Entre
a Terra e o Céu_20_Conflitos da Alma
Resumo do Capítulo
"Voltando à residência de Amaro, ainda
conseguimos observá-lo, fora do veículo denso, sob o amparo direto de nosso
orientador.
A primeira esposa do ferroviário,
identificando o marido, provavelmente com o auxílio de Clarêncio, abandonara
Zulmira por instantes e ajoelhara-se-lhe aos pés, rogando, súplice:
_ Amaro, expulsa! Corre com esta mulher de
nossa casa! Ela furtou a nossa paz... Matou nosso filho, prejudica Evelina e
transtorna-te!...
Apontando a enferma com terrível olhar,
acentuava:
_ Porque reténs semelhante intrusa?
O interpelado, muito triste, esforçava-se
por dirigir a atenção no rumo de nosso instrutor, mas talvez torturado pelo
reencontro com a primeira mulher, mal-humorada e enfurecida, perdera a
serenidade que lhe caracterizava habitualmente o semblante.
Enquanto junto de nós, versando os
problemas de ordem moral que lhe absorviam a mente, sustentara calma invejável,
com aristocrática penetração nos problemas da vida, ali, perante a mulher que
lhe dominava os sentimentos, revelava-se mais acessível ao desequilíbrio e à
conturbação.
Mostrava-se interessado em responder às
objurgações que ouvia, entretanto, extrema palidez fisionômica denunciava-lhe
agora inibidora emoção.
Situado entre Odila e Zulmira, parecia
dividir-se entre o amor e a piedade.
(...)
Deixando-o entregue à lembrança
fragmentária que lhe assomava à consciência como simples sonho, partimos.
(...)
Valendo-me da excursão para o Lar da
Benção, indaguei do Ministro quanto à certo enigma que me feria a imaginação.
Esteves, ao tempo da guerra do Paraguai,
sofrera tanto quanto Júlio o suplício do veneno. Porque surgiam em ambos
efeitos tão díspares? O menino ainda trazia a garganta doente, ao passo que o
enfermeiro, vitimado por Leonardo, não parecia haver conhecido qualquer
consequência mais grave...
Clarêncio, sorrindo, explicou afetuoso:
_ Não tomaste em consideração o exame das
causas. Esteves foi envenenado, enquanto Júlio se envenenou. Há muita
diferença. O suicídio acarreta vasto complexo de culpa. A fixação mental do
remorso opera inapreciáveis desequilíbrios no corpo espiritual. O mal como que
se instala nos recessos da consciência que o arquiteta e concretiza. Vimos
Leonardo Pires com a imagem de Esteves atormentando-lhe a imaginação e
observamos Júlio, enfermo até agora, em consequência de erros deliberados aos
quais se entregou há quase oitenta anos. O pensamento que desencadeia o mal
encarcera-se nos resultados dele, porque sofre fatalmente os choques de
retorno, no veículo em que se manifesta.
(...)
Assinalando-nos decerto a curiosidade, de
vez que também percebia Hilário interessado em adquirir informações e
conhecimentos em torno dos problemas que anotávamos de perto, o instrutor
convidou-nos a observar a infortunada criança, comunicando:
_ Como não desconhecem, o nosso corpo de
matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se
conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os
outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um
veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo
eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição
mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e,
consequentemente, o "habitat" que lhe compete. Mero problema de
padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto
mais primitiva se revela a condição da mente, mas fraco é o influxo vibratório
do pensamento, induzindo à compulsória aglutinação do ser às regiões da
consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que
lhe são afins. O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em
que nos movemos, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da
experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos à
semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o
delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos
flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a
condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao
preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior
é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a
beleza, com a harmonia e com a luz reinantes da Criação Divina.
(...)
_ Não nos afastemos das observações
práticas, para estudar com clareza os conflitos da alma. Tal seja a viciação do
pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo
à essa ou àquela classe de influxos mentais. Apliquemos à nossa aula rápida,
tanto quanto nos seja possível, a terminologia trazida do mundo, para que vocês
consigam fixar com mais segurança os nossos apontamentos. Analisando a
fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força,
aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. Temos
assim, por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o
"centro coronário" que, na Terra, é considerado pela filosofia hindu
como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão de seu
alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente,
fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os
estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando, todavia com eles em
justo regime de interdependência. Considerando em nossa exposição os fenômenos
do corpo físico, e satisfazendo aos impositivos de simplicidade em nossas
definições, devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema
nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do
pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à
estabilidade orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias solares e
dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da
alma. logo após, anotamos o "centro cerebral", contíguo ao "centro
coronário", que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas
que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede
de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte,
ao Saber. É no "centro cerebral" que possuímos o comando do núcleo
endocrínico, referente aos poderes psíquicos. Em seguida, temos o "centro
laríngeo", que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do
timo, da tireóide e das paratireóides. Logo após, identificamos o "centro
cardíaco", que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral.
