(Espiritismo) - Nl08 13 Alma E Fluidos
Centro Virtual de Divulgação e
Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala de Estudos André Luiz
Livro em estudo: Evolução em dois mundos (Editora FEB)
Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira
Primeira parte - Capítulo XIII - Alma e fluidos (parte 1)
Comentários: Eurípides Kühl
FLUIDOS EM GERAL
A consciência que aprendera a
realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza,
em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os
fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental.
Definimos o fluido, dessa ou
daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente
à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de
contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.
Temos, assim, os fluidos
líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis
tidos como agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.
Comentários -
OBS: Considero curial definir
fluido, pois para nós, espíritas, em particular, esse é um tema, ou conceito,
que a todo instante importa compreender.
Indo à Grande Enciclopédia
Larousse Cultural, ela define fluido:
Diz-se de um corpo sem forma
própria, que toma a forma do recipiente que o contém, podendo sofrer
escoamento.
Pela Química: Diz-se de uma
substância cujas moléculas têm pouca adesão e podem deslizar livremente umas
sobre as outras (líquidos) ou se deslocar independentemente umas das outras
(gases), de modo que a substância em seu todo tome a forma do vaso que a
contém.
Pela Física: Nome genérico dos
líquidos, dos gases e dos plasmas, que têm em comum a propriedade de poder
tomar qualquer forma sob efeito de forças tão pequenas quanto se queira.
Mentalizando, raciocinando e
pensando o homem passa a administrar, a conviver e a adaptar-se com as diversas
forças da Natureza.
Fluido, de uma ou outra
procedência, é um corpo cujas moléculas não resistem à pressão, por menor que
seja. Essas moléculas, se em meio de contenção, permanecem retidas, contudo,
entregues a si mesmas, separam-se.
São várias as espécies de
fluidos: líquidos, elásticos, aeriformes (gasosos), fluidos imponderáveis (que
provocam fenômenos de luz, calor, etc.)
FLUIDO VIVO
No plano espiritual, o homem
desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme,
estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos
defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela
mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a
criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo,
transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na
Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu próprio
pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.
Decerto que na esfera nova de
ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo,
em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais
complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, e em forma diversa
daquela em que se caracterizam, na gleba planetária, engrandecem-lhe a série
estequiogenética.
O solo do mundo espiritual,
estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência,
corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e
riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza,
porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio
inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o
plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de
frutescência antes que possa desferir mais amplos vôos no rumo da Luz Eterna.
Comentários
Desencarnado, o homem tem a
bênção de que de sua própria alma nasce um fluido vivo, de variadas formas,
ardente, permanente...
Que fluido seria esse?!
Caracteriza-se por ser
subproduto do fluido cósmico (presente em todo o Universo) e que é absorvido
pela mente humana, de forma semelhante à respiração, vitalizando o ser e
proporcionando-lhe transformá-lo nas criações que elabora.
Esse fluido... É seu próprio
pensamento, ininterrupto, que se transforma em energia absolutamente
insondável, inimaginada, não obstante encontrar no Plano espiritual a mesma
matéria terrena, só que em densidade outra.
Se pela Química (Tabela de
Classificação Periódica dos Elementos Químicos) os elementos são catalogados e
enumerados por densidade atômica, indo do hidrogênio ao urânio _ menor e maior
números atômicos, respectivamente, na Espiritualidade elementos há ainda mais
sutis e de outras propriedades.
Considerando que o Espírito é
revestido de matéria quintenssenciada, (o perispírito, que é a sede das
sensações) ele não notará diferença no mundo espiritual relativamente ao mundo
material, pois o que há é adequação de densidade e por conseqüência, de
percepções, num e noutro.
VIDA NA
ESPIRITUALIDADE
Na moradia de continuidade para
a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que
controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os
rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram
a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme,
como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças,
retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
Plantas e animais domesticados
pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e
aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais
regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na
romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas
quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das
chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração
celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí
deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum,
favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas
que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua
conservação.
Ao longo dessas vastíssimas
regiões de matéria sutil que circundam o corpo ciclópico do Planeta, com
extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhes demarcam o início de
aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra, a estender-se da
superfície continental até o leito dos oceanos, começam as povoações felizes e
menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de criaturas
desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos, se
refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz.
Comentários
No Plano espiritual o homem
desencarnado irá encontrar, assim, condições de tempo (dias e noites)
semelhantes ao Plano físico.
