Powered By Blogger

Pesquisar este blog

Páginas

sábado, 24 de março de 2018

10. A parábola das Ovelhas e Cabritos. O que decide a salvação?


**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**


A fé sem obras está morta


**10. A parábola das Ovelhas e Cabritos. O que decide a salvação?**

Nesta parábola há um grande dilema para os que aceitam a graça pela fé apenas, tendo em vista que o caráter de recompensa é através das obras, pois ‘a cada um segundo as suas obras’. Ao invés disso, muitos que aceitam a graça pela fé apenas tangenciam para o dogma das penas eternas, uma saída pela porta dos fundos para que ninguém o pudesse ver. Mas isto não ilude leitores mais atentos. Assim, dizem os que aceitam a graça pela fé apenas que “devemos encarar as boas obras como mandamentos, pois assim o mesmo Jesus afirmou, e quem O ama cumpriria tais mandamentos (Jo 14:15)”. Se as boas obras referem-se como mandamentos e após o esclarecimento desta visão, dentro do segundo capítulo da Epístola de Tiago, temos que concordar que tanto Jesus, quanto Tiago enfatiza o "amor a Deus sobre todas as coisas" e o "amar ao próximo como a si mesmo", estes dois grandes mandamentos só poderão se cumprir através das boas obras.

Iremos, agora, analisar o texto em questão e verificar qual é o caráter de recompensa que nós estamos sujeitos:

”Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. (Mt 25:31-46).

Após esta passagem em que Jesus nos esclarece, os que aceitam a graça pela fé apenas comentam que “quem não cumprir, diferentemente do que prega o espiritismo, não terão ‘outras encarnações’, antes, porém, será dito a estes: Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. Como se não bastasse à recusa em nos demonstrar o caráter de retribuição nesta parábola dos bodes e das ovelhas, que será retribuído a cada um segundo ‘as suas obras’, desviam muitos que aceitam a graça pela fé apenas no mérito de combater a reencarnação através das penas eternas, sendo que não é o foco deste tema, vindo a sair pela tangente novamente, mas sabemos que:

O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades (Sl 103:8-10).

Antes, porém, estaremos desenvolvendo tal tema no tópico apropriado sobre “Reencarnação ou Penas Eternas?”. Entretanto, sabemos que a pena do culpado tem a durabilidade da quitação de seu débito e estando quite esta dívida, este pode vir a retomar o seu caminho, onde entendemos que Deus perdoa o culpado, mas não o inocenta, enquanto que as penas eternas colocam Deus com a incapacidade de perdoar o infrator arrependido e dar-lhe a quitação com o seu débito, colocando em cheque a exortação de Jesus de que devemos perdoar 70x7, ou seja, infinitamente. É um desrespeito flagrante em colocar Deus abaixo do homem.

Diante do esboço traçado, os que aceitam a graça pela fé apenas nos fazem o pertinente questionamento, trazendo a sua posterior e própria resposta: “Se quiserem pregar salvação pelas obras, como seria a condenação? Para sermos coerentes, devemos responder que seriam pelas obras também”. Depende da abordagem, pois a salvação é pelas obras de amor ao próximo e a condenação é por não praticar tais obras de caridade, conforme exorta o Mestre: “Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.” Ou seja, estando à salvação ligada às boas obras, a condenação está ligada à ausência delas.

Podemos ver o caráter de julgamento de tal parábola estar de acordo com “a cada um segundo as suas obras” e vemos ainda as obras evidenciadas: porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Essa passagem simboliza o dia do juízo, dia que devemos prestar contas a Deus de tudo o que fizemos. Quem foi para a direita de Deus (bom lugar) foram os de fé ou os que fizeram obras? As obras exemplificadas são: dar de comer aos famintos, vestir os nus, dar água a quem tem sede, hospedar os viajantes, visitar os doentes e os prisioneiros, tudo isso são atos de amor ao próximo.

No simbolismo, a separação dos bons dos maus é pela fé de cada um? Pela religião? Ou pelas obras praticadas em favor ao próximo? Repetimos: “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” e o caráter de julgamento continua sendo o mesmo: “a cada um segundo as suas obras”. Não é raro, mas nenhum comentário se vê da parte dos que aceitam a graça pela fé apenas sobre o caráter de julgamento nesta parábola ser invariavelmente através das obras.

Conforme o questionamento: Como acabar com 30.000.000 de pessoas que vivem abaixo dos índices de miséria em nosso País? Através da fé ou das obras? Responde alguns que aceitam a graça pela fé apenas: que “com certeza através das obras, principalmente as que forem movidas pela fé, pois perante Deus é a que importará para a Salvação, pois apenas a obra de caridade, sem o agape, o amor de Deus, para nada se aproveita ‘ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres’ e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”. Sabemos que é o amor de Deus que deve nos mover a isso. Como já foi esclarecido anteriormente, o que é inoperante não pode vir a operar nada, não tem vida, já que a fé sem obras é inoperante, e, por conseguinte morta! O que importará para a salvação é que está explícito nesta parábola: “porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes”. Amor é caridade e caridade é amor. Sem amor não há caridade e sem caridade não há amor.

Vale ainda ressaltar que os justos não sabiam que faziam o bem e esta máxima é:

(...) Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; (Mt 6:2-3)

Outra coisa não é o que o Espiritismo diz e recomenda exaustivamente, fazer as obras sem esperar retorno, fazê-las por amor somente, o que é justamente o que Paulo enfatiza (I Co 13).


Thiago Toscano Ferrari


GRUPOS UNIVERSO ESPÍRITA
- 16 9 97935920 - 31 8786-7389
WHATSAPP E TELEGRAM

Nenhum comentário:

Postar um comentário