Prosseguindo em nossas observações, assinalamos o "centro esplênico"
que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a
circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de
que nos servimos. Continuando, identificamos o "centro gástrico", que
se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização
e, por fim, temos o "centro genésico", em que se localiza o santuário
do sexo, como templo modelador de formas e estímulos.
(...)
_ Não podemos olvidar, porém, que o nosso
veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho
evolutivo, tecido com recursos tomados transitoriamente por nós mesmos aos celeiros
do Universo, vaso de que nos utilizamos para ambientar em nossa individualidade
eterna a luz da sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do Espírito
Puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de
formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina.
(...)
_ Quando nossa mente, por atos contrários à
Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desse fulcros de força de nossa
alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se
ao trabalho de reajuste. No caso de Júlio, observamo-lo como autor da
perturbação no "centro laríngeo", alteração que se expressa por
enfermidade ou desequilíbrio a acompanhá-lo fatalmente à reencarnação.
_ E como sanará ele semelhante deficiência?
- perguntei, edificado com os esclarecimentos ouvidos.
Com a serenidade invejável de sempre, o
Ministro ponderou:
_ Nosso Júlio, de atenção encadeada à dor
da garganta, constrangido à pensar nela e padecendo-a, recuperar-se-á
mentalmente para retificar o tônus vibratório do "centro laríngeo",
restabelecendo-lhe a normalidade em seu próprio favor.
E decerto para gravar, com mais segurança a
elucidação, concluiu:
_ Júlio renascerá num equipamento
fisiológico deficitário que, de algum modo, lhe retratará a região lesada a que
nos reportamos. Sofrerá intensamente do órgão vocal que, sem dúvida, se
caracterizará por fraca resistência aos assaltos microbianos, e, em virtude de
o nosso amigo haver menosprezado a benção do corpo físico, será defrontado por
lutas terríveis, nas quais aprenderá a valorizá-lo(...)"
Questões para estudo e diálogo virtual
1 - Comente esta frase de Clarêncio:
"O pensamento que desencadeia o mal encarcera-se nos resultados dele,
porque sofre fatalmente os choques de retorno, no veículo em que se
manifesta."
2 -"Nossa posição mental determina o
peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o
"habitat" que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada
qual de nós respira em determinado tipo de onda." Analisando essa
afirmativa, vamos tentar responder às seguintes questões:
a) Qual a importância da prece, de
discussões de assuntos elevados, de leituras enobrecedoras e de trabalho
edificante nesse contexto?
b) O que acarretaria, para nós, a
alimentação dos mesmos itens acima (conversas, leituras e atividades) de cunho
contrário, ou seja, não elevado?
c) Analisando, tanto essa frase, quanto o
restante do parágrafo em que Clarêncio nos dá essa explicação, que ensinamentos
podemos apreender sobre:
* O processo obsessivo;
* A construção de desarmonias psicológicas
e fisiológicas;
3 - Que conceitos novos a mais aprofundados
Clarêncio nos descortina sobre a fisiologia do perispírito? Em que esses
conceitos nos ajudam a entendermos melhor nosso processo evolutivo?
4 - Quais são e quais as funções dos
centros de força perispirituais, segundo Clarêncio?
5 - Na frase: " Não podemos olvidar,
porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação
mental no caminho evolutivo ", o que podemos compreender mais se a
aplicarmos à:
a) Lei de Ação e Reação;
b) Nosso Livre-arbítrio;
Conclusão:
De volta à residência de Amaro, os
benfeitores o reconduziram ao corpo físico. Aproveitando a oportunidade, tendo
em vista que nenhuma providência se fazia necessária naquele momento,
André Luiz indagou de Clarêncio sobre
as situações diferentes em que se encontravam o enfermeiro e
Júlio, embora ambos tenham desencarnado
devido à ingestão de veneno. O benfeitor explicou que o modo com se
deu a morte física foi a mesma, mas as causas foram diversas,
uma vez que um tivera a intenção de obter esse
resultado e o outro não. Valendo-se da
conversa, o benfeitor ministrou importantes ensinamentos a cerca do pensamento
e sua influência na organização perispiritual, que André Luiz nos passa através
desse capítulo.
