INFORMAÇÃO
ESPÍRITA
CONVERSA
BREVE
CIÊNCIA
ENQUANTO
VIVEM NA ESCURIDÃO
(3ª
Parte)
Rubens
Santini Oliveira
Fonte
extraordinária de pesquisa sobre a realidade das condições de
vida. Além túmulo, as reuniões de desobsessão vão produzindo
resultados a Espíritos encarnados e desencarnados. Nesta série,
procura o autor situar-nos ante as diferentes situações enfrentadas
na prática por integrantes das equipes implementadas no trabalho. Na
sequência estão mais alguns apontamentos valiosos para reciclagens
ou informação dos interessados.
IX
- AMOR E ÓDIO: DUAS FACES DE UMA SÓ REALIDADE.
”Suponhamos
que a esposa nos traia, que o filho nos rejeite, que o dinheiro ou o
poder nos sejam arrebatados. Passamos imediatamente a odiar os que
nos privaram da posse daquilo que amamos ou valorizamos. Com isto,
percebemos que amor e ódio são duas faces de uma só realidade, luz
e sombra, que em determinado ponto absorveram-se uma na outra,
criando uma opressiva atmosfera de penumbra, na qual perdemos a visão
dos caminhos e o senso de direção. Para desfazer esse clima de
crepúsculo, que agonia e desorienta o Espírito, é preciso ajudá-lo
a identificar bem seus sentimentos, a fim de separá-los. Estejamos
certos, para isso, de uma realidade indiscutível,
ainda que pouco percebida: o
amor, como dizia Paulo aos
Corintios, não acaba nunca.
Mesmo envolvido, soterrado no rancor e na vingança, ele subsiste,
sobrevive, renasce, está ali. O ódio não o exclui; ao contrário,
fixa-o ainda mais, porque em termos de relacionamentos homem/mulher,
o ódio é, muitas vezes, o amor frustrado. Odiamos aquela criatura
exatamente porque parece que ela não quer o nosso amor, porque nos
recusa, nos traiu, nos desprezou, porque a amamos... No momento, em
que conseguirmos convencer o companheiro desencarnado, em crise, que
ele odeia porque ainda ama ele começa a recuperar-se, compreendendo
que essa é uma verdade com a qual ele ainda não havia atinado. Por
mais estranho que pareça, o rancor contra a amada, ou o amado, que
traiu ou abandonou, é que mantém acesa a chamazinha da esperança.
Aquele que deixou de amar é porque não amou bastante e, com menor
dificuldade, desliga-se do objeto de sua dor. Cedo compreende que não
vale a pena perder seu tempo, e angustiar-se no doloroso processo de
vingar-se, dado que – e isto também pode parecer contraditório –
não podemos ignorar o fato de que a vingança impõe, também, ao
vingador, penosas vibrações de sofrimento.
X
- NÚMERO DE MANIFESTAÇÕES SIMULTÂNEAS
Geralmente,
quando fazemos a doutrinação a um Entidade incorporada num médium,
outras com problemas semelhantes ficam ao seu redor, sendo também
beneficiadas com as explanações do doutrinador. Nos relatos de
diversos autores sobre este assunto, é aconselhado nos trabalhos de
desobsessão a doutrinação simultânea de 2 Entidades. Pela nossa
experiência nos nossos trabalhos práticos desenvolvidos, vimos que
até 3 manifestações simultâneas é um número bastante aceitável.
Não é a quantidade de manifestações que dirá o quanto estamos
ajudando o Plano Maior, e sim a qualidade com que elas são
ministradas. Às vezes, uma só manifestação mediúnica poderá
beneficiar diversas Entidades, com sintomas parecidos, se estas ficam
ao lado acompanhando o que está sendo exposto pelo doutrinador.
Vejam abaixo alguns textos extraídos de “DOUTRINAÇÃO”
(Roque Jacinto), “DESOBSESSÃO” (André Luiz) e “A
OBSESSÃO E SEU TRATAMENTO ESPÍRITA” (Celso Martins), que
falam sobre este assunto.
”Comunicações
Simultâneas”
“Numa
assembléia de vinte pessoas, se quatro delas se puserem a falar ao
mesmo tempo ninguém conseguirá acompanhar-lhes a ordem dos
pensamentos. Naturalmente, dentro em pouco, a perturbação tomará
de assalto os seus componentes e quem esteja na direção ficará
tolhido de estabelecer-lhe disciplina. Na reunião mediúnica, muito
especialmente, como organização de serviço e instrução, a
disciplina deve ser preservada e estabelecida, não se permitindo que
mais do que dois comunicantes se sirvam dos médiuns ao mesmo tempo e
cada comunicante será atendido por um esclarecedor destacado pelo
dirigente. Nenhuma justificativa se deve arrolar para validar as
comunicações simultâneas em grande número. Nem mesmo evocando a
necessidade de atender-se a um maior número de enfermos poderá
justificar-nos. Será sempre um lamentável desvio de ordem que
custará caro, em termos de aproveitamento e de evolução dos
membros do agrupamento, (...). Aos médiuns cabe colaborar para esta
ordem, contendo os comunicantes afoitos (...).”
