INFORMAÇÃO
ESPÍRITA
CURSO
BÁSICO DE ESPIRITISMO – 1º Ano – 37ª. Edição – FEESP
Zulmira
da Conceição Chaves Hassesian
17ª
Aula - RETORNO DA VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL
Parte
A - A ALMA APÓS A MORTE - SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO -
PERTURBAÇÃO ESPÍRITA
Analisando
do ponto de vista filosófico do Espiritismo, a morte não significa
a interrupção da vida. A morte resulta da extinção das forças
vitais do ser orgânico.
No
momento da morte física a alma volta a ser Espírito e conserva a
sua individualidade não a perde jamais, mesmo após a morte do corpo
físico.
A
individualidade é um atributo do Espírito, demonstrada, através do
perispírito, de acordo com as inúmeras comunicações de seres
desencarnados, que fornecem detalhes particulares da vida física
anterior.
O
perispírito é o envoltório fluídico da alma, da qual não está
separado nem antes, nem após a morte, podendo conservar,
temporariamente, a aparência física que tinha em sua última
encarnação.
Cientificamente,
está devidamente comprovada a sobrevivência da individualidade do
Espírito após a morte física. Portanto o Espírito é imortal,
porém não é eterno, pois somente Deus é eterno conserva o seu
patrimônio de experiências existenciais, cuja memória é
propriedade exclusiva do Espírito. Após o desencarne, o Espírito
conserva todas as suas experiências da vida e principalmente, as
aquisições morais, e nada leva com relação às conquistas
materiais.
Após
a criação o Espírito será imortal, entretanto, não é eterno,
porque foi criado por Deus e somente Deus é eterno.
O
Espírito encarnado, em sua maioria, não se lembra de que é hospede
da esfera que o recebe para a sua jornada de experiências e
aprendizado, para alcançar estágios mais sublimes, na sua evolução
espiritual.
Depois
do desencarne, o Espírito tem conhecimento, com exatidão, que o
reino do bem ou o domínio do mal, residem dentro de cada um.
A
consciência desse fato proporcionaria ao ser encarnado, o
comprometimento em semear o bem e a luz, mais intensamente em sua
jornada terrena.
SEPARAÇÃO
DA ALMA E DO CORPO
A
confiança e a fé na vida futura não são suficientes para excluir
a apreensão da passagem da vida física para a vida espiritual.
Muitos, não temem a morte, entretanto, permanecem inseguros quanto à
transição de uma vida para a outra.
A
extinção da vida orgânica provoca a separação da alma e do
corpo, pela ruptura do laço fluídico que os une; mas essa separação
jamais é brusca; o fluido perispiritual se separa pouco a pouco de
todos os órgãos, de sorte que a separação não é completa e
absoluta senão quando não reste mais um único átomo do
perispírito unido a uma molécula do corpo.
Na
transição do plano físico para o plano espiritual, existem várias
sensações dos Espíritos e verifica-se que as essas condições
dependem do desprendimento do perispírito, que apresentam diversas
variações:
1)
se, no momento da extinção da vida orgânica o desligamento do
perispírito já estiver completado, a alma nada sentirá;
2)
se, nesse momento, a união dos dois elementos, estiver no auge de
suas forças, produzir-se-á uma espécie de ruptura ou
dilaceramento;
3)
se, a união já se apresentar enfraquecida, a separação será
fácil e se dará sem abalo ou choque;
4)
se, após a completa extinção da vida orgânica, ainda existirem
muitos pontos de contatos entre o corpo físico e o perispírito, a
alma poderá sentir os efeitos da decomposição do corpo, até que
as ligações sejam completa-mente rompidas.
A
separação da alma e do corpo não é dolorosa, há maior sofrimento
para o corpo durante a vida que no momento da morte. É a alma quem
sofre e não o corpo físico, este serve como o instrumento da dor.
A
Doutrina Espírita esclarece que a “intensidade e a duração do
sofrimento estão na razão da afinidade entre o corpo físico e
perispírito” e conclui que “o estado moral da alma é a causa
principal que influi sobre a maior ou menor facilidade do
desligamento.” (Céu e Inferno)
PERTURBAÇÃO
ESPÍRITA
Conforme
esclarece a Doutrina Espírita, na passagem da vida corpórea para
vida espiritual, produz-se ainda, um outro fenômeno de capital
importância: o da perturbação. Nesse momento a alma sente um
entorpecimento que paralisa, momentaneamente, as suas faculdades e
neutralizam, pelo menos em parte, as sensações. A alma fica em
estado cataléptico, de sorte que quase nunca tem consciência do seu
último suspiro.
O
estado do Espírito no momento da morte pode se resumir assim: O
Espírito sofre tanto mais quanto o desligamento do corpo seja mais
lento. O tempo de desligamento esta em razão de adiantamento do
Espírito. Para o Espírito desmaterializado, cuja consciência é
pura, a morte é um sono de alguns instantes, isenta de todo
sofrimento, e cujo despertar é cheio de suavidade.
A
perturbação pode ser considerada como estado normal no instante da
morte e a sua duração é indeterminada; e varia de algumas horas a
alguns anos.
Na
morte natural, a que resulta da extinção das forças vitais ou da
doença, o desligamento se processa gradual-mente. No ser humano,
cuja alma esta desmaterializada, e cujos pensamentos se separaram das
preocupações terrestres, o desligamento é quase completo, antes da
morte real; o corpo vive ainda a vida orgânica, e a alma já entrou
na vida espiritual.