QUESTÕES
PROPOSTAS PARA ESTUDO
1-
Comente esta frase de Clarêncio: "O pensamento que desencadeia o mal
encarcera-se nos resultados dele, porque sofre fatalmente os choques de
retorno, no veículo em que se manifesta."
Por força da incidência da lei de causa e
efeito, todo ato ou pensamento que produzimos gera uma reação da mesma natureza
e de igual intensidade, em sentido contrário. Recebemos de retorno as
conseqüências de nossas ações ou dos nossos pensamentos. Clarêncio está
explicando que o pensamento dirigido à pratica do
mal torna a mente prisioneira desse mesmo mal, que
reagirá, manifestando-se, com uma reação da mesma natureza, no
veículo físico do agente. Júlio, o espírito a quem se referia,
desencarnara por ingestão de substância venenosa que ele próprio
ministrou, ou seja, suicidara-se. Mário Silva, o Esteves de ontem, ao
contrário, embora também tenha desencarnado do mesmo modo, não buscou esse
resultado, uma vez que foi vítima de homicídio. Por isso se encontrava em
situação de maior equilíbrio espiritual. Para as Leis Naturais, o que importa é
a intenção.
2-
"Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório
espiritual e, conseqüentemente, o "habitat" que lhe compete. Mero
problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo
de onda."
Analisando essa afirmativa, vamos tentar
responder às seguintes questões:
a) Qual a importância da prece, de
discussões de assuntos elevados, de leituras enobrecedoras e de trabalho
edificante nesse contexto?
Aquele que pratica habitualmente a prece sincera,
conversa apenas sobre assuntos elevados, pratica uma
leitura enobrecedora e se dedica ao trabalho edificante mantém uma
sintonia vibratória compatível com a nobreza desses atos.
Em conseqüência, freqüenta uma faixa de
influência espiritual habitada pelos bons espíritos, o que somente poderá lhe render
boas influências, em forma de intuições que sempre lhe indicarão o caminho
certo a seguir.
b) O que acarretaria, para nós, a
alimentação dos mesmos itens acima (conversas, leituras e atividades)
de cunho contrário, ou seja, não elevado?
Quando nos entregamos a práticas em sentido
contrário, vamos nos situar numa zona em que vibram espíritos que se identificam
com atos e pensamentos dessa natureza, que se comprazem com a prática
do mal. Como a influência espiritual é inevitável, a ponto de, de ordinário,
serem os espíritos que nos dirigem, conforme nos ensina a resposta
à questão 459 do Livro dos Espíritos, sintonizados nessa zona de
baixa vibração, é certo que receberemos
influências negativas, que poderão nos arrastar ao erro. Como somos dotados
de livre-arbítrio para agir e pensar, a responsabilidade será sempre nossa e as
conseqüências recairá sobre nós.
c) Analisando tanto essa frase quanto o restante do
parágrafo em que Clarêncio nos dá essa explicação, que ensinamentos
podemos apreender sobre:
- O processo obsessivo;
De acordo com as palavras de Clarêncio, a
nossa posição mental é que vai moldurar o nosso corpo perispiritual.
Conforme a natureza dos pensamentos que
nutrimos e que ditarão as nossas ações, o nosso perispírito será mais ou menos
denso, mais ou menos sutil. Segundo o Instrutor, essa densidade do perispírito
é que vai nos situar num padrão vibratório com ela compatível. O processo
obsessivo, conforme temos estudado em oportunidades anteriores, é uma via de
mão dupla. Não se instala sem que as partes estejam psiquicamente sintonizadas.
Habitando uma faixa de baixo padrão vibratório, estaremos nos
sintonizando com espíritos ainda pouco evoluídos, que
nutrem sentimentos pouco elevados e habitam regiões de
consciências desequilibradas, que se reúnem por afinidade. Essa
circunstância abrirá uma larga porta para a instalação de uma
obsessão.