“Manifestações
Simultâneas”
“Os
médiuns psicofônicos, muito embora por vezes se vejam pressionados
por entidades em aflição, cujas dores ignoradas lhe percutem nas
fibras mais íntimas, educar-se-ão, devidamente, para só oferecer
passividade ou campo de manifestação aos desencarnados inquietos
quando o clima da reunião lhes permita o concurso na equipe em
atividade. Isso, porque, na reunião, é desaconselhável se
verifique o esclarecimento simultâneo a mais de 2(duas) entidades
carecentes de auxílio, para que a ordem seja naturalmente
assegurada.(...)”
(...)
É desaconselhável se verifique o esclarecimento simultâneo de mais
de duas Entidades carecentes de auxílio; se houver ao mesmo tempo
duas manifestações, o dirigente, enquanto conversa com um dos
desencarnados, designará um médium esclarecedor para dialogar com o
outro comunicante; se porventura um terceiro médium de incorporação
vier a ser pressionado por outra Entidade em aflição, ele não
deverá oferecer passividade, para que não haja tumulto nem quebra
da ordem dos trabalhos da sessão. (...)”
“Apontar
o mal e comentá-lo é cultivá-lo. Não nos cabe deter-nos nas
deficiências dos irmãos infelizes, porque essa atitude nada mais
faz do que acorrentá-lo ao cativeiro e o que eles precisam é de
libertar-se. Ninguém edifica, censurando”
“DOUTRINAÇÃO”
– Roque
Jacintho
“Se
se alerta um Espírito de que ele deve amar, quem primeiro ouve o
convite somos nós mesmos.”
Divaldo
Franco e Raul Teixeira nos esclarecem a respeito do número de
comunicações.
Que
pensar dos médiuns psicofônicos que recebem Espíritos durante a
sessão, um atrás do outro? Será indício de grande mediunidade?
Raul
Teixeira: A
mediunidade amadurecida não é identificada pelo número de
desencarnados que se comuniquem por um único médium, numa mesma
sessão, mas
será
identificado pelo teor das comunicações, pela qualidade do
fenômeno, que demonstrará a maior ou menor afirmação do médium
com as responsabilidades da tarefa. Cada médium, quando é
devidamente esclarecido e maduro para o desempenho dos seus
compromissos, saberá que o número avultado de comunicações por
sessão poderá indicar descontrole do instrumento encarnado e não a
sua pujança mediúnica. Há médiuns que prosseguem dando
passividade a Entidades durante a prece de encerramento, sem qualquer
disciplina, quando não justificam que tais Entidades estavam
programadas, como se os Emissários do Além, responsáveis por lides
tão graves, tivessem menor bom senso do que nós, os encarnados. Um
número de até duas comunicações, e, em caso de grande necessidade
e carência de outros médiuns, até três, parece bastante coerente.
Todos os médiuns, assim terão chance de atender aos Irmãos
desencarnados, sem desnecessário desgaste.
(2)
Quantas comunicações um mesmo médium pode receber durante a
sessão mediúnica de atendimento a Espíritos sofredores?
Divaldo
Franco: Um
médium seguro, num trabalho bem organizado, deve receber de duas a
três comunicações, quando muito, para que dê oportunidade a
outros companheiros de tarefas, e para que não tenha um desgaste
exagerado. Tenho tido o hábito de observar, em médiuns seguros,
conhecidos nossos, que eles incorporam, em média, três Entidades
sofredoras ou perturbadoras e o Mentor Espiritual; raramente ocorrem
cinco manifestações pelo mesmo instrumento, principalmente num
grupo.
XI
- SINTOMAS DE ENVOLVIMENTO COM A ENTIDADE
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preciso, aqui, lembrar que, freqüentemente, o Espírito manifestante
é parcialmente ligado ao médium, horas, e até dias inteiros, antes
da sessão. Nesses casos, quando se trata de um Espírito
desarmonizado, embora a manifestação não se torne ostensiva,
porque isto implicaria admitir mediunidade totalmente descontrolada,
o médium sofre inevitável mal estar físico, dor de cabeça,
pressão sobre a nuca, sobre os plexos, sensação de angústia
indefinível e, até mesmo, estado febril, prostração,
irritabilidade, agressividade e vários outros sintomas de
desarmonização psicossomática. O médium experimentado e
responsável deve estar preparado para isto. Não se assuste, não se
apavore, não tema e, sobretudo não deixe de comparecer ao trabalho
por causa dessas dissonâncias psicofísicas, pois é isso mesmo que
desejam os companheiros desequilibrados, ou seja, afastá-lo dos
trabalhos.” “Obsessão é escravização temporária do
pensamento, imantando credores e devedores, que, inconscientemente ou
não, se buscam pelas leis cármicas. Pelo pensamento nós nos
libertamos ou nos escravizamos.”
