COMUNICAÇÃO - INFORMAÇÃO ESPÍRITA
CIÊNCIA
SÉRIE PERSPECTIVAS DA SOBREVIVÊNCIA
*3- ARREPENDIMENTO E REGENERAÇÃO*
Walter Barcelos
Os
Estatutos Imutáveis da Justiça Divina vigoram em toda a Vida Universal
promovendo a regeneração moral de todos os Espíritos.
Os órgãos
superiores da Espiritualidade com desvelo organizam em famílias os Espíritos endividados,
elabora as experiências individuais, planeja as reencarnações expiatórias,
favorece as intercessões em favor das almas decaídas, aplica os processos das
provações acerbas aos Espíritos mais compromissados com a Lei e outorga o
mérito, o prêmio e a promoção aos Espíritos vitoriosos.
Continuemos
analisando os extraordinários conceitos da Justiça Divina contidos no livro:
"O CÉU E O INFERNO”, 1ª
Parte, cap. VII, no item Código Penal da Vida Futura -(C.P.V.F.).
1 - "... o Espírito é sempre o árbitro do próprio
destino, podendo prolongar os sofrimentos pela pertinácia no mal ou suavizá-los
e anulá-los pela prática do Bem”. Allan Kardec (C.I. - 1ª Parte, cap.
VIIC. P.V.F. 130)
Grande número
de pessoas indaga:
"Será
que o destino existe mesmo?" Na lógica da Doutrina Espírita, realmente o destino
existe em cada Espírito, baseado sempre em suas ações de vidas passadas.
As
criaturas ignorantes entendem o destino muito erradamente. Jogam tudo na
fatalidade.
Esta idéia
é um erro de entendimento. O destino é uma programação de experiências e
provações para cada Espírito, contudo não é fatal em seus acontecimentos. O
Espírito poderá mudá-lo a todo momento, tudo dependendo de sua vontade
determinante em se corrigir e renovar, buscando uma vida mais correta e moral
superior. Todo dia é oportunidade bendita de se mudar o destino para melhor. Os
sofrimentos expiatórios na vida de cada Espírito diminuirão, à medida que ele
se proponha permanecer no bom caminho, fazendo todo o Bem e abandonando gradativamente
a prática do mal.
2 - "O arrependimento, conquanto seja o primeiro
passo para a regeneração, não basta por si só: são precisas a expiação e a
reparação". Allan Kardec (C.I. - 1ª Parte - cap.VII - C.P.V.F.
160).
O
arrependimento é a primeira atitude moral para a regeneração de qualquer
Espírito. Não há regeneração sem arrependimento verdadeiro. É a tomada sincera
de consciência a respeito de suas más ações que redundaram em prejuízos
consideráveis às suas vítimas de vidas passadas. O remorso é a dor moral do
arrependimento e a luz primeira de renovação; no entanto, por si só, não
soluciona os problemas e dramas do destino. É indispensável aceitar medidas sérias
e passar por experiências dolorosas, para conquistar a reabilitação moral
perante a Lei de Deus: a expiação e a reparação. A expiação será experimentar
em outra existência os sofrimentos idênticos que fizeram sofrer suas vítimas. É
a cobrança da Lei de Causa e Efeito, que não falha. O Espírito causador de
prejuízos ao próximo terá ainda que reparar as faltas cometidas, se
comprometendo a colaborar com suor e trabalho, sofrimentos e dedicação na recuperação
e reabilitação, no progresso e felicidade daqueles que foram suas vítimas em
vidas pretéritas.
3 - "O arrependimento suaviza os travos da expiação,
abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode
anular o efeito, destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma
graça, não uma anulação”. Allan Kardec (C.I. - 1ª Parte - cap.VII - C.P.V.F. 160).
Na Justiça
Divina não há privilégios para ninguém. Todo Espírito necessita passar pelo mesmo
processo de regeneração da consciência. O começo da transformação de um
Espírito culpado se dá pelo arrependimento sincero. Ao Espírito culpado, para
sair em definitivo da consciência torturada, é indispensável trabalhar com
todas as forças, usando os melhores sentimentos na justa reparação junto
àqueles que foram suas vítimas no ontem. Se as vítimas já se encontram em
faixas superiores da Espiritualidade, terá que experimentar os mesmos processos
cármicos ao lado de outros Espíritos com semelhantes compromissos. Somente com
a exata reparação junto às vítimas de vidas passadas, principalmente na
convivência do grupo familiar, acionando as melhores forças do coração,
aplicando fé e coragem, compreensão e paciência, perdão e humildade, conseguirá
alcançar a anulação de suas dívidas para com a Lei Maior da Vida.