O clima é mais equilibrado: nem
inverno, nem verão, intensos, rigorosos. Plantas e animais que ao longo do
tempo tenham sido domesticados pelo homem, lá permanecem em aprimoramento,
sendo submetidos a mutações espontâneas para que estejam aprimorados ao
regressarem à matéria, às espécies que pertencem.
O mundo espiritual que orbita
envolvendo a Terra é de dimensões fantásticas e lá são encontrados núcleos de
Espíritos vivendo em condições de maior ou menor facilidade, segundo o mérito
de cada um. Mas, naquelas imensas paragens encontraremos também Espíritos vivenciando
condições infernais, evitando e detestando a luz, buscando refúgio nas
sombras...
ESFERAS
ESPIRITUAIS
Muitos comunicantes da Vida
Espiritual têm afirmado, em diversos países, que o plano imediato à residência
dos homens jaz subdividido em várias esferas. Assim é, com efeito, não do ponto
de vista do espaço, mas sim sob o prisma de condições, qual ocorre no globo de
matéria mais densa, cujo dorso o homem pisa orgulhosamente.
Para justificar a nossa
asserção, lembraremos, em rápida síntese, que a crosta terrestre, na maior
parte dos elementos que a constituem, é sólida, mas conservando, aqui e ali,
vastas cavidades repletas de líquido quente ou de material plástico.
Guarda o orbe grande núcleo no
seio, e que podemos considerar como sendo plasmado num aço de níquel natural,
revestido por grossa camada de rocha basáltica, medindo dois mil quilômetros,
aproximadamente, de raio, no topo da qual, ali e acolá, surgem finas superfícies
de rocha granítica, entre as quais a face basáltica está recoberta de água.
Mais ou menos nessa superfície, reside a zona mais apropriada para indicar o
limite do solo que é, consequentemente, o leito do oceano.
Temos desse modo, os continentes
do mundo, como ligeira película, com a propriedade de flutuar, à maneira de
barcaças imensas, sobre o maciço basáltico, película essa que mantém a
espessura de cinqüenta quilômetros em média.
Encontramos, assim, na
constituição natural do Planeta, desde a barisfera à ionosfera, múltiplos
círculos de força e atividade na terra, na água e no ar, tanto quanto nos
continentes identificamos as esferas de civilização e nas civilizações as
esferas de classe, a se totalizarem numa só faixa do espaço.
Comentários
Vários Espíritos têm informado
que imediatamente após o Plano físico o Plano espiritual está _subdividido_ em
várias esferas. Essa subdivisão pode ser constituída de planos ascendentes,
cada um com densidade moral diferente, indo das esferas mais densas, na crosta,
até as mais elevadas. A faixa do espaço na qual se situam essas esferas é o que
podemos denominar de psicosfera terrestre. Da mesma forma, na parte física, da
barisfera (núcleo da Terra) à ionosfera (região aérea, de 60 a 700 km acima do
solo) há múltiplas camadas, ora incandescentes, ora líquidas, ora de grandes
cavidades, ora de placas tectônicas, muitas delas cobertas de grandes massas de
águas oceânicas.
Os continentes flutuam sobre
massa basáltica de espessura média de cinqüenta quilômetros e todas as
civilizações, juntas, constituem uma única faixa espacial.
CENTROS
ENCEFÁLICOS
É, pois, em novo plano, a
dividir-se em variados setores de ação e de luta, que a consciência
desencarnada, agora relativamente responsável, vai conhecer o resultado de suas
próprias criações na passagem pelo campo carnal, através dos reflexos
respectivos em seu pensamento, - o fluido em que se lhe imprimem os mais
íntimos sentimentos e que lhe define os mais íntimos desejos.
Com a superpervisão dos
Orientadores Divinos, associaram-se-lhe no cérebro o centro coronário e o
centro cerebral em movimento sincrônico de trabalho e sintonia.
Por intermédio do primeiro, a
mente administra o seu veículo de exteriorização, utilizando-se, a rigor, do
segundo que lhe recolhe os estímulos, transmitindo impulsos e avisos, ordens e
sugestões mentais aos órgãos e tecidos, células e implementos do corpo por que
se expressa.