(“OBSESSÃO/DESOBSESSÃO”
– Suely Caldas Schubert)
XII
- ORAI E VIGIAI, POIS ESTAMOS SENDO ESPIONADOS
”Todos
nós, lidadores da desobsessão, não ignoramos que somos vigiados
atentamente pelos obsessores. Ao nos ligar a algum caso de obsessão,
automaticamente passamos a receber vibrações negativas dos
perseguidores invisíveis, que estão atuando na área sob nosso
interesse. Somos assim espreitados, analisados, acompanhados.
Meticulosamente examinados, eles avaliam a nossa posição
espiritual, a sinceridade dos nossos propósitos, a perseverança no
Bem, o esforço que estamos despendendo para melhorar e, é claro, as
brechas que apresentamos. Nossas falhas e deficiências são
observadas e aproveitadas por eles. Têm mesmo a intenção declarada
de nos tirar do caminho, empregando, para atingir tal intento, todas
as armas de que dispõem. Se estivermos invigilantes, descuidados,
principalmente logo após o final do trabalho oferecemos campo às
mentes desequilibradas que se acercarão de nós e, encontrando
desguarnecidas as nossas defesas, terão possibilidades concretas de
conseguir o nosso afastamento e de se regozijarem com a nossa queda.
Muitos são os meios usados pelos obsessores, quase todos eles
bastante estudados, pois já sabemos que sua ação é organizada.
Usam de várias técnicas, insuflando nos integrantes dos grupos as
idéias que elaboram. Usam a idéia de comodismo para afastar as
pessoas das reuniões, gerando argumentos do tipo: “as
reuniões são boas, mas hoje eu não vou porque já trabalhei
muito”, “eu
já produzi muito nas reuniões, por isto faltar hoje não faz mal”,
“eu sou muito assíduo, todo mundo falta, menos eu”, “estou
cansado, vou orar em casa, faz o mesmo efeito”,
etc. São muitos, como é fácil de se imaginar, os recursos
empregados, ressaltando-se também as manobras no sentido de aguçar
o amor próprio, o melindre, o personalismo, o apego aos pontos de
vista pessoais, a vaidade e toda corte de deficiências que avassalam
o Ser humano. Essa a razão pela qual os Benfeitores Espirituais
não se cansam de alertar-nos reiterando a cada dia os apelos à
nossa reforma íntima. Somos ainda bastante teóricos, sabendo de cor
e salteado páginas, citações, livros, mas pouco conseguimos
vivenciar os ensinamentos adquiridos. Os perseguidores estão cientes
disso. Sabem perfeitamente o quanto nos é difícil vencer as paixões
que nos escravizam, sobretudo nas ocorrências do cotidiano.”
XIII
- POSTURA APÓS O ENCERRAMENTO DA SESSÃO
Devemos
ter alguns cuidados especiais, de desobsessão. Vamos evitar fazer
qualquer tipo
de comentário sobre as Entidades manifestantes, principalmente no
que tange a sua moral. Antes da manifestação, é feito um longo
trabalho de preparação pelo Plano Espiritual. O doutrinador faz o
maior esforço para que a Entidade compreenda a importância do
perdão e de estarmos nos aprimorando para o nosso desenvolvimento.
Mesmo após o encerramento das atividades, as Entidades podem ainda
estar no recinto. Muitas vezes tem a permissão para acompanhar o
médium que deu a manifestação, ou o doutrinador, para verem o seu
dia a dia e se realmente praticam tudo aquilo que pregaram a ela.
Muitas vezes, uma frase dita impensadamente no encerramento do
trabalho, pode por tudo a perder. Abaixo, extraímos um trecho de
“DIÁLOGO COM AS SOMBRAS” (Hermínio C. Miranda) que faz
alguns comentários sobre esta temática:
“Há
sempre o que comentar, após uma sessão mediúnica. É preciso, no
entanto, que tais comentários obedeçam a uma disciplina, para que
possam ser úteis a todos. É que, usualmente, os Espíritos
atendidos ainda permanecem, por algum tempo, no recinto. Seria
desastroso que um comentário descaridoso fosse feito, em total
dissonância com as palavras de amor fraterno que há pouco foram
ditas pelo dirigente durante a doutrinação. Os manifestantes, no
estado de confusão mental em que se encontram, tudo fazem para
permanecer como estão. Embora inconscientemente, desejem ser
convencidos da verdade, lutam desesperadamente para continuar a crer
ou descrer naquilo que lhes parece indicado. Se percebem que toda
aquela atitude de respeito, recolhimento e carinho é insincero,
dificilmente poderão ser ajudados de outra vez. (...) Mesmo que a
sessão tenha terminado, o comportamento de todos, ainda no recinto,
deve ser discreto, sem elevar demasiadamente a voz, sem gargalhadas
estrepitosas, embora estejam todos, usualmente, felizes e bem
humorados, por mais uma noite de trabalho redentor.”
(segue)
FREQUENTE
UMA CASA ESPÍRITA,
QUER
RESPOSTAS?
ENCONTRE-AS
NO LIVRO DOS ESPIRITOS.
LEIA,
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