangelho de Jesus, não sendo mais necessário cumprir as “obras da Lei”, ou seja, a legislação mosaica, assim como a circuncisão, por exemplo.

Thiago Toscano Ferrari




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