4- "A necessidade da reparação é um princípio de
rigorosa justiça, que se pode considerar verdadeira lei da reabilitação moral
dos Espíritos”. AlIan Kardec (C.I - 1ª Parte - cap.VII - C.P.V.F., nota
nº1 referente ao código 170).
A simples
confissão dos erros e o pedido de perdão perante aqueles que sofreram com nossas
más ações não são o bastante, para o alívio integral da consciência. O Espírito
conseguirá a isenção integral da culpa, depois de haver reparado por completo
seus erros e crimes, trabalhando e servindo muito em benefício de suas vítimas
de vidas pretéritas. O Espírito recupera a tranqüilidade de consciência somente
depois de realizar inteiramente seus compromissos de cooperação às vítimas e
vencer todos os trâmites da Justiça do Pai Amantíssimo, que deseja e faz por
onde na reabilitação de seus filhos desviados do caminho do Bem.
5- "Algumas pessoas repelem-na (a reparação) porque
acham mais cômodo o poder quitarem-se das más ações por um simples
arrependimento, só dependente de palavras com auxílio de algumas fórmulas;
contudo, libertas, por assim se julgarem, verão mais tarde se isso lhes
bastava”. AlIan Kardec (C. I. - 1ª Parte - cap. VII - C.P.V.F., nota
nº1 do código 170).
O simples
arrependimento, como ele é conhecido na Terra, não tem valor perante a Justiça
de Deus. O arrependimento seguido de remorso é o começo de uma nova caminhada
para o Espírito culpado, mas somente por isso não estará livre das conseqüências
difíceis e dolorosas, devido à Lei de Causa de Efeito. Nossas vítimas em toda
parte cobrarão por vingança e justiça, emitindo vibrações desequilibrantes de
ódio e incompreensão, revolta e amargura. Nossa mais acertada conduta será
compreender as almas que sofreram em nossas mãos e que hoje nos cobram
duramente. Devemos trabalhar com vontade e determinação, coragem e fé, amor e
renúncia, cooperando dentro de nossas possibilidades a fim de recuperarmos aos
poucos a simpatia perdida e a paz de consciência. Aproveitemos mais intensamente
o dia de hoje, na convivência familiar, amando e perdoando, silenciando e servindo,
por mais difíceis sejam nossas experiências, pois estamos resgatando, em módicas
prestações, o mal que praticamos por atacado em vidas anteriores.
6- "Quem não repara os seus erros numa existência,
por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contato com
as mesmas pessoas que de si tiveram queixas e em condições voluntariamente
escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem
quanto mal lhes havia feito”. Allan Kardec (C. I. - 1ª Parte - cap. VII - C.P.V.F. nº
170).
Podemos
sofrer uma existência inteira ao lado de Espíritos aos quais muito devemos e
nem por isso estaremos resgatando nossas dívidas, se nossas atitudes ao invés
do sentimento de reconciliação forem de ódio e impaciência, repulsa e
intransigência.
Não
realizamos o de que mais precisávamos no campo vasto dos sentimentos, na força da
afeição pura, no reatamento dos laços de amizade, da restauração da simpatia
pelo perdão incondicional, da paciência vitoriosa e da tolerância que supera
obstáculos. Se perdermos essas chances maravilhosas enquanto estamos todos
juntos, no grupo familiar, fatalmente teremos que recomeçar tudo em nova
existência. Sabe Deus quando será! Sempre que deixamos para amanhã o que
poderíamos fazer hoje, o futuro sempre fica mais difícil, o destino mais
confuso e as experiências mais problemáticas. Ouçamos na acústica do coração o
que nos fala o Divino Educador das Almas: "Reconciliai-vos o mais depressa
possível com o vosso adversário, enquanto todos estais a caminho..."
(Mateus, 5:25).
FONTE
A FLAMA
ESPÍRITA
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