ALCOOLISMO E
ESPIRITISMO
Alcoolismo é um estado patológico
originado pelo abuso de bebidas alcoólicas. Médicos e Psiquiatras consideram-no
uma doença, que requer tratamento
específico. O impulso descontrolado para beber tem muitas causas, entre as
quais estão a insegurança, o medo, a timidez e os problemas familiares. Os
jovens estão apelando para a bebida alcoólica, porque nela há o etanol, ou
seja, o álcool etílico utilizado nas bebidas, uma substância repressora do
sistema nervoso central, que inibe a censura interna e derruba o autocontrole e
a autocrítica, quando usado em pequenas quantidades.
Pesquisas
realizadas pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas,
Cebrid, da Universidade Federal de São Paulo e pela Inter Science Informação e
Tecnologia revelaram um aumento
substancial do consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens. A Cebrid, por
exemplo, na pesquisa feita em escolas estaduais de 1º e 2º graus de dez Estados
brasileiros, constatou que 19% dos jovens entre 10 e 18 anos tomam bebida
alcoólica mais de seis vezes por mês, o que em termos médicos já caracteriza
uso freqüente da substância. Há sete anos, esse índice era de 14%. Por outro
lado, em 1995, a Inter Science entrevistando 600 adolescentes de São Paulo e do
Rio de Janeiro, constatou que 42% deles tomam bebidas alcoólicas de vez em
quando. Um índice bem superior ao dos que usam maconha (4%) e cocaína (1%).
A medicina
terrestre tem feito esforços para resolver o problema. Nos Estados Unidos, em
1984, descobriu-se a ReVia, nome
comercial da Naltrexone, remédio que deveria ser usado por pessoas viciadas em
heroína e que se mostrou eficaz no combate ao alcoolismo. Os pesquisadores
acreditam que o medicamento deve se ligar a receptores específicos (chamados de
receptores opióides) no cérebro. Essa ligação atuaria no mecanismo “craving”
(compulsão, desejo incontrolável) de beber. Remédio ainda pouco eficaz, porque
só atua nos momentos de crise aguda.
O alcoolismo,
do ponto de vista espiritual, é uma responsabilidade do próprio Espírito.
Muitas vezes culpamos o meio ambiente, a televisão, o rádio e o cinema, mas
esquecemo-nos de que temos o livre-arbítrio e a vontade de o evitar. O espírita
tem outras razões para serem analisadas: uma delas, é o fato de poder ter sido
um alcoólatra numa encarnação anterior. Quando reencarna, reencarna com
tendência ao vício de beber; a outra, não menos importante, é a influência dos
Espíritos obsessores que nos induzem a beber, para que eles possam absorver a
substância etílica emanada da bebida.
Caso tomemos
bebidas alcoólicas, útil se tornar fazer o teste Cage, iniciais das palavras cut-down (diminuir), annoyed (aborrecido), guilty (culpado) e eye-opener (olho aberto). O resultado não é conclusivo, mas serve
para indicar grau de dependência com relação à bebida. Assim, quando acharmos
que deveríamos parar de beber, porque bebemos demais, quando ficarmos chateados
porque alguém achou que bebemos muito, quando nos sentimos culpados pela
maneira de beber, ou quando bebemos logo que levantamos, devemos considerar-nos
dependentes do álcool, que precisa
de tratamento.
A prece, a boa
leitura e os bons conselhos ajudam. Mas somente conseguiremos bom êxito, quando
nos conscientizarmos que somos alcoólatras e que “tem gente que pode beber,
outros não podem”.
ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
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