**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**
REUNIÃO PÚBLICA
TEMA: VIDA EM FAMÍLIA
PALESTRA 2 - MISSÃO DOS PAIS
Texto doutrinário
“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior que o
descrente.” Paulo (I Timóteo, 5:8).
CULTO DO EVANGELHO NO LAR
“Observem como se inclinam para cá, fugindo, em seguida,
espantados e inquietos. Estamos colhendo mais um ensinamento sobre os efeitos
da prece. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. Toda vez que
se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do
coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o
culto familiar do Evangelho não é tão só um suro de iluminação interior, mas
também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que
acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que
cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da
sombra experimentam choques de vulto, em contacto com as vibrações luminosas
deste santuário domestico, e é por isso que se mantêm a distância, procuram
outros rumos...” (André Luiz, Os mensageiros, 23. ed.,
cap. 37).
**CASO: JESUS E A MATERNIDADE**
“Relâmpago fulgurante em noite escura, a palavra do Mestre
cindia a noite demorada que tombava sobre Israel, desde há cinco séculos.
O eco da mensagem, doce e enérgica, se espraiava desde as
planuras do Esdrelon até aos altiplanos do Hermon...
Aqueles que Lhe escutavam o verbo, renovavam-se e a nobre
cantilena das Suas palavras prosseguia repercutindo no adito das almas, sendo
transferida de boca a ouvido, assinalando o início da comunicação elevada pelo
impregnar do amor.
Aqueles dias, naquelas circunstâncias, jamais se fariam
repetir e o conteúdo das Suas palavras nunca mais seria ouvido da forma como foi
enunciado e vivido... [...].
Sem que fosse percebida, uma mulher acercou-se de Jesus, e,
após fazer-se notar por Ele, desculpou-se da imprudência de perturbá-lO.
Sem mais delongas O interrogou:
- Sei que tu vens de Deus e posso perceber-Te a grandeza que
me fascina e emociona... Tenho sede de amor e me encontro corroída pela vérmina
da animalidade. Tenho amado e não logrei a honra de fruir o amor. A vida, desde
há muitos anos, em que fui dilapidada nos meus sentimentos de mulher, nega-me o
que venho procurando: a paz, que parece fugir de mim, onde quer que eu me
encontre.
‘Que fazer, Senhor, para viver a felicidade?’
Havia na voz da estranha notas características de melancolia
e de sofrimento demorado que as palavras não conseguiam exteriorizar.
O Mestre relanceou o olhar transparente pela paisagem
aureolada de paz, e indagou-lhe por sua vez:
- Que vês em derredor? Examina a terra arrebentando-se em
flores, frutos e verdor; o rio cantante, enriquecendo as margens de vida; o
húmus discreto renovando o subsolo e os astros fulgurando ao longe... Em tudo,
a ordem, o amor, a transparência da misericórdia do Pai, ensinando equilíbrio e
vida.
O que parece caos transforma-se em benção, o que aparenta
transtorno se converte em paz, porque em tudo vige a sabedoria do Criador.
Não relaciones dores nem apresentes mágoas.
Levanta o olhar para cima e avança para o futuro.
A criatura, surpreendida pela resposta amorosa, volveu à
interrogação:
- Compreendo, sim, a grandeza da divina criação, não
obstante delinqüi, e, do meu delito, nasceu-me um filho, que no momento
constitui-me motivo de inquietação e desespero...
Sem permitir-lhe alongar-se, o Senhor prosseguiu,
imperturbável:
- A mulher é sempre mãe.
A relva que cresce sobre os escombros oculta as suas
deformidades e disfarça as suas imperfeições, modificando a erma expressão dos
destroços.
Abençoada pela maternidade, que e sempre dádiva do Pai,
honrando a vida, um filho, em qualquer circunstância, é uma estrela engastada
na carne, com a oportunidade de espalhar claridade pelo caminho.
Enquanto houver crianças e mães, na Terra, 0 amor divino
estará cantando esperanças para a Humanidade.
Não há filho do pecado nem do delito, pois que todos eles
são dádivas da vida ã vida.
Esquece as circunstâncias da chegada do querubim que te bate
à porta do sentimento, e levanta-te com ele, avançando no rumo do infinito dos
astros.”
Uma imensa serenidade vestia a Natureza.
A mulher-mãe, emocionada, procurou os olhos de Jesus por
entre a visão nublada de lágrimas e fundiu-se na luminosidade que deles fluía
dúlcida e pura.
Levantou-se em discreta reverência e preparou-se para sair.
Não saberia dizer se 0 ouviu falar ou se 0 escutou na
acústica da alma.
- Vai, filha, e ama.
A maternidade é a mais elevada concessão de Nosso Pai,
demonstrando que o mal jamais triunfará no mundo; porque enquanto houver um
coração, um sentimento maternal, na Terra, o amor ateará o fogo purificador e a
esperança de felicidade jamais se fanará...
No longe do tempo, ecoariam os conceitos do Filho de Maria,
a Mãe por Excelência, sustentando a mulher no ministério da maternidade por
todo o sempre.” (Amélia Rodrigues, Há flores no meu caminho,
2. ed., p. 37-40).
JESUS
“Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo
tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.” (Êxodo, 20:12)
SEGUE
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