A
afinidade entre o corpo e o perispírito esta na razão do apego do
Espírito a matéria; está no seu máximo no homem cujas
preocupações todas se concentram na vida e nos gozos terrenos; ela
é nula naquele cuja alma depurada, esta identificada por antecipação
com a vida espiritual.
Nas
mortes violentas, por suicídio, acidente, ferimentos e etc., o
Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que esteja morto
e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê o seu
corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado.
A
perturbação que se segue a morte nada tem de penosa para o homem de
bem: é calma, semelhante à que acompanha um despertar tranquilo.
Para aquele cuja consciência não esta pura é cheia de ansiedade e
angústias.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC,
Allan - O Livro dos Espíritos - Segunda Parte - cap. III - 149 a 165
KARDEC,
Allan - O Céu e o Inferno- Segunda Parte - cap. I- item4 a 9 e 13.
Parte
B - PARÁBOLA DO MORDOMO OU ADMINISTRADOR INFIEL
Definição
de parábola: As parábolas do Evangelho são narrativas alegóricas,
contendo figuras e quadros das ocorrências cotidianas, entretanto,
capaz de transmitir verdades indispensáveis, através de métodos
comparativos para facilitar a compreensão de ensinamentos e
preceitos morais.
Importância
do método pedagógico: “Ainda hoje, esse método é portador de
resultados eficientes. A sua vigência permite que se transfiram as
informações de uma para outra geração, através das épocas, sem
que percam a sua atualidade, podendo ser sempre interpretadas
conforme as circunstâncias e características culturais de cada
época” (J.A.)
E
Jesus disse aos seus discípulos: “havia um homem rico, que tinha
um administrador; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus
bens”.
Chamou-o
e perguntou-lhe: que é isto que ouço a teu respeito?
Presta
conta da tua administração, pois já não podes mais ser meu
administrador.
Disse
o administrador consigo mesmo: Que hei de fazer, já que o meu senhor
me tira a administração? Não tenho forças para trabalhar na
terra; de mendigar tenho vergonha.
Eu
sei o que hei de fazer para que, quando for despedido da
administração, me recebam em suas casas.
Tendo
chamado cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro:
Quanto deves ao meu patrão?
Respondeu
ele: Cem cados (vasos de barro) de azeite. Disse-lhe então: Toma a
tua conta, assenta-te depressa e escreve cinquenta.
Depois
perguntou a outro: E tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros
(medida dos hebreus) de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve
oitenta.
E
o senhor louvou o administrador infiel, por haver procedido
sabiamente; porque os filhos deste mundo são mais sábios na sua
própria geração do que os filhos da luz.
E
eu vos recomendo: Com as riquezas da iniquidade, façam amigos; para
que, quando estas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos
tabernáculos (tenda usada pelos hebreus no deserto) eternos.
Quem
é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no
pouco, também é injusto no muito.
Se,
pois, não vos tomardes fiéis na aplicação das riquezas de origem
injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?
E
se não vos tornardes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará
o que é vosso?
“Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e
amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não
podeis servir a Deus e as riquezas” - Jesus (Lucas 16; 1 a 13)
Sintetizemos
a parábola, interpretando os seus personagens:
O
senhor ou proprietário: Deus.
O
mordomo infiel: o homem.
Os
devedores beneficiados: nosso próximo. Há bens dados a
administração: todos os bens materiais existentes no mundo que
habitamos (propriedades, fortuna, posição social, família, corpo
físico, etc.).
Interpretação
da parábola: A parábola fala de um administrador (mordomo) que se
comportou desonestamente. Então, chamado às contas, antes que fosse
despedido convocou os devedores do proprietário (o senhor) e mandou
que confessassem dívidas menores que as verdadeiras; com esse
procedimento, visava captar a simpatia e boa vontade deles.
Nesta
parábola, parece que Jesus incentiva a prática de atos ilícitos ou
apologia a desonestidade é uma consagração à fraude. Entretanto,
não é esse o objetivo do ensinamento. Sabemos que no Evangelho de
Jesus não existe nada dúbio e que é necessário interpretá-lo,
segundo o espírito que vivifica.
No
uso e administração de qualquer desses bens, o homem procede como
mordomo infiel: apropria-se deles com exclusivismo, egoisticamente,
acumulam os só para si, desrespeita os direitos alheios, prejudica o
próximo.
A
“infidelidade” está em se apossar do que nos é dado
temporariamente, “para administrar”.
“O
homem sendo o depositário, o administrador dos bens que Deus lhe
depositou nas mãos, severas contas lhe serão pedidas do emprego que
lhes dará, em virtude do seu livre-arbítrio. O mau emprego consiste
em utilizá-los somente para a sua satisfação pessoal.”
“Ao
contrário, o emprego é bom sempre que dele resulta algum bem para
os outros. O mérito é proporcional ao sacrifício que para tanto se
impõe.” (ESE - cap. XVI, item 13)
BIBLIOGRAFIA:
Novo
Testamento. (Lc 16: 1-13)
ALMEIDA,
José de Souza e. - As Parábolas - cap. VII.
SCHUTEL,
Cairbar - Parábolas e Ensinos de Jesus - 1° Parte.
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