MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS
Os próprios pais da Terra esperam, compassivos, pelo crescimento dos filhos, a fim de entregá-los às bênçãos da Natureza, cada qual a seu tempo. Emmanuel
Allan Kardec desaconselha o exercício da mediunidade pelas crianças, atento aos vários inconvenientes que possam advir.
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No exame do assunto, há que se observar o problema do desenvolvimento sob duplo sentido: físico e mental.
Há crianças bem desenvolvidas fisicamente, mas de recursos mentais e intelectuais deficientes, o que reforça a sábia orientação do eminente Codificador.
Existem crianças fisicamente pouco desenvolvidas, porém mental e intelectualmente bem dotadas.
Em ambos os casos a prudência aconselha seja evitado, junto à criança, o trabalho mediúnico.
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Desenvolver a mediunidade, ou seja, educá-la, significa colocar-nos em relação e dependência magnética, mental e moral com entidades dos mais variados tipos evolutivos evoluídas ou involuídas.
O frágil organismo infantil e sua inexperiência podem sofrer os efeitos de uma aproximação obsidiante.
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A imaginação da criança é, sobremodo, excitável, o que pode ocasionar consequências perigosas sob o ponto de vista do equilíbrio, da estabilidade espiritual.
A criança é facilmente impressionável.
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Em decorrência das próprias leis da Natureza, vive a criança em mundo diferente, muito pessoal, restrito às diversões infantis.
Por influência dos próprios companheiros da mesma faixa etária, pode a criança querer brincar de mediunidade, o que não seria de todo estranhável, porque há muita gente adulta brincando de mediunidade, tornando-se veículo da satisfação de sua curiosidade e de seus interesses pessoais.
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Espíritos perversos ou brincalhões podem aproveitar a fragilidade e inocência infantis para exercerem assédio sobre os ainda pequeninos intermediários do Mundo Espiritual.
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Há recursos de amparo às crianças que revelam mediunidade.
Prece em seu favor e dos Espíritos que delas tentam acercar-se.
Passes ministrados por companheiros responsáveis.
Frequências às aulas espíritas de Evangelho, a fim de que possam, a pouco e pouco, ir assimilando noções doutrinárias compatibilizadas com sua idade.
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Assim como os pais da Terra esperam compassivos, pelo crescimento dos filhos, esperemos, também, que o crescimento da criança enseje a oportunidade de sua integração na paisagem mediúnica.
(Do livro Mediunidade e Evolução, de Martins Peralva)
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