**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**
A
fé sem obras está morta
**13.
Seremos julgados pela fé, ou pelas obras?**
Após as exposições que nos
dispusemos a realizar até o momento, entendemos que é por meio das obras que
confirmamos a fé. Depreendemos com o apóstolo Tiago pode nos elucidar:
Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu
tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. (Tg 2:18).
Tendo em vista a nossa ideia de
seguir ao que nos propusemos, de acordo com as considerações iniciais, cremos
que a fé sem obras está morta e
não temos fé e, por isto, devemos fazer as obras, pois, temos obras e por isso confirmamos a nossa fé. Querer induzir aos
leitores de que as boas obras de “amor ao próximo” são diferentes de boas obras
de “amor ao próximo”, é o mesmo que forçar a barra em dizer que quem realizou
todas as recomendações de Jesus será condenado (Mt 25:31-46), já que para o
mesmo sofisma, temos que: “há muitos que fazem obras sem ter fé, e para estes a
perdição eterna está reservada”, segundo alguns que aceitam a graça pela fé
apenas afirmam. Seria como inverter o tema proposto em dizer que as obras
dependem da fé e que “as obras sem a fé
são mortas”, mas é a fé quem depende das boas obras para ser consumada,
pois:
Vês como a fé operava juntamente
com as suas obras; com efeito, foi
pelas obras que a fé se consumou, (Tg 2:22).
Tanto que se não há boas obras, não haverá fé e se há boas obras, invariavelmente
haverá a fé genuína e verdadeira. Alguns que aceitam a graça pela fé
apenas na intenção em frisar que existem boas obras que levam a condenação,
tenta distorcer mais uma vez os nossos argumentos e pior, inferir a um texto do
evangelho de Mateus que os que tiveram boas obras serão condenados, vindo a
citar:
Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi
claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve
estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente
que edificou a casa sobre a rocha. (Mt 7:22-24).
Não poderíamos deixar de alertar
aqueles que acreditam que as obras não nos levam a salvação, pois o mesmo
Cristo atesta ser necessário colocar seus ensinos em prática. O que Jesus
estava se referindo neste momento é para aqueles que profetizaram, expulsaram
demônios e fizeram milagres em Seu nome
através da fé, ou seja, ensinaram em Seu nome e em nada praticaram os
Seus ensinamentos. Em outras palavras, tinham a fé, acreditavam em tudo o que
pregavam e em nome de Jesus, mas
não praticavam nada do que Ele havia ensinado, não edificavam "a casa
sobre a rocha" e, portanto, concluímos que não se trata de condenação pelas boas obras, mas por falta da pratica delas e dos ensinamentos
do Mestre Jesus.
Mais adiante, os que aceitam a
graça pela fé apenas nos apresentam a parte posterior da passagem: Todo aquele, pois, que ouve estas minhas
palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente que edificou a
casa sobre a rocha. Após citá-la, concluem “que Cristo não está
falando aqui apenas das boas obras, mas principalmente, o que motivou tais
pessoas aos atos que praticaram. A fé para fazer obras de glorificação a Deus
ou as obras para se mostrarem aos homens?” A nossa resposta é a mesma que Jesus enfatiza em dizer que tudo o que
fizeram, foi em teu nome. Em
nome de quem? De Jesus, e os que aceitam a graça pela fé apenas nos questionam
se era para se mostrarem aos homens, sendo que realizavam tudo em nome de
Jesus, mas não praticavam nada do que
Ele ensinou. É isto que está no texto.
Uma abordagem do ESE, capítulo
XVIII – itens 8 e 9, sendo que esta citação vem a esclarecer o que temos dito:
8.
Aquele que violar um destes menores mandamentos e que ensinar os homens a
violá-los, será considerado como último no reino dos céus; mas, será grande no
reino dos céus aquele que os cumprir e ensinar.
- (S. MATEUS, cap. V, v.19.)
9.
Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem:
Senhor! Senhor! - Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe
seguem os preceitos? Serão cristãos os
que o honram com exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao
orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? Serão seus discípulos
os que passam os dias em oração e não se mostram nem melhores, nem mais
caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes? Não, porquanto, do
mesmo modo que os fariseus, eles têm a prece nos lábios e não no coração.
