ADORAÇÃO E
ESPIRITISMO
A palavra adorar - do lat. Adorare tem vários significados, entre os quais,
idolatria, culto a uma divindade, reverência e veneração. Dependendo do sistema
religioso no qual estivermos inseridos, optamos por um tipo de vivência
religiosa, em que expressamos as nossas atitudes de dependência e submissão ao
Ser Supremo, de forma racional ou dogmática.
A tradição
histórica mostra que a veneração de um Ser Supremo existe desde a
antigüidade. Há registros de que o homem de Neanderthal, há 150.000 anos,
enterrava os mortos junto com objetos de uso diário, evidenciando a crença numa
vida futura. Em cada etapa do processo histórico, fomos idolatrando a divindade
de acordo com o horizonte alcançado nesses estados de compreensão.
O totemismo
é considerado a mais primitiva das religiões. É a religião em que o homem se
subordina a determinada espécie de seres sagrados ou, por vezes, de coisas
sagradas, chamadas totens. O totem
pode ser uma pedra, uma árvore, ou um animal, desde que o grupo o considere
sagrado. Existem os cultos, os ritos e, também, a idéia de “tabu”, ou seja, de
proibição. Exemplo: é proibido falar durante as cerimonias religiosas; é
proibido comer a carne do animal totêmico.
Estamos no século XX. Como devemos adorar o
Criador na atualidade? Através de forma exterior com cultos, ritos e sacrifícios?
Comunitariamente em templos e igrejas? Individualmente? Notamos, que apesar de
todo o avanço da tecnologia e o desenvolvimento da ciência, não conseguimos
desvencilhar-nos das atitudes totêmicas. E são muitas as coisas que fazemos
dentro desse contexto. As torcidas de futebol têm, por exemplo, emblemas de um
animal, portanto, totêmicas.
Como Allan Kardec, o codificador do
Espiritismo, enfrenta a adoração? Primeiramente nos diz que é uma lei natural,
pois este sentimento é inato no indivíduo, provado historicamente.
Esclarece-nos que, embora respeitando todas as formas exteriores, a verdadeira
adoração é a que provém do coração. Mostra que esse tipo de veneração, ainda
difícil para muita gente, deve ser exercitado em cada um de nós, para que
possamos atingir um estádio de evolução, em que conseguiremos colocar em
prática a frase: “Amar a Deus em espírito e verdade”.
Fonte de Consulta
CHALLAYE, F. As Grandes Religiões. São Paulo, IBRASA,
1981.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP,
1972.
ARTIGO DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
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