E assim como o centro cerebral
se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando
sensações e impressões do mundo sensório, o centro coronário, através de todo
um conjunto de núcleos do diencéfalo, possui no tálamo, para onde confluem
todas as vias aferentes à cortiça cerebral, com exceção da via do olfato, que é
a única via sensitiva de ligações corticais que não passa por ele, vasto
sistema de governança do Espírito. Aí, nessa delicada rede de forças, através
dos núcleos intercalados nas vias aferentes, através do sistema talâmico de
projeção difusa e dos núcleos parcialmente abordados pela ciência da Terra
(quais os da linha média, que não se degeneram após a extirpação do córtex,
segundo experiências conhecidas), verte o pensamento ou fluido mental, por
secreção sutil não do cérebro, mas da mente, fluido que influencia primeiro,
por intermédio de impulsos repetidos, toda a região cortical e as zonas
psicossomatossensitivas, vitalizando e dirigindo todo o cosmo biológico, para,
em seguida, atendendo ao próprio continuísmo de seu fluxo incessante,
espalhar-se em torno do corpo físico da individualidade consciente e
responsável pelo tipo, qualidade e aplicação do fluido, organizando-lhe a
psicosfera ou halo psíquico, qual ocorre com a chama de uma vela que, em se
valendo do combustível que a nutre, estabelece o campo em que se lhe prevalece
a influência.
Esse fluido ou matéria mental
tem a sua ponderabilidade e as suas propriedades quimioeletromagnéticas
específicas, definindo-se em unidades perfeitamente mensuráveis, qual acontece
no sistema periódico dos elementos químicos, no plano terrestre,
compreendendo-se que, em círculos da inteligência mais evoluída, surpreendentes
combinações dos fatores conhecidos podem ser efetuadas com vistas a certos
fins, como sucede atualmente na Terra, onde elementos como o netúnio, o
plutônio, o amerício e o cúrio podem ser artificialmente produzidos.
Nota
- Devemos esclarecer que a via olfatória não passa pelo tálamo, contudo, mantém
conexões com alguns núcleos talâmicos através de fibras provenientes do corpo
mamilar, situado no hipotálamo. (Nota do Autor espiritual.)
Comentários:
Consoante com o que pensa o
homem projeta de si mesmo uma imagem autocriada. Assim, o pensamento de cada
Espírito é o passaporte para a esfera espiritual à qual aportará, ao
desencarnar.
Supervisionado por Inteligências
Siderais cada ser associa no cérebro o centro coronário ao centro cerebral, os
quais agem sincrônicos e
sintonizados.
O centro coronário, pela mente,
projeta a forma (aparência) espiritual e é responsável por grande parte da
administração da vida espiritual.
O centro cerebral responde no
córtex encefálico pelo controle de sensações e impressões.
É dessa forma que o pensamento,
fluindo da mente e impressionando por secreções sutis, primeiro a parte
cerebral e depois todo o demais do organismo físico, imprime ao Espírito um
halo psíquico, aqui denominado psicosfera individual. Esse halo, que em última
análise é a resultante energética da somatória dos pensamentos e ações de cada
ser, pode operar maravilhosas
combinações entre si, com aplicação para determinados fins todos de
elevado teor.
OBS:
Neste tópico me encontro a deduzir que os chamados milagres, quase todos de
realização inimaginável, talvez sejam manipulação caridosa dessas energias
alcandoradas, emanadas e processadas pelos Orientadores do Bem.
REFLEXÃO DAS
IDÉIAS
A partícula de pensamento, pois,
como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, é uma unidade na essência, a
subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a quantidade, qualidade,
comportamento e trajetórias dos
componentes que a integram.
E assim como o átomo é uma força
viva e poderosa na própria contextura, passiva, entretanto, diante da inteligência
que a mobiliza para o bem ou para o mal, a partícula de pensamento, embora viva
e poderosa na composição em que se derrama do espírito que a produz, é
igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem
ou para o mal, convertendo-se, por acumulação, em fluido gravitante ou
libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante,
vivificador ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e
configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente, como raio da emoção
ou raio do desejo, força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto,
impacto e estrutura.
Com o fluido mental carreiam-se,
desse modo, não apenas as disposições mentossensitivas das criaturas, em
atuação recíproca, mas também as imagens que transitam entre os cérebros que se
afinam pela reflexão natural e incessante, estabelecendo-se as ideações
progressistas que, originariamente vertidas dos Espíritos Superiores,
transmitem aos desencarnados da Terra as noções de civilização mais apurada. E
por essas mesmas entidades, em contacto com as tribos encarnadas do
paleolítico, semelhantes noções descem para o chão planetário, disciplinando as
criaturas e ofertando-lhes novos horizontes à visão e ao entendimento.
Pela reflexão das idéias, surge,
assim, entre as duas esferas entranhado circuito de forças.
