Codificação
ALLAN KARDEC E O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Allan Kardec,
pseudônimo de Hippolyte-Léon Denizard
Rivail, nascido em 3 de outubro de 1804 e desencarnado em 31 de março de 1869,
foi a pessoa escolhida para codificar a Doutrina dos Espíritos, um novo marco
na história da Humanidade. O Livro dos
Espíritos contém os fundamentos básicos para a compreensão de todo o
arcabouço filosófico do Espiritismo e suas conseqüências para a mudança
comportamental dos indivíduos. Elaboremos algumas idéias.
Allan Kardec,
além de professor, era também estudioso do magnetismo. Em 1854, o seu amigo
Fortier, magnetizador, dissera-lhe que se podia magnetizar uma mesa; tempos
depois, acrescentara que a mesa, além de ser magnetizada, podia também falar. É
desse diálogo que brota o seguinte pensamento de Kardec: “Só acreditarei quando
o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para
sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso
mais do que um conto para fazer-nos dormir em pé”.
Em 1855,
Allan Kardec começou a freqüentar as reuniões mediúnicas na casa do Sr. Baudin,
em que a médium Caroline intermediava o Espírito Zéfiro, o qual respondia às
perguntas das pessoas presentes. Ele levava um caderno e anotava tudo o que lhe
chamava a atenção. Certo dia, quebrando o hábito, indagou se lhe era possível
evocar o Espírito Sócrates. Zéfiro responde que Sócrates tem assistido àqueles
colóquios, pois você o consulta amiúde mentalmente. Kardec confessa que
realmente tinha pensado no filósofo grego na expectativa de obter dele a
verdadeira “filosofia dos Espíritos”. Posteriormente, levava as suas próprias
perguntas, o que lhe deu o ensejo de editar O
Livro dos Espíritos.
A primeira
edição de O Livro dos Espíritos era
em formato grande, in-8.º, com 176 páginas de texto, e apresentava o assunto
distribuído em duas colunas. 501 perguntas e respectivas respostas estavam
contidas nas três partes em que então se dividia a obra: “Doutrina Espírita”,
“Leis Morais” e “Esperanças e Consolações”. Sobre a publicação do livro, G. Du
Challard diz: “O Livro dos Espíritos,
do Sr. Allan Kardec, é uma página nova do próprio grande livro do infinito e,
estamos persuadidos, uma marca será posta nesta página”. Atualmente, O Livro dos Espíritos contém 1019
questões.
O conteúdo
filosófico, exposto em O Livro dos
Espíritos, tem aproximadamente 150 anos de existência. E o que são 150 anos
para a mudança de mentalidade? Muito pouco. Na prática, verificamos que o
pensamento coletivo ainda está fortemente alicerçado nos preconceitos e superstições
das religiões oficiais. Contudo, para que haja um verdadeiro progresso
espiritual da Humanidade, urge sairmos para semear a boa semente, no sentido de
tornarmos público os conhecimentos espíritas mesmo, que para isso, soframos o
desprezo e o ódio daqueles que não estão capacitados a perceber essa nova
verdade.
Estudemos
criteriosamente O Livro dos Espíritos. Somente
assim poderemos ser a verdadeira luz para aqueles que ainda não tiveram
oportunidade de entrar em contato com este libertador de consciências.
ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
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