Pela forma poderão impor-se aos homens; não, porém, a Deus. Em vão dirão eles a
Jesus: "Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu nome; não
expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e bebemos contigo?" Ele lhes responderá: "Não sei quem sois;
afastai-vos de mim, vós que cometeis iniqüidades, vós que desmentis com os atos
o que dizeis com os lábios, que caluniais o vosso próximo, que espoliais as
viúvas e cometeis adultério. Afastai-vos de mim, vós cujo coração
destila ódio e fel, que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que
fazeis corram lágrimas, em vez de secá-las. Para vós, haverá prantos e ranger de
dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são brandos, humildes e
caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das
vossas palavras e das vossas genuflexões. O caminho único que vos está aberto,
para achardes graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de
caridade."
São eternas as palavras de Jesus,
porque são a verdade. Constituem não só a salvaguarda da vida celeste, mas
também o penhor da paz, da tranqüilidade e da estabilidade nas coisas da vida
terrestre. Eis por que todas as instituições humanas, políticas, sociais e
religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão estáveis como a casa
construída sobre a rocha. Os homens as conservarão, porque se sentirão felizes
nelas. As que, porém, forem uma violação daquelas palavras, serão como a casa
edificada na areia. o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão.
(KARDEC, A., O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVIII, grifo nosso).
Vemos que a ideia de que "a fé sem obras está morta" está suficientemente
embasada, o que nos conduz ao fato de que o caráter de julgamento permanece
como sendo o mesmo de “a cada um
segundo as suas obras” e de que não foi provado que “a cada um será dado
segundo a fé”, sendo esta ideia como ensinamento de Jesus.
O que tentamos realizar foi toda a
explanação sobre todos os ensinamentos do Mestre Jesus e a sua importância
fundamental em colocar estes mesmos ensinamentos em prática. Sabermos que Jesus
afirma que podemos fazer essas mesmas obras e até maiores. Com isso, nos dá a
certeza de que as obras que fazemos serão também para cumprir a vontade de
Deus. Mas quais são as obras de Jesus? No tempo que passou junto de nós, curou
os enfermos, deu vista a cegos, curou os paralíticos, libertou pessoas de
espíritos maus, enfim somente obras de amor, o amor operante de que já falamos
por várias vezes. Em consonância com esta nossa abordagem, citamos:
Não crês tu que eu estou no Pai, e
que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo,
mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o
Pai em mim; crede-me, ao menos, por
causa das mesmas obras. Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. (Jo
14:10-12).
Finalizando esta análise, para os
que aceitam a graça pela fé apenas: “já é salvo: ‘Aquele que tem os meus
mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será
amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele’. E assim eles
comentam que crer em Cristo em primeiro lugar, pois quem crê o ama, não há como
crer em alguém sem amá-lo ou amá-lo sem crer e, como consequência, cumpre seus
mandamentos, exteriorizando pelas obras que fazemos a Deus e ao próximo.”
Todavia, é preciso ter e guardar os Seus mandamentos, já que é preciso
colocá-los em prática, pois, sem a prática, não haverá como ser recompensado e
muito menos como receber o galardão (Mt 25:31-46). Destarte, há evidências
demais para fundamentarmos que “a fé sem obras está morta” e citaremos
inúmeros outros exemplos que corroboram esta tese de que "A cada um segundo as suas obras",
conforme abaixo:
Pois
retribui ao homem segundo as suas obras e faz que a cada um toque segundo
o seu caminho. (Jó 34:11)
Paga-lhes
segundo as suas obras, segundo a malícia dos seus atos; dá-lhes conforme a
obra de suas mãos, retribui-lhes o que merecem. (Sl 28:4)
e a ti, Senhor, pertence a graça,
pois a cada um retribuis segundo as
suas obras. (Sl 62:12)
Se disseres: Não o soubemos, não o
perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a
tua alma? E não pagará ele ao homem
segundo as suas obras? (Pv 24:12)
O Senhor também com Judá tem
contenda e castigará Jacó segundo o seu proceder; segundo as suas obras, o recompensará. (Os 12:2)
Alexandre, o latoeiro, causou-me
muitos males; o Senhor lhe dará a paga
segundo as suas obras. (II Tm 4:14)
Dai-lhe em retribuição como também
ela retribuiu, pagai-lhe em dobro
segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai
dobrado para ela. (Ap 18:6)
Vi também os mortos, os grandes e
os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda
outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se
achava escrito nos livros. (Ap 20:12)
Deu o mar os mortos que nele
estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas
obras. (Ap 20:13)
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras. (Ap 22:12)
Thiago Toscano Ferrari
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