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domingo, 18 de outubro de 2015

Céu inferno_061_2ª parte cap. V - Suicidas - Mae e filho

 Céu inferno_061_2ª parte cap. V - Suicidas - Mae e filho
  
RESUMO PARA ESTUDO

Em março de 1865, o Sr. M. C., negociante em pequena cidade dos arredores de Paris, tinha em sua casa, gravemente enfermo, o mais velho dos seus filhos, que contava 21 anos de idade. Este moço, prevendo o desenlace, chamou sua mãe e teve forças ainda para abraçá-la. Esta, vertendo copiosas lágrimas, disse-lhe: "Vai, meu filho, precede-me, que não tardarei a seguir-te." Dito isto, retirou-se, escondendo o rosto entre as mãos. (...) Morto o doente, procuraram-na por toda a casa e foram encontrá-la enforcada num celeiro. O enterro da suicida foi juntamente feito com o do filho.

Evocação deste, muitos dias depois do fato:

P. Sabeis do suicídio de vossa mãe, em conseqüência do desespero que lhe causou a vossa perda? R. Sim, e, sem o pesar causado por essa fatal resolução da parte dela, julgar-me-ia completamente feliz. (...)

Evocação da mãe. - R. Quero ver meu filho. Tendes o poder de dar-mo?

(...) Deus não é justo; não é o Deus das mães, não lhes compreende as dores e desesperos... E quando me dava a morte para me não separar de meu filho, eis que novamente mo roubam!... Meu filho! meu filho, onde estás?

Evocador. - Pobre mãe, compartilhamos da vossa dor. Buscastes, no entanto, um triste recurso para vos reunirdes ao vosso filho: - O suicídio é um crime aos olhos de Deus, e deveis saber que Deus pune toda infração das suas leis. A ausência do vosso filho é a vossa punição.

Ela. - Não; eu julgava Deus melhor que os homens; não acreditava no seu inferno, porém cria na reunião das almas que se amaram como nós nos amávamos... (...)

Evocador. - Vamos, acalmai o vosso desespero; considerai que, se há um meio de rever vosso filho, não é blasfemando de Deus, como ora o fazeis. Com isso, em vez de atrairdes a sua misericórdia, fazeis jus a maior severidade. (...)

Evocador. - Vosso filho não está perdido para sempre; certo tomareis a vê-lo, mas é preciso merecê-lo pela submissão à vontade de Deus, ao passo que a revolta poderá retardar indefinidamente esse momento. Ouvi-me: Deus é infinitamente bom, mas é também infinitamente justo. Assim, ninguém é punido sem causa, e se sobre a Terra Ele vos infligiu grandes dores, é porque as merecestes. A morte de vosso filho era uma prova à vossa resignação; infelizmente, a ela sucumbistes quando em vida, e eis que após a morte de novo sucumbis; como pretendeis que Deus recompense os filhos rebeldes? A sentença não é, porém, inexorável, e o arrependimento do culpado é sempre acolhido.
(...)

Nota - A morte, mesmo pelo suicídio, não produziu neste Espírito a ilusão de se julgar ainda vivo. Ele apresenta-se consciente do seu estado: - é que para outros o castigo consiste naquela ilusão, pelos laços que os prendem ao corpo. Esta mulher quis deixar a Terra para seguir o filho na outra vida: era, pois, necessário que soubesse aí estar realmente, na certeza da desencarnação, no conhecimento exato da sua situação. Assim é que cada falta é punida de acordo com as circunstâncias que a determinam, e que não há punições uniformes para as faltas do mesmo gênero.

 QUESTÕES PARA ESTUDO

1. No que consistiu o grande engano desta mãe?

2. Por que ela, ao contrário de outros suicidas teve consciência imediata de seu desencarne?

3. O que precisará fazer esse espírito, em relação a si mesmo, para reverter seu ato negativo?

4. Qual sua interpretação para a seguinte afirmação: "Assim é que cada falta é punida de acordo com as circunstâncias que a determinam, e que não há punições uniformes para as faltas do mesmo gênero"?

Conclusão:

No que consistiu o grande engano desta mãe?

Este espírito acreditou que provocando seu desencarne poderia ficar junto ao filho e, assim, continuar no seu cuidado. Por ignorância não sabia que, cometendo essa falta, estaria se distanciando do filho.

2. Por que ela, ao contrário de outros suicidas, teve consciência imediata de seu desencarne?

Para que pudesse ter consciência do equivoco que cometera, sendo que esta circunstância passa, então, a fazer parte de seu aprendizado.

3. O que precisará fazer esse espírito, em relação a si mesmo, para reverter seu ato negativo?

Elevar-se pelo arrependimento sincero e pelo desejo de reformar-se através do conhecimento das Leis Divinas e a submissão a essas leis.



4. Qual sua interpretação para a seguinte afirmação: "Assim é que cada falta é punida de acordo com as circunstâncias que a determinam, e que não há punições uniformes para as faltas do mesmo gênero"?

Toda falta é punida pelo motivo que levou o espírito a executá-la, ou seja, a cada ação nossa advém uma reação ou conseqüência da qual não podemos fugir, mas que terá a proporção da motivação e/ou da intenção do espírito.


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