O ESPIRITISMO E AS FRAUDES
Os materialistas e os incrédulos sistemáticos têm costume de qualificar os fenômenos espíritas como charlatanismo ou embuste. Não vamos, aqui, analisar suas razões, sem critérios e métodos.
Nosso intuito é apenas lembrar de que os espíritas são os primeiros a ter interesse em que as fraudes sejam desmascaradas, e jamais garantiram a legitimidade de todos os fatos ditos mediúnicos ou anímicos. Aliás, as pessoas idôneas que descobriram a fraude nos fatos falsamente considerados como tal, prestam, mais do que imaginam, um serviço à causa espírita, que não se apoia sobre a mentira, mas necessita de que a verdade apareça.
Os estudos que, sob várias denominações, envolvem questões como a alma, a mediunidade e o animismo, têm mobilizado os homens de ciência, há mais de cem anos. Podemos citar, como exemplos, desde William Crookes e as materializações de Katie King até a descoberta do corpo bioplásmico por pesquisadores da Universidade de Kirov, passando pela verificação da natureza extrafísica da mente, por Joseph B. Rhine, da Universidade de Kuke (EUA), e pelas investigações sobre reencarnação, em mais de mil casos catalogados por Hamendras Nat Banerjee, da Universidade de Jaipur, na Índia.
Felizmente, a pesquisa científica não depende de concessões ideológicas ou religiosas. Negar a validade dos seus resultados, por serem contrários a determinados dogmas ou crenças, não anula a força dos fatos cientificamente comprovados. Somente contraprovas científicas poderiam invalidá-los, e isto ainda não aconteceu, com relação aos fenômenos espíritas. Como disse Kardec, negar não é provar.
Observemos que o Espiritismo é toda uma filosofia, cujas implicações vão muito além da fenomenologia, cujas implicações vão muito além da fenomenologia. As comunicações mediúnicas, com sua veracidade tão combatida, apenas comprovam a existência, no homem, de um princípio imaterial que preexiste e sobrevive ao corpo (o Espirito). As comunicações mediúnicas e os fenômenos anímicos são consequência de sua sobrevivência e da manutenção de sua individualidade após a morte, mas não são o objetivo principal da Doutrina Espírita. O mais importante se encontra nas decorrências morais desta comprovação, isto é, no quanto alguém sabendo-se Espírito, criado por Deus, imortal, reencarnante e em evolução, altera seu modo de ser e de agir para consigo mesmo e para com seus semelhantes.
(De Um pouco por dia, de Rita Foelker)
Nenhum comentário:
Postar um comentário