**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**
A
fé sem obras está morta
**10.
A parábola das Ovelhas e Cabritos. O que decide a salvação?**
Nesta parábola há um grande dilema
para os que aceitam a graça pela fé apenas, tendo em vista que o caráter de
recompensa é através das obras, pois ‘a cada um segundo as suas obras’. Ao
invés disso, muitos que aceitam a graça pela fé apenas tangenciam para o dogma
das penas eternas, uma saída pela porta dos fundos para que ninguém o pudesse
ver. Mas isto não ilude leitores mais atentos. Assim, dizem os que aceitam a
graça pela fé apenas que “devemos encarar as boas obras como mandamentos, pois
assim o mesmo Jesus afirmou, e quem O ama cumpriria tais mandamentos (Jo
14:15)”. Se as boas obras referem-se como mandamentos e após o esclarecimento
desta visão, dentro do segundo capítulo da Epístola de Tiago, temos que
concordar que tanto Jesus, quanto Tiago enfatiza o "amor a Deus sobre todas as coisas"
e o "amar ao próximo como a si
mesmo", estes dois grandes mandamentos só poderão se cumprir
através das boas obras.
Iremos, agora, analisar o texto em
questão e verificar qual é o caráter de recompensa que nós estamos sujeitos:
”Quando, pois vier o Filho do
homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da
sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns
dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à
sua direita, mas os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à
sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos
está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber;
era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me
visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe
perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com
sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e
te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E
responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos
digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais
pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua
esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o
Diabo e seus anjos; porque tive fome, e
não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e
não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não
me visitastes. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos
com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?
Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de
fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes
para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. (Mt 25:31-46).
Após esta passagem em que Jesus
nos esclarece, os que aceitam a graça pela fé apenas comentam que “quem não
cumprir, diferentemente do que prega o espiritismo, não terão ‘outras
encarnações’, antes, porém, será dito a estes: Então dirá também aos que estiverem
à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. Como se
não bastasse à recusa em nos demonstrar o caráter de retribuição nesta parábola
dos bodes e das ovelhas, que será retribuído a cada um segundo ‘as suas obras’,
desviam muitos que aceitam a graça pela fé apenas no mérito de combater a
reencarnação através das penas eternas, sendo que não é o foco deste tema,
vindo a sair pela tangente novamente, mas sabemos que:
O Senhor é misericordioso e compassivo;
longânimo e assaz benigno. Não
repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos
trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas
iniquidades (Sl 103:8-10).
Antes, porém, estaremos
desenvolvendo tal tema no tópico apropriado sobre “Reencarnação ou Penas Eternas?”. Entretanto, sabemos que a pena do
culpado tem a durabilidade da quitação de seu débito e estando quite esta
dívida, este pode vir a retomar o seu caminho, onde entendemos que Deus perdoa
o culpado, mas não o inocenta, enquanto que as penas eternas colocam Deus com a
incapacidade de perdoar o infrator arrependido e dar-lhe a quitação com o seu
débito, colocando em cheque a exortação de Jesus de que devemos perdoar 70x7,
ou seja, infinitamente. É um desrespeito flagrante em colocar Deus abaixo do homem.
Diante do esboço traçado, os que
aceitam a graça pela fé apenas nos fazem o pertinente questionamento, trazendo
a sua posterior e própria resposta: “Se quiserem pregar salvação pelas obras,
como seria a condenação? Para sermos coerentes, devemos responder que seriam
pelas obras também”. Depende da abordagem, pois a salvação é pelas obras de
amor ao próximo e a condenação é por não praticar tais obras de caridade,
conforme exorta o Mestre: “Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o
deixastes de fazer.” Ou seja, estando à salvação ligada às boas
obras, a condenação está ligada à ausência delas.
Podemos ver o caráter de
julgamento de tal parábola estar de acordo com “a cada um segundo as suas obras” e vemos ainda as obras
evidenciadas: porque tive fome, e me
destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me
acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão
e fostes ver-me. Essa passagem simboliza o dia do juízo, dia que devemos
prestar contas a Deus de tudo o que fizemos. Quem foi para a direita de Deus
(bom lugar) foram os de fé ou os que fizeram obras? As obras exemplificadas
são: dar de comer aos famintos, vestir os nus, dar água a quem tem sede,
hospedar os viajantes, visitar os doentes e os prisioneiros, tudo isso são atos
de amor ao próximo.
No simbolismo, a separação dos
bons dos maus é pela fé de cada um? Pela religião? Ou pelas obras praticadas em
favor ao próximo? Repetimos: “FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” e o caráter de julgamento continua
sendo o mesmo: “a cada um segundo as
suas obras”. Não é raro, mas nenhum comentário se vê da parte dos que
aceitam a graça pela fé apenas sobre o caráter de julgamento nesta parábola ser
invariavelmente através das
obras.
Conforme o questionamento: Como
acabar com 30.000.000 de pessoas que vivem abaixo dos índices de miséria em
nosso País? Através da fé ou das obras? Responde alguns que aceitam a graça
pela fé apenas: que “com certeza
através das obras, principalmente as que forem movidas pela fé, pois perante Deus é a que importará para a
Salvação, pois apenas a obra de caridade, sem o agape, o amor de Deus, para
nada se aproveita ‘ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos
pobres’ e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”. Sabemos que é o amor
de Deus que deve nos mover a isso. Como já foi esclarecido anteriormente, o que
é inoperante não pode vir a operar nada, não tem vida, já que a fé sem obras é inoperante, e, por
conseguinte morta! O que importará para a salvação é que está explícito nesta
parábola: “porque tive fome, e me
destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me
acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na
prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando
te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te
vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o
fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes”.
Amor é caridade e caridade é amor. Sem amor não há caridade e sem caridade não
há amor.
Vale ainda ressaltar que os justos
não sabiam que faziam o bem e esta máxima é:
(...) Quando, pois, deres
esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo
que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a
direita; (Mt 6:2-3)
Outra coisa não é o que o
Espiritismo diz e recomenda exaustivamente, fazer as obras sem esperar retorno,
fazê-las por amor somente, o que é justamente o que Paulo enfatiza (I Co 13).
Thiago Toscano Ferrari
GRUPOS
UNIVERSO ESPÍRITA
- 16 9
97935920 - 31 8786-7389
WHATSAPP E
TELEGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário