DESIGUALDADE
DAS RIQUEZAS
Riqueza – de "rico", que vem da raiz gótica "riks", poderoso.
O termo refere-se a uma afluência de bens que permite a satisfação não só das
necessidades básicas, mas também das
exigências do conforto e do
luxo. Pode-se falar em riqueza
pessoal, riqueza
nacional e riqueza mundial.
Por
que há ricos e pobres? É uma questão em que os pensadores da humanidade ainda não chegaram a um
consenso. Aventam-se uma série de
hipóteses, como a posição geográfica de alguns
países, a existência de recursos
naturais próprios, o grau cultural de seus habitantes etc. Mas por que nos países ricos há uma
quantidade considerável de pobres? A riqueza por eles produzida não poderia ser
melhor distribuída? Onde buscar a
explicação para esses fatos?
Allan Kardec,
no cap. XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferece-nos alguns
subsídios para a compreensão do
problema. Reencarnação,
livre-arbítrio e justiça
divina são os tópicos
fundamentais a serem considerados. Através
da reencarnação, entendemos que
o Espírito, sendo
imortal, necessita das experiências da
riqueza e da
pobreza para a
sua evolução espiritual; pelo uso do livre-arbítrio é responsável
pelos seus atos; pela determinação do
Direito Divino, sofre as conseqüências de suas escolhas. Nesse
sentido, a pobreza pode ser, também, uma
expiação com relação ao uso indevido da riqueza, numa encarnação passada.
Como dissemos, o Espírito necessita das provas da
riqueza e da pobreza.
A riqueza serve para o exercício da
caridade e da abnegação;
a pobreza, para o da paciência e
resignação. Dentro desse enfoque,
cada Espírito vai trabalhar a seu turno, segundo o gênero de provas que tenha
escolhido. Nenhum trabalho ficará por
fazer e todos nós auxiliar-nos-emos mutuamente.
Cada Espírito,
fazendo o que lhe compete, encontrará a felicidade dentro dos limites de sua
escolha. O bem-estar, sendo relativo, poderá ser patrimônio de toda a
humanidade. Isso porque uns contentam-se
em dormir ao relento, enquanto outros precisam de um palacete. Importa, muito mais, respeitarmos o
livre-arbítrio de nosso próximo do que construirmos teorias sem bases
espiritualmente sólidas.
Produzamos o máximo
possível dentro de nossas limitações.
Não queiramos invejar o rico nem desdenhar o pobre. Peçamos, sim, luzes ao Alto para
compreendermos as leis naturais espalhadas pelo Cosmo.
SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
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