INFORMAÇÃO
ESPÍRITA
Uma
Campanha mais que envolvente
O
Evangelho no Lar e no Coração
208.
Os Espíritos dos pais não exercem influência sobre os dos filhos,
após o nascimento destes?
“Exercem,
e muito, pois já dissemos, os Espíritos devem concorrer para o
progresso recíproco. Pois bem, os Espíritos dos pais têm a missão
de desenvolver os dos filhos pela educação: isso é para eles uma
tarefa. Se nelas falharem, serão culpados.”
O
Livro dos Espíritos, Allan Kardec.
Uma
Campanha mais que envolvente
“Se
um homem é a partícula divina da coletividade, o lar é a célula
sagrada de todo edifício da civilização.”
Emmanuel*
Prefácio
Caro(a)
Leitor(a),
É
incontestável a escalada da violência que afeta a sociedade humana
em nível mundial.
Perplexa,
diante de diferentes formas de manifestação da violência, pais,
pensadores, educadores e autoridades públicas se sentem impotentes
em desacelerar esse surto de desamor.
Cada
país tem o seu cenário particular, em função dos autores e das
causas, mas, na essência, todas essas manifestações têm suas
raízes na formação moral das criaturas.
A
visão espírita da reencarnação Não resta a menor dúvida de que
este cenário de conflitos guarda relação íntima com o
adiantamento moral das pessoas que reencarnam em nosso Planeta.
*Psicografia
de Francisco C. Xavier, Cinqüenta anos depois, 17. Ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1985. p. 102.
Ensina-nos
a Doutrina Espírita que a reencarnação é uma lei natural,
portanto Divina, que nos aponta duas finalidades básicas para o
reencarnado: é uma oportunidade concedida pela Providência Divina
para correção de erros do passado e uma forma de contribuir com o
progresso da Humanidade. É dessa forma que a criatura pode acelerar
a sua evolução, melhorando-se moralmente e ajudando os outros a se
melhorarem.
Nesse
sentido, estamos convivendo com um número incalculável de espíritos
encarnados, com os quais temos compromissos espirituais originários
dos relacionamentos de existências anteriores; e simultaneamente,
convivemos com os Espíritos (desencarnados) com os quais nos
relacionamos pelo pensamento ou, através das faculdades
medianímicas. São duas humanidades situadas em dimensões
diferentes, mas que se interpenetram e se entrelaçam.
Assim,
criaturas pacíficas e violentas se mesclam na sociedade humana, de
tal forma que aquele que sabe mais, ajude o que menos conhece e
compreende, para que se cumpram os desígnios de Deus: sejamos uma
família universal, unida pela Lei do Amor.
A
importância do Lar, na educação moral
É,
no lar que os Espíritos se reencontram, sob o mesmo teto, na
condição de pais, filhos e irmãos; nesse ambiente, são oferecidas
as oportunidades de novo aprendizado moral, possibilitando aos
reencarnados exercitarem-se no campo afetivo, desenvolvendo a
fraternidade, a solidariedade, enfim, os sentimentos derivados do
amor.
Assim,
a função educadora e regeneradora da família é extremamente
delicada e importante, quando se atribui à reencarnação a
oportunidade de ascensão na escala evolutiva, através de novas
experiências, no campo intelectual e moral.
Coerente
com essa visão, afirma Emmanuel:*
“A
melhor escola, ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases
do sentimento e do caráter”.
Emmanuel
*Psicografia
de Francisco C. Xavier, O Consolador, questão 110, FEB.
Fundamentação
Doutrinária
Vários
Espíritos de escol se manifestaram sobre a validade e conveniência
da reunião
em
torno do Evangelho de Jesus, no lar; dentre eles podemos citar:
Emmanuel
destaca a importância dessa prática nos lares, quando afirma:
O
culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade
em toda parte, onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento
e sublimação.(...)
Quando
o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo
doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.(1)
Bezerra
de Menezes, por sua vez, pondera:
Trabalhemos
pela implantação do Evangelho no Lar, quando estiver ao alcance de
nossas possibilidades.
(...)
Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar
todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.(2)
Segundo
André Luiz:
Os
espíritas e, em particular, os participantes de grupos mediúnicos
(...) precisam compreender a necessidade do Culto do Evangelho no
lar. Pelo menos, importância da iniciativa, em torno da Doutrina
Espírita, à luz do Evangelho do Cristo e, sob a cobertura moral da
oração.(3)
Joanna
de Ângelis, em duas obras selecionadas também se manifestou a
respeito desse assunto e esclarece:
Pelo
menos, uma vez por semana, reúne a tua família e felicita-a com o
Espiritismo, criando, assim, e mantendo, o culto evangélico, para
que a diretriz do Mestre seja eficiente rota de amor à sabedoria em
tua casa... E prossegue: E se desejares felicidade, na Terra,
incorpora-o ao teu lar, criando um clima de felicidade geral.(4) Na
segunda obra, afirma: A transformação do lar em célula viva do
Cristianismo operante constitui labor impostergável. Isto porque o
lar é a ma triz geradora da comunidade ditosa, sobre a qual repousam
os sustentáculos das nacionalidades progressistas. Acende o sol do
Evangelho em casa, reúne-te com os teus para orar semanalmente, e
jamais triunfarão trevas em teu lar, em tua família, em teu
coração.(5)
Por
fim, Bezerra de Menezes conclui, convidando-nos à ação:
(...)
Auxiliemos a plantação do Cristianismo no santuário familiar, à
luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade
aperfeiçoada amanhã.(6)
Bibliografia:
1)
Xavier, Francisco Cândido. Luz no lar. Por diversos
Espíritos. 8. ed. Rio de janeiro: FEB, 1997, cap. 1 (Culto
cristão no lar, Emmanuel), p. 11 e 12.
2)
. Francisco Cândido. Temas da vida: Evangelho no lar. Bezerra
de Menezes. São Paulo: CEU, 1978.
3)
. Desobssessão. Pelo Espírito André Luiz. 23. ed. Rio de
Janeiro: FEB. 2003, cap. 70, p. 239.
4)
Franco, Divaldo Pereira. Espírito e vida. Joanna de Ângelis.
Salvador: Leal, 1991, p. 90.
5)
. Leis Morais. Joanna de Ângelis. Salvador: Leal, 1987, p.
19.
6)
Francisco Cândido Xavier. Temas da vida: O Evangelho no lar.
Bezerra de Menezes. São Paulo: CEU, 1978.
Finalidade
e Importância
1.
Estudar o Evangelho de Jesus possibilita compreender os ensinamentos
cristãos, cuja prática nos conduz ao aprimoramento moral.
2.
Criar em todos os lares o hábito de se reunir em família, para
despertar e acentuar nos familiares o sentimento de fraternidade.
3.
Pelo momento de paz que o Evangelho proporciona ao Lar, pela união
das criaturas, propiciando a cada um uma vivência tranqüila e
equilibrada.
4.
Higienizar o Lar por pensamentos e sentimentos elevados e favorecer a
influência dos Mensageiros do Bem.
5.
Facilitar no Lar e fora dele o amparo necessário diante das
dificuldades materiais e espirituais, mantendo operantes os
princípios da vigilância e da oração.
6.
Elevar o padrão vibratório dos componentes do Lar e contribuir com
o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.
7.
Tornar o Evangelho conhecido, compreendido, sentido e exemplificado
em todos os ambientes.
Significado
“Quando
o ensinamento do Mestre vibra entre quatro paredes de um templo
doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.”
Psicografia
de Francisco C. Xavier, Luz no lar, Autores diversos, 85. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap. 1, p. 11 e 12.
Como
fazer?
Escolha,
na semana, um dia e horário em que a família possa se reunir
durante mais ou menos trinta minutos.
Crianças
também podem fazer parte da reunião. Pode ocorrer a presença de
visitantes ocasionais e, neste caso, podem ser convidados a
participar; caso não sejam espíritas, devem ser esclarecidos sobre
a finalidade da reunião. Há inclusive a possibilidade da reunião
ser realizada por uma só pessoa – o roteiro a ser seguido é o
mesmo.
1.
Início da reunião – prece simples e espontânea.
2.
Leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo – começar
desde o prefácio, lendo um item ou dois sempre em seqüência.
3.
Comentários sobre o texto lido – devem ser breves e contando com a
participação dos presentes, evidenciando o ensino moral aplicado às
situações do dia-a-dia.
4.
Vibrações – Pela fraternidade, paz e equilíbrio de toda a
Humanidade, por todos os governantes e por aqueles que têm sob a sua
responsabilidade crianças, jovens, adultos e idosos; pela
implantação e vivência do Evangelho em todos os lares; pelo
próprio lar dos participantes, mentalizando paz, harmonia e saúde
para o corpo e para
o
espírito.
5.
Pedidos – Pode-se pedir pelos parentes, amigos, por pessoas que não
participem do círculo de amizades e por toda Humanidade.
6.
Prece de encerramento – Simples, sincera e espontânea, agradecendo
a Deus, a Jesus e aos Bons Espíritos.
