Estudo
Evangélico
Livro: “PALAVRAS DE VIDA ETERNA”
Francisco C. Xavier /
Emmanuel
Estudo n. 5
FÉ E OBRAS
“A fé se não tiver
obras, é morta em si mesma”.
(Tiago, 2:17)
(Tiago, 2:17)
Tiago escreveu essa
carta aos cristãos que se achavam entre os judeus dispersos (nome que se dava
aos judeus que habitavam fora da Terra Santa), com o objetivo de corrigir os
erros e condenar os pecados a que estavam sujeitos os primeiros judeus
convertidos ao cristianismo e, animar os crentes convertidos a sofrer as
provações a que estavam sujeitos.
Fé é a confiança que
se tem no cumprimento de algo, certeza de atingir um fim para o qual se tende
procurando os meios para atingir.
Do ponto de vista
religioso, fé é a crença nos dogmas particulares que constituem as diferentes
religiões.
Emmanuel, no livro “O
Consolador”, pergunta 354, elucida: "Ter fé é guardar no coração a
luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassa o âmbito da crença religiosa,
fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da
personalidade".
Significando luta,
trabalho incansável para se alcançar objetivos e fins.
Existe a fé cega, que
não examina nada, aceita sem controle o falso, o verdadeiro, e se choca, a cada
passo, contra a evidência e a razão.
Allan Kardec, no “Evangelho
Segundo o Espiritismo”, cap. XIX, item 7, ensina que" não há fé inabalável
senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da
humanidade". Para ser portanto, proveitosa deve ser ativa, e não se
prender aos cultos exteriores da religião a que nos afeiçoamos.
Fé verdadeira é não
mais dizer “eu creio”, mas afirmar " eu sei ", com todos os valores
da razão tocados pela luz do sentimento.
Fé e obras se
completam em nossas relações com a Vida, onde viver representará certezas tanto
nos aspectos materiais quanto nos espirituais.
O exemplo de nossas
obras mostra o mérito da fé que temos. Acreditar e nada fazer, crer e
desanimar, ter fé e desesperar são paradoxos. Nossa forma de ser, agir, falar
tem que exteriorizar as certezas que possuímos onde as obras serão
contagiantes, envolvendo o outro em tranqüilidade, calma, paz, que só a
segurança daquele que sabe por onde caminha, para onde vai proporciona.
Serviço é condição
que a lei estabelece para todas as criaturas, a fim de que o Criador lhes
responda.
A criatura que apenas
trabalhasse, sem método, sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura
de coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de
sucumbir pela paralisia e ociosidade.
Em se tratando de
religião, cada crente possui razões respeitáveis e detém preciosas
possibilidades que devem ser aproveitadas no engrandecimento da vida e do
tempo, glorificando o Pai.
Quando percebemos as
bênçãos de Deus e nada realizamos de bom, em favor dos semelhantes e de si
mesma, assemelhamo-nos ao avarento que passa sede e fome, com a intenção de
esconder, a riqueza que Deus lhe emprestou. Por esta razão a fé que não ajuda,
não instrui e nem consola, não constrói obras e não passa de escura vaidade e
enganos do coração.
"O Reino Divino
guarda o imperativo da ação por ordem fundamental. Sigamos para diante e
propaguemos a verdade salvadora, através dos pensamentos, das palavras, das
obras e de nossas próprias vidas. O Todo-Sábio criou a semente para produzir com
o infinito. Desce do alto a claridade do Sol cada dia para extinguir as sombras
da Terra. Esse é o objetivo do Evangelho. Amar, servindo, é venerar o Pai,
acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a nós
mesmos".
A fé sem obras é como
a lâmpada que não clareia - é inútil.
Bibliografia:
O Evang. Seg. o Espiritismo - A.K. - XIX
À luz da oração - F.C.Xavier/Emmanuel
O Consolador - F.C.Xavier/Emmanuel - perg.354
Jesus no lar - F.C.Xavier/Neio Lúcio - lições 32 e 45
Márcia Casadio / Maria Ap. F. Lovo
Novembro / 2001
Novembro / 2001
Centro Espírita Batuira
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