CAPÍTULO 18 = JESUS E SOFRIMENTOS
Quando procurado pelos portadores de enfermidades, Jesus sempre os inquiria
se realmente desejavam a saúde, ou criam que Ele os poderia curar.
Era de fundamental importância para o restabelecimento do enfermo a
sua segurança íntima sobre estes dois requisitos: querer e crer.
Complementando-se um no outro, tornam-se essenciais para o restabelecimento
físico e psíquico do candidato à cura.
*
O querer em profundidade, sem reservas, altera completamente o
quadro psicofísico do indivíduo, que se transfere do estado inarmônico em que
se encontra para o de equilíbrio, auxiliando o organismo na restauração dos seus
equipamentos danificados.
A doença não é mais do que um sintoma do desarranjo do Espírito, em realidade
o portador da mesma.
O ato de querer libera-o dos elementos perniciosos, geradores dos distúrbios
que se apresentam na emoção, na mente e no corpo.
Querer é decidir-se, abandonando a acomodação parasitária ou o medo de
assumir responsabilidades novas perante a vida, desse modo arrebentando as
cadeias da revolta persistente, da autocompaixão, das sombras nas quais o indivíduo
se oculta.
Quem quer, investe; e ao fazê-lo, age de forma a colher os
resultados almejados.
*
O crer é uma decisão grave, de maturidade emocional e humana.
A crença vive inata no homem, aguardando os estímulos que a façam desabrochar-se,
enriquecendo de forças a vida.
Há uma crença automática, natural, herança arquetípica das gerações passadas,
que induz à aceitação dos fatos, das idéias e experiências, sem análise
racional. E existe aqueloutra, que é resultado da elaboração da lógica, das
evidências dos acontecimentos com os quais a razão anui.
Crê-se, portanto, por instinto e por conhecimento experimental.
*
Quando se quer, despojado de dúvida, a crença no êxito já se
encontra no bojo do desejo exteriorizado.
O receio aí não tem guarida, nem as vacilações produzem desconfiança.
A paisagem mental irisa-se de luz e os componentes da infelicidade
se diluem sob os raios poderosos da vontade bem dirigida.
*
Querer e crer conduzem à luta, mediante a decisão de sair da furna sombria
para o campo do êxito.
Após o logro feliz, devem prosseguir estes dois valores morais comandando
a integridade emocional, para impedir a recidiva.
*
No episódio do paralítico, que foi descido pelo telhado e posto ao
Seu lado, como em outros variados, as duas questões são postas em evidência
pelo Mestre.
À pergunta direta: “Tu crês que eu te posso curar?”, o doente
respondeu:
“Sim”, demonstrando a fé que o dominava, ao mesmo tempo retratando
querer recuperar a saúde, tal o esforço empreendido para estar ali.
Movimentara amigos e pessoas solidárias; submetera-se ao desconforto
de ser conduzido; tivera aumentadas as dores, e, porque queria. conseguiu.
Sensibilizado por tal esforço, Jesus o libertou da doença, de que
ele, sem revolta, desejava despojar-se.
*
Nas tuas dificuldades e dores, abandona a complacência para com elas
e toma a segura decisão de querer ser feliz e crer que o conseguirás.
Nada te impede o tentame. Basta que estabeleças, no íntimo, o desejo
forte de libertação.
Sacudido pela dúvida, rechaça-a.
Perturbado pelo pessimismo, contempla os triunfadores que lutaram
antes de ti.
Não lhes foi diverso o esforço para a vitória.
Sucede que iniciaram o labor sem que o soubesses e agora vês somente
o seu resultado.
Ademais, apela para Jesus com firmeza, certo de que a tua rogativa
não ficará sem resposta, e abre-te ao influxo da força restauradora, não lhe
opondo barreiras.
Se queres a paz e a saúde, e crês na sua imediata conquista, não
adieis o teu momento de consegui-las, pois este é agora.
JESUS E ATUALIDADE
DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS
GRUPOS UNIVERSO ESPÍRITA
- 16 9 97935920 - 31 8786-7389
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