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terça-feira, 6 de março de 2018

CAPÍTULO 7 = JESUS E JUSTIÇA


CAPÍTULO 7 = JESUS E JUSTIÇA


Tem por objetivo a justiça reparar o dano causado e corrigir o infrator, tornando-o útil à sociedade na qual se encontra.

A justiça trabalha em favor da educação utilizando-se de métodos disciplinares, inclusive limitando a liberdade do delinquente, a fim de poupá-lo, bem como a comunidade, de males mais graves.

O delito resulta do desrespeito aos códigos estabelecidos de leis que regem os povos, propiciando direitos e deveres iguais aos indivíduos.

Quando a justiça se corrompe, o homem tresvaria e o abuso da autoridade conduz aos extremos da sandice.

Em uma sociedade justa, todos desfrutam de oportunidades iguais de progresso, face a uma idêntica distribuição de rendas. Nela, o forte ampara o fraco, o sadio socorre o enfermo, o jovem ajuda o idoso, comportamento natural, decorrente de uma consciência clara de dever, que estabelece a felicidade como consequência da solidariedade entre as diversas criaturas.

À medida que o homem desenvolve os sentimentos e a inteligência se aprimora, as suas leis são mais brandas e a sua justiça mais equânime.

Nos povos primitivos, a “lei do mais forte” prevalecia, substituída, mais tarde, pela condição absurda da hereditariedade, até alcançar os elevados princípios sóciodemocráticos, nos quais, a responsabilidade pessoal tem prioridade na ação livre dos seus membros.

É longo, porém, ainda, o caminho a percorrer, para que seja alcançado o respeito do homem pela vida, pelo próximo, pela natureza, pela justiça sem arbitrariedade, sem punição.
*

Jesus fez-se paladino da justiça equânime.

Sua atitude para com as pessoas era sempre a mesma: de benevolência, com o objetivo da educação.

A Nicodemos, que era doutor da alta câmara do Sinédrio, concedeu uma entrevista, nada diferente daquela que facultou a Zaqueu, o cobrador de impostos, ou à convivência com Lázaro e suas irmãs, em Betânia, ou ao ladrão, na cruz, que Lhe buscara apoio.

Reconhecendo que os homens se diferenciam pelas suas conquistas intelectuais e morais e que a hierarquia na qual se encontram é de aquisição pessoal e sem jactância ou privilégios, a todos proporcionava as mesmas condições e oportunidades, jamais se excedendo com qualquer um deles.

À adúltera, ou à vendedora de ilusões, ou aos sacerdotes que o interrogaram, ou aos saduceus hábeis, ou aos fariseus hipócritas, sempre concedeu o mesmo tratamento.

Quando invectivou os que tentavam envolvê-lo em ciladas sofistas, comprometedoras, usou de energia sem esquecer da compaixão, por sabê-los enfermos da alma, da qual procedem todos os fenômenos do comportamento.

Num período de arbitrariedades, foi magnânimo; de abuso do poder, falou sobre a renúncia à arrogância, e fez-se humilde; de exploração, ensinou a generosidade e viveu-a.

Propôs que a nossa não fosse a “justiça dos fariseus” que. Moralmente doentes, esfalfavam os fracos, exploravam as viúvas e as crianças, aproveitando-se da situação.

E quando Pilatos, que iria lavar as mãos culpadas pela pusilanimidade do caráter. Lhe disse que tinha poder e autoridade sobre Ele, redargüiu-lhe que estes lhe haviam sido concedidos, desde que, por sua vez, ele também se encontrava sob uma condução maior. Porque o verdadeiro poder, a excelente justiça, vêm de Deus.
*

Emaranhado nos próprios erros e tropeçando nas malhas da incompleta justiça humana, reeduca-te.

Vítima das circunstâncias infelizes que te pesam, confia em Deus e aguarda.

Injustiçado e sob arbitrária cobrança, não te desesperes.

Paga agora o que esqueceste de regularizar ontem, certo de que a falência das leis terrenas não te exime de ser alcançado pela divina justiça.

Melhor que estejas sob reparação de compromissos, dos quais não te recordas, do que gozando de liberdade física, mas carregando a consciência culpada que se esconde na ilusão.

A real justiça sempre encontra o infrator.

Por tua parte, sê justo, equânime para com todos, tomando como modelo de comportamento Jesus, que nunca se recusava.


JESUS E ATUALIDADE
DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

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