**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**
A
fé sem obras está morta
**15.
As Obras da Lei e as Boas Obras segundo Paulo**
PARTE 1
Partiremos da premissa sobre a
visão de Jesus acerca das obras da lei, sendo elas ‘rituais’, ‘festas’, ‘cerimoniais’, ‘dogmas’, ou quaisquer exigências
tais como ‘dízimos’, guardar os ‘sábados’ e coisas deste tipo.
Acreditamos que sobre os fundamentos lançados pelo Mestre, objetivaremos chegar
à distinção de Paulo sobre as obras da lei e boas obras.
Dos dois grandes mandamentos,
segundo Jesus, dependem a Lei e os Profetas e estes nos dão a mérito e demérito
sobre o nosso galardão, tão logo praticarmos estes dois maiores mandamentos, o
que seria imprescindível, a fim de atingirmos a plenitude de nossa consciência
e, por conseguinte, a nossa salvação. Segundo Jesus, estes dois grandes
mandamentos estavam na Torah, mas não eram praticados, tanto que após a citação
da passagem de Mt 22:36-40, Jesus faz uma série de advertências, as quais estão
registradas em Mt 22:41-46; 23:1-39. Não citaremos todas as passagens por ser
desnecessário, mas comentaremos pontos importantes, a fim de definirmos as
advertências de Jesus sobre obras da legalidade judaica, sendo estas baseadas
nas credenciais e rituais da fé e não na prática da essência da Torah.
1ª Advertência - Então falou
Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de Moisés se
assentam os escribas e fariseus. Portanto,
tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas
obras; porque dizem e não praticam. (Mt 23:1-3). Ou seja, eram
hipócritas em pregar, pois não praticavam nada do que diziam.
2ª Advertência - Todas as suas
obras eles fazem a fim de serem vistos
pelos homens; pois alargam os seus filactérios, e aumentam as franjas
dos seus mantos; (Mt 23:5). Davam mais importância às exterioridades do que
à prática da essência da Torá.
3ª Advertência - gostam do primeiro lugar nos banquetes,
das primeiras cadeiras nas sinagogas,
das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi. (Mt
23:6-7). Davam muita importância ao fato de serem reconhecidos pelos homens
com título de justos, mas negavam a humildade de servir, sem serem notados por
homens.
4ª Advertência - Mas ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas!
porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que
entrariam permitis entrar. [Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas das viúvas e sob
pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação]. (Mt 23:13-14) Muitas palavras e
poucas atitudes.
5ª Advertência - Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo,
para que também o exterior se torne limpo. Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! porque sois semelhantes aos
sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro
estão cheios de ossos e de toda imundícia. (Mt 23:26-27). Adornavam
a aparência de justos, mas não praticavam a essência da Torah, dando uma maior
importância às exterioridades das liturgias religiosas e os prosélitos dos
homens.
6ª Advertência - Assim também vós exteriormente pareceis
justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de
iniquidade. (Mt 23:28). É o que temos afirmado os que se acham justos aos
próprios olhos não têm este comportamento de sempre tecerem julgamentos sobre
todas as pessoas e demais crenças, que parecem justos aos olhos dos homens, se
consideram filhos de Deus e salvos, mas, em seu interior são como sepulcros
caiados pela hipocrisia de pregarem aquilo que não praticam.
Esta é a definição de Paulo, sobre
estas exterioridades da Lei Mosaica que ele combatia tão veementemente. Jesus
também lutava contra este comportamento farisaico, contra a hipocrisia dos que
observavam a Lei, mas não praticavam a essência da Torah, que era em "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo". Paulo não poderia descartar estes dois
grandes mandamentos em detrimento da fé como meio exclusivo de se chegar ao
Pai, numa passagem isolada de Efésios em detrimento de todo o restante das
Escrituras que dizem repetidamente "A cada um segundo as suas obras", e inclusive ratificado por
Jesus.
Conforme foi esclarecido acima de
como eram estas obras da lei que tanto foram combatidos por Jesus e, por
conseguinte, através de Paulo, entendo que o Paulo Neto, quando cita o Palhano
Jr, este se baseia em fontes não
espíritas para corroborar o que temos dito e que eles desenvolveram.
Antes de adentrar sobre tal assunto, acerca do tema debatido sobre a “lei de
Moisés, lei de Deus, cumprimento da lei”.
Ademais, seria interessante
reprisar as fontes citadas pelo autor Palhano Jr em sua obra “Aos Gálatas – A
Carta da Redenção”, onde este diz:
“Para compreendermos melhor o
texto acima, é preciso meditar e entrar no verdadeiro significado das
expressões: ‘justificado’, ‘obras da lei’, ‘fé’ e ‘carne’. É o que pretendemos
fazer a seguir. O verbo empregado na epístola para justificado é dikaicó, característico de Paulo e tão
empregado por ele, que é preciso entendê-lo de modo correto. Na margem da Revised Standard Version of Bible, o
termo é traduzido como “tido por justo”, isto é, considerado justo ou aprovado
aos olhos de Deus; e o ponto a ser decidido era a maneira pela qual o indivíduo
alcançaria uma posição aceitável diante de Deus (Guthrie, D. Gálatas, introdução e comentários, São
Paulo, Vida Nova, 1984, p. 107)”.
“Vamos agora à expressão ‘obras da
lei’. Talvez devêssemos fazer aqui um parêntese para um estudo pormenorizado
sobre essa expressão, mas não o faremos; acrescentá-lo-emos mais tarde ou em um
apêndice. A expressão grega ex ergon
nomou tem sido traduzida para o português como “pelas obras da lei”,
contudo pela proposta de Tenney (Tenney, M. C. Galatian: the charter of christiam liberty. Michigan, Eerdmans
Publishing, 1950, p. 194), uma tradução
mais exata seria “por obras
legais”, isso porque a palavra ‘lei’ foi usada sem o artigo definido,
principalmente em certas frases escolhidas que transmitem significações
especializadas. A ausência do artigo usualmente significa que a qualidade do
conceito escolhido é salientado em lugar da sua identidade, embora em Gálatas e
em outras epístolas, Paulo se refira à “lei mosaica” como a principal
concretização do conceito. Em
Roberton (Robertons, A. T. A grammar of
the greek new Testament in the light of historical research, 3ª edição. New
York, George H. Doran Co. 1919, p. 796)(...).
A lei compreendia toda ela aos
Judeus, todavia, ao que se refere Paulo acerca das “por obra legais”, segundo A expressão grega ex ergon nomou proposta de Tenney
(Tenney, M. C. Galatian: the charter of
christiam liberty. Michigan, Eerdmans Publishing, 1950, p. 194). Este é
o entendimento esclarecido acima de como era visto por Jesus e como foi
combatido por ambos, tanto pelo Mestre, como por Paulo.
SEGUE
Thiago Toscano Ferrari
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