Comentários:
Tanto quanto o átomo é poderosa
força viva, embora sem ação própria, a matéria mental que se derrama do
Espírito, formada de partículas de variadas intensidades energéticas, pode ter
boa ou má aplicação.
A partícula do pensamento é
semelhante ao átomo e é pelo sentimento do bem ou do mal que se converte em raio
da emoção ou raio do desejo ambos, força criadora.
Como exemplo elementar do que
acontece com nossas idéias, cito, na vertente física, o caso do aço que,
segundo os objetivos pelo qual é usinado, tanto pode se transformar em punhal
ou bisturi; na vertente espiritual, temos a forma-pensamento, que dirigida contra alguém pode ser qual um
torpedo, ou, ao contrário, a prece caridosa, em favor de um sofredor...
Foi por esse abençoado mecanismo
que desde as primeiras eras da civilização as Mentes Benfeitoras inspiraram aos
primeiros homens a melhor forma de progredir, física e espiritualmente.
INTELIGÊNCIA
ARTESANAL
O plano físico é o berço da
evolução que o plano extrafísico aprimora.
O primeiro insufla o sopro da
vida, cujas edificações o segundo aperfeiçoa.
A reencarnação multiplica as
experiências, somando-as, pouco a pouco.
A desencarnação subtrai-lhes
lentamente as parcelas inúteis ao progresso do Espírito e divide os
remanescentes, definindo os resultados com que o Espírito se encontra
enobrecido ou endividado perante a Lei.
Consolidada a incessante eclosão
do fluido mental entre as duas esferas, começa para o homem novo ciclo de
cultura.
Em verdade, a mente da era
paleolítica mostra-se, ainda, limitada, nascitura, mas não tanto que não possa
absorver, embora em baixa dosagem, as idéias renovadoras que lhe são sugeridas
no Plano Superior.
Em razão disso, pela reflexão
possível, aparece entre os homens, mal saídos da selva, a inteligência
artesanal, instalando no mundo a indústria elementar do utensílio.
Por ela, o habitante do império
verde encontra meios de efetuar com mais segurança velhos atos instintivos,
utilizando o varapau para alongar o braço na colheita dos frutos dificilmente
acessíveis, fabricando anzóis e arpões que lhe substituam os dedos na profundez
das águas, burilando o sílex que lhe veicule a energia dos punhos e plasmando a
roda que lhe poupe, de alguma sorte, o sacrifício dos pés.
Comentários:
No Plano físico inicia o ser
inicia a evolução. No Espiritual, aprimora-a.
No primeiro plano emerge a vida.
No segundo, aperfeiçoa-se.
Nasce o homem para experiências,
das quais, as dispensáveis, a morte subtrai, espelhando o Espírito o quanto
evoluiu moralmente.
OBS: Pergunto:
Que experiências dispensáveis
são subtraídas pela morte?
Imagino que podem ser, por
exemplo, algumas das habilidades físicas (datilografia, direção de veículos, desempenhos
esportivos, etc etc). A propósito, me vejo a refletir que todos nascemos
analfabetos... O que dizer sobre o fato de que Rui Barbosa, ao reencarnar, terá
que ser alfabetizado, tanto quanto Einstein terá que aprender as propriedades
mais elementares da matemática?...
Mesmo o homem primitivo olha
para o céu e sonha com uma vida melhor, daí abrindo as portas da inspiração que
de lá flui, ensejando-lhe a
criatividade, impulsionada pela necessidade, respondem pelo progresso.
Inaugura-se assim, a fase
primordial da fabricação de ferramentas e utensílios (machado, escada, roda,
anzol, panela, canoa, etc. etc.), chegando aos nossos dias com infinita gama de
utilitários e processos.
PLASMA CRIADOR DA
MENTE
É pelo fluido mental com
qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado.
Pela troca dos pensamentos de
cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da
Ciência, da Virtude e da Educação, da Indústria e da Arte descem das Esferas
Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-Ihe profunda renovação ao
corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se
acomoda a novos hábitos.
Épocas imensas despendera o
princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo,
do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma
criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão
avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes,
no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo
fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para
construí-las de novo, em que o homem, herdeiro da animalidade instintiva,
continua, até hoje, no trabalho progressivo de sua própria elevação aos
verdadeiros atributos da Humanidade.
Uberaba, 12/3/58.
Comentários:
O fluido mental vindo das
Elevadas esferas induziu e vem induzindo o homem ao progresso material e
principalmente moral.
Provêm também do Mais alto, em
troca e em expansão permanente de pensamentos de cultura e beleza, as
grandes realizações