**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**
A
fé sem obras está morta
**11.
I Coríntios 13, o conhecimento pleno e a
prática do Amor
Neste tópico,
existe a tão alegada tentativa de se desassociar a caridade do amor e
vice-versa, como se a caridade pregada no Espiritismo fosse esse espantalho,
engendrado pelos contraditores. Devido a isso, iremos ao cerne da questão, a
fim de dirimir as dúvidas decorrentes. Todavia, sabemos através de Lc 17:21,
que sobre “o Reino de Deus está em cada um de nós”, cuja explanação realizada e
amplamente comentada está no tópico "Seremos salvos ou temos que nos
salvar?". Adentrando neste quesito, sabemos que, segundo versão da Bíblia
Anotada:
Agape é mais
que afeição mútua; expressa a valorização altruísta no objeto amado. (Bíblia
Anotada)
O Amor é mais
do que a afeição mútua em amar aqueles que nos amam, ou seja, das pessoas, umas
para com as outras, já que o Amor expressa a valorização altruísta no objeto
amado indistintamente. Em outras palavras, altruísta é o próprio altruísmo a
quem amamos e vamos ao significado desta palavra para entender melhor:
Altruísta s. 2
gén.,
pessoa que
pratica o altruismo;
pessoa cheia de
filantropia;
adj. 2 gén.,
relativo ao
altruísmo;
filantropo.
Altruísmo do Fr. Altruisme
s. m.,
disposição para
se interessar e dedicar ao próximo;
amor ao
próximo;
abnegação;
filantropia.
Como foi dito na nota de rodapé da Bíblia Anotada que o Amor expressa a
valorização altruísta no objeto amado. Recorremos ao significado da palavra
altruísta e altruísmo, onde este nos deu a certeza de que não basta ter uma
afeição mútua, é preciso ser filantropos, ou seja, não esperar retorno do que
realizamos em favor daqueles que amamos (Mt 6:2-3) e dos que nos perseguem, é
ainda preciso ter a disposição para se interessar e dedicar ao próximo, e esta
postura só será possível através da abnegação em favor daqueles que amamos e
mais, daqueles que estão fora do nosso circulo de afeição e até por aqueles que
nos odeiam.
Após a versão
da nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém, ela vem a nos esclarecer ainda mais o
que estamos descortinando:
À diferença do
amor passional e egoísta é a caridade (agape) é um amor de dileção, que quer o
bem do próximo (Bíblia de Jerusalém).
Vemos que
somente a prática da caridade (agape) que se pode opor ao amor passional e
egoísta e foi isto que demonstramos. Este é o que Paulo realmente enfatiza,
sobre este amor que não espera retorno, se interessa e dedica-se ao próximo
através da abnegação, realizando tudo o que gostaria que vos fizesse e isso
será possível somente através das boas obras, ou obras de Amor (caridade) pela
qual realmente iremos chegar à plenitude do amor ao próximo, assim como o
Mestre nos amou e vivenciou esta realidade em seus atos.
Após estes
esclarecimentos acima, vemos o seguinte questionamento dos que aceitam a graça
pela fé apenas: “não há nenhuma inferência de que seja o Amor de Deus para com
conosco e sim o nosso sentimento para como o próximo?” Diante do contexto de I
Co 13 não há realmente a inferência de que seja o amor de Deus para conosco, e
sim do nosso amor como um dom supremo e que leva a perfeição. Voltando ao texto
de Paulo, os que aceitam a graça pela fé apenas dizem que “este texto de 1 Co
13 fala somente do agape como o amor de Deus, texto e contexto analisados”.
Após esta afirmação de que o texto e contexto afirmam o amor (agape) de Deus.
Se nesta trata do amor de Deus, como poderíamos exercer este amor então?
Através das obras? Ou da fé? A lógica do texto nos mostra que iremos exercer
este sentimento somente através das obras de amor (ágape / caridade).
Conforme
explanado anteriormente que o sentido do amor nesta passagem é amplo, geral e
irrestrito, numa alusão ao Amor de Deus, segundo este amor, o que apontamos é
que neste contexto este amor se reflete sobre a caridade (agape) é um amor de
dileção, que quer o bem do próximo (Bíblia de Jerusalém). Segundo os que
aceitam a graça pela fé apenas, nos questionam: “como explicar o versículo 3 do
referido capítulo? E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento
dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse
amor, nada disso me aproveitaria”. Ocorre que o amor (ágape / caridade) não é
somente doar todos seus bens materiais aos mais necessitados, é preciso ter a
disposição para se interessar e dedicar ao próximo, e esta postura só será
possível através da abnegação em favor deles. É isto o que Paulo quis dizer e
que viria a ser o pleno conhecimento e a perfeição, para o que era ainda
imperfeito. O verso 5 explica isso: "...não busca os seus
interesses...". Espero que também não esqueça o verso 2.
Agora, dentro
deste mesmo contexto e defesa da alegação dos que aceitam a graça pela fé
apenas, não haveria lógica em “distribuir todos os meus bens para sustento dos
pobres (= caridade) e... não ter caridade?” O que mencionamos é que a caridade
não é somente isso e foi o que demonstramos acima. No entanto, o agape de Deus
por nós em nos entregar Jesus (Jo 3:16) para que por meio Dele fôssemos salvos,
devido a direção das atitudes que devemos ter, a fim de alcançar o grau de
pureza dos espíritos de escol, disso não duvidamos, mas como seria o nosso amor
ao próximo? Somente se nos entregarmos por ele através do agape com a abnegação
e a dedicação a cada um de nosso semelhante indistintamente. Por este motivo
que acreditamos que somente através das obras de amor (agape) é que poderemos
chegar ao conhecimento pleno e por isso que elas estão acima da fé, bem como:
Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor
(ágape / caridade). (I Co 13:13)
Ter apenas fé
em Jesus, sem por os seus ensinamentos em prática, é fé morta e sem capacidade
de nos dar a condição de chegar à perfeição. Assim sendo, somente através das
obras de amor que estaremos em condições de atingir o conhecimento pleno.
Thiago Toscano Ferrari
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