OBS.:
A prática do Evangelho no Lar não deve ser transformada em reunião
mediúnica.
Toda
intuição e inspiração, que possam ocorrer, devem ficar no campo
dos comentários gerais, no momento oportuno.
Livro
Indicado e livros recomendados
O
livro básico e indicado é O Evangelho Segundo o Espiritismo
(Allan Kardec)
Livros
recomendados:
Caminho,
Verdade e Vida,
Pão
Nosso,
Fonte
Viva,
Vinha
de Luz (Emmanuel)
Agenda
Cristã (André
Luiz)
Jesus
no Lar -
Alvorada Cristã (Neio Lúcio)
Luz
no Lar (Autores
diversos)
Deus
aguarda - Evangelho em Casa (Meimei)
Messe
de Amor (Joanna
de Ângelis) e outros de conteúdos semelhantes.
Mensagens
de Apoio
O
Culto Cristão no Lar
Povoara-se
o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o
Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados
Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que
se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade: —
Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os
frutos de cada dia? O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu,
hesitante: — Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores.
Ninguém compra os resíduos da pesca.
Jesus
sorriu e perguntou, de novo: — E o oleiro? que faz para atender à
tarefa a que se propõe? — Certamente, Senhor — redarguiu o
pescador, intrigado —, mo dela o barro, imprimindo-lhe a forma que
deseja. O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
— E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que
pretende? O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar: —
Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão.
De
outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se
Jesus, por alguns instantes, e aduziu: — Assim, também, é o lar
diante do mundo.
O
berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma.
A
casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida
comum.
Se
o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue
fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como
esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se
aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos
acolhemos.
Se
não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a
harmonia das nações? Se nos não habituamos a amar o irmão mais
próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o
Eterno Pai que nos parece distante? Jesus relanceou o olhar pela sala
modesta, fez pequeno intervalo e continuou: — Pedro, acendamos
aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma
claridade nova.
A
mesa de tua casa é o lar de teu pão.
Nela,
recebes do Senhor o alimento para cada dia.
Por
que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz
na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o
celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu.
Se
a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura
começa no grão.
Em
razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas
sim no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão
Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não
encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido: —
Mestre, seja feito como desejas.
Então
Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e
à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu,
na Terra, o primeiro culto cristão no
lar.
Neio
Lúcio
Psicografia
de Francisco C. Xavier, Jesus no Lar, FEB.
A
Escola do Coração
O
lar, na essência, é academia da alma.
Dentro
dele, todos os sentimentos funcionam por matérias educativas.
A
responsabilidade governa. A afeição inspira.
O
dever obriga. O trabalho soluciona.
A
necessidade propõe. A cooperação resolve.
O
desafio provoca. A bondade auxilia.
A
ingratidão espanca. O perdão balsamiza.
A
doença corrige. O cuidado preserva.
O
egoísmo aprisiona. A renúncia liberta.
A
ilusão ensombra. A dor ilumina.
A
exigência destrói. A humildade refunde.
A
luta renova. A experiência edifica.
Todas
as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são
facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é
a escola do coração, erguendo entes amados à condição de
professores do espírito.
E
somente nela conseguimos compreender que as diversas posições
afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos
para a verdadeira fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro,
em sagrada união, diante de Deus.
Emmanuel
Reunião
pública de 25-7-60
Psicografia
de Francisco C. Xavier, Seara dos médiuns, FEB.
No
recinto doméstico
Bondade
no campo doméstico é a caridade começando Nunca fale aos gritos,
abusando da intimidade com os entes queridos.
Utilize
os pertences caseiros sem barulho, poupando o lar a desequilíbrio e
perturbação.
Aprenda
a servir-se, tanto quanto possível, de modo a não agravar as
preocupações da família.
Colabore
na solução do problema que surja, sem alterar-se na queixa.
A
sós ou em grupo, tome sua refeição sem alarme.
Converse
edificando a harmonia.
É
sempre possível achar a porta do entendimento mútuo, quando nos
dispomos a ceder, de nós mesmos, em pequeninas demonstrações de
renúncia a pontos de vista.
Quantas
vezes um problema aparentemente insolúvel pede tão-somente uma
palavra calmante para ser resolvido?
Abstenha-se
de comentar assuntos escandalosos ou inconvenientes.
Em
matéria de doenças, fale o estritamente necessário. Procure algum
detalhe caseiro para louvar o trabalho e o carinho que lhe
compartilham a existência.
Não
se aproveite da conversação para entretecer apontamentos de crítica
ou censura, seja a quem seja.
em
casa.