- A construção de desarmonias psicológicas
e fisiológicas;
O nosso corpo material
é constituído por centros de força
interdependentes, que são regidos pela
mente. As desarmonias fisiológicas, portanto, são conseqüências das
desarmonias da mente, ou seja, das psicológicas. Por isso se diz que todas as
doenças do corpo físico têm a sua gênese no espírito, que é a sede da
mente. Como dissemos com relação ao processo obsessivo,
também a construção de eventuais
desarmonias psicológicas e fisiológicas dependerá da
nossa posição mental, isto é, dos influxos mentais que imprimimos no nosso
interior. A saúde física e mental é resultado da natureza dos pensamentos que
alimentamos.
3- Que conceitos novos e mais aprofundados
Clarêncio nos descortina sobre a fisiologia do perispírito? Em que esses conceitos
nos ajudam a entendermos melhor nosso processo evolutivo?
Conforme explicou Clarêncio, o perispírito
é regido por centros de força interdependentes, uns agindo sobre os outros e
todos sob a égide do poder diretivo da mente. É um retrato fiel da nossa
posição mental. Quanto mais sublimarmos os nossos pensamentos, mais nos elevaremos
na hierarquia das camadas vibratórias que habitaremos, tornando cada
vez mais sutil o veículo perispiritual. Se procedemos de modo contrário, mais
denso e obscuro ele se torna, nos afastando da angelitude a que estamos
destinados.
Portanto, os conceitos trazidos por
Clarêncio nos levam a conclusão de que a nossa posição mental é determinante para
o perispírito. A condição da mente é que determina a densidade do perispírito,
situando-nos em regiões de vidas superiores ou inferiores que lhe sejam afins.
Por sua vez, o veículo físico de que somos portadores para atravessar o caminho
evolutivo também será um retrato do perispírito, que é o seu modelo organizador
biológico. Como explicou, à medida que nos elevamos, o nosso perispírito vai se
tornando mais sutil, passando a combinar "com a beleza, a harmonia
e com a luz reinantes na Criação Divina". Na senda evolutiva, vai tornando
o veículo físico igualmente cada vez mais sutil e menos sujeito às vicissitudes
da matéria.
4- Quais são e quais as funções dos centros
de força perispirituais, segundo Clarêncio?
Clarêncio classificou os centros de força
do perispírito em sete regiões, cujas funções, resumidamente, assim definiu:
- centro coronário, o mais importante, por
ser o que recebe primeiro os estímulos do espírito. É o que se liga à mente e
comanda os demais por meio de vibrações. Sendo o responsável pela alimentação
das células do pensamento e dos recursos eletromagnéticos
indispensáveis à estabilidade orgânica, é o grande assimilador das energias
solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a
sublimação da alma, segundo o Instrutor;
- centro cerebral, que comanda as
percepções do corpo físico, como a visão, a audição, o tato e demais atributos da
inteligência (palavra, cultura, arte, saber);
- centro laríngeo, que preside os fenômenos
vocais;
- centro cardíaco, que sustenta os serviços
de emoção e do equilíbrio geral;
- centro esplênico, regulador da
distribuição e circulação dos recursos vitais do corpo;
- centro gástrico, responsável pela
assimilação dos alimentos e fluidos em nossa organização; e
- centro genésico, em que se localiza as
forças do sexo, modelador de formas e estímulos.
5- Na frase: "Não podemos olvidar,
porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação
mental no caminho evolutivo", o que podemos compreender mais se a
aplicarmos à:
a) Lei de Ação e Reação;
A lei de ação e reação atua sobre o nosso
perispírito, com repercussões no nosso corpo físico, sempre de acordo com o
padrão de pensamentos que mantemos em nosso campo mental. O veículo físico ainda nos
é indispensável para que possamos percorrer o caminho evolutivo. Conforme
a nossa criação mental, a lei de ação e
reação reagirá, produzindo efeitos de acordo com a natureza do que
cultivamos na mente, sempre atendendo às necessidades para o nosso
progresso na senda da evolução. Ora nos proporcionará uma felicidade relativa,
como compensação por estarmos agindo em atendimento às Leis Naturais, ora nos trazendo
dor e sofrimento, como um indicativo da necessidade de correção.
b) Nosso Livre-arbítrio;
Embora estejamos inevitavelmente sujeitos
às boas ou más influências espirituais, como se disse, a responsabilidade pelo
que criamos mentalmente será sempre nossa. Os espíritos nos influem, mas
a nós cabe a decisão de como reagiremos
a essa influência. Assim, tanto o nosso perispírito quanto o corpo de carne que
estamos vestindo serão, em última análise, resultados da maneira como nos
utilizamos do livre-arbítrio de que somos dotados.
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