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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O CRISTIANISMO, A MULHER E O ESPIRITISMO*

Espiritismo Comparado

O CRISTIANISMO, A MULHER E O ESPIRITISMO*


O Cristianismo surge na confluência do misticismo oriental, do messianismo judeu, do pensamento grego e do Universalismo romano. O núcleo da Doutrina Cristã é a fé num Deus revelado como Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, crença comum a todas as grandes Igrejas cristãs. É uma religião monoteísta que coloca em primeiro plano a comunhão com Deus, o Pai, por intermédio de Seu filho Jesus Cristo, o Salvador da Humanidade.

O Cristianismo, religião dos cristãos, está centrado na vida e obra de Jesus Cristo. À semelhança de Sócrates, Cristo não deixou nada escrito. Seus ensinamentos foram anotados pelos apóstolos e passaram, mais tarde, a constituir os Evangelhos. A palavra Evangelho, no singular, representa a unidade do pensamento de Jesus, ou seja, o alegre anúncio; no plural, a diversidade da interpretação dos evangelistas: por isso dizemos o Evangelho Segundo Mateus, Segundo Marcos, e assim por diante...

Jesus é considerado por muitos como o maior revolucionário que surgiu na face da Terra. Até à sua vinda a paisagem era desoladora: pais vendiam filhos, a mulher era tratada como animal, a lei era do mais forte. Depois, os discípulos saíram pregando a Sua doutrina e uma nova luz despontou para a Humanidade. O episódio da mulher pega em adultério é digno de nota. A lei judaica mandava apedrejá-la. Mas o Mestre, solicitado a opinar, diz: “Aquele que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra”. Conseqüência: todos largam as pedras e se vão.

A grande contribuição dos ensinos de Cristo foi propor uma nova ordem social. Embora monopólio das Igrejas, que lhe destituíram a pureza primitiva, não deixou de auxiliar a humanidade. A frase “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” é um convite para respeitar a todos, inclusive a própria mulher. Hoje, temos o Espiritismo, que se expressa como o cristianismo redivivo, ou seja, um libertador de consciências.

Movimentos feministas têm reivindicado a liberdade da mulher. É preciso ponderar as intenções: muitos preconizam sua masculinização, iludindo-a quanto às suas verdadeiras obrigações no seio da sociedade. De acordo com o Espiritismo, o homem e a mulher devem ter igualdade de direitos, porém desigualdade de funções, em virtude de suas características físicas. Colocando-se como imitadora e competidora do homem distorce a complementaridade natural e cria um viés na responsabilidade social. Os Espíritos André Luiz e Emmanuel enaltecem, também, o papel da mulher como âncora inspiradora do lar.

A mulher, dentro da ótica espírita-cristã, terá maior liberdade e a sociedade muito lucrará com isso. 


* Publicado no jornal Presença Espírita, maio de 1996, pág. 2.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.



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