Se
você tem pressa de sair, atenda ao seu regime de urgência com
serenidade e respeito, sem estragar a tranqüilidade dos outros.
André
Luiz
Psicografia
de Francisco C. Xavier, Sinal Verde, CEC.
Evangelho
no Lar
Trabalhemos
pela implantação do Evangelho no Lar, quando
estiver ao alcance de nossas possibilidades.
A
seara depende da sementeira.
Se
a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz
inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre
desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.
É
importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos
no santuário doméstico.
Trazer
as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os
valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.
Não
bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino
Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as
almas se reúnem sob os laços da comunidade ou da atração afetiva.
É
necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida,
adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa.
Evangelho
no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas
igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção
do Infinito Bem.
O
Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para
outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos
heróis.
O
trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante.
Quem recebe na inteligência a gota de luz da Revelação Cristã,
cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de
maneira imperceptível.
Apaga-se
nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas
desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o
pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.
Enquanto
isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual
com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções
a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não
apenas o Amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador
que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.
Auxiliemos
a plantação do Cristianismo no santuário familiar, à luz da
Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade
aperfeiçoada no amanhã.
Em
verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no
lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na
essência é o legislador da própria existência e o dispensador da
paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.
Apoiar
semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas
amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de
regeneração dos espíritos na época atormentada que atravessamos,
é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o
seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém,
mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando,
simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz
familiar.
Que
a Providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de
reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e
Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores
forças.
Bezerra
de Menezes
Psicografia
de Francisco C. Xavier, Temas da Vida, CEU.
Testemunho
Doméstico
“Por
isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé.” Paulo.
(Gálatas,
6:10.)
Decerto
que o apóstolo Paulo, em nos recomendando carinho especial para com
a família da nossa fé, mantinha em vista a obrigação inarredável
da assistência imediata aos que convivem conosco.
Se
não formos úteis e compreensivos, afáveis e devotados, junto de
alguns companheiros, como testemunhar a vivência das lições de
Jesus, diante da Humanidade?
Admitimos,
porém, à luz da Doutrina Espírita, que o aviso apostólico se
reveste de significação mais profunda.
É
que, entre os nossos domésticos, estão particularmente os laços de
existências passadas, muitos deles reclamando reajuste e limpeza.
Na
equipe dos familiares do dia-a-dia formam, comumente, aqueles
Espíritos que, por força de nossos compromissos do pretérito, nos
fiscalizam, criticam, advertem e experimentam.
Sempre
fácil dar boa impressão a quem não prive intimamente conosco. Num
gesto ou numa frase, arrancamos, de improviso, o aplauso ou a
admiração de quantos nos encontram exclusivamente na paisagem
escovada dos atos sociais.
Diante
dos amigos que se despedem de nós, depois de uma solenidade ou de
qualquer encontro formal, nada difícil cairmos desastradamente sob a
hipnose de lisonja com que se pretende exagerar as nossas virtudes de
superfície.
Examinemos,
contudo, as nossas conquistas morais, demonstrando-as perante aqueles
que nos conhecem os pontos fracos.
Não
nos iludamos.
Façamos
o bem a todos, mas provemos, a nós mesmos, se já somos bons,
fazendo o bem, a cavaleiro de todos os embaraços, diante daqueles
que diariamente nos acompanham a vida, policiando o nosso
comportamento entre o bem e o mal.
Emmanuel
Psicografia
de Francisco C. Xavier, Palavras de vida eterna, FEB.
Jesus
Contigo
Dedica
uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de
que Jesus possa pernoitar em tua casa.
Prepara
a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da
fé, enlaça a família e ora.
Jesus
virá em visita.
Quando
o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando
a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se unem
nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bençãos de consolo e a
saúde derrama vinho de paz para todos.
Jesus
no Lar é vida para o Lar.
Não
aguardes que o mundo te leve a certeza do bem variável. Distende, da
tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.
Quando
uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda
a rua recebe o benefício com a comunhão com o Alto.
Se
alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da
comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada
ignorada, acesa na ventania.
Não
te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares.
Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com aqueles a
quem amas as Diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os
problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e
examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração
consoladora do Cristo.
Não
demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que
não possas adiar.
Demora-te
no Lar para que o Divino Hóspede, aí também, se possa demorar.
E,
quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez,
comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de que, ligado a
ti, possas, em casa, uma vez por semana, em sete noites, ter Jesus
contigo.
Joanna
de Ângelis
Psicografia
de Divaldo P. Franco, S.O.S. Família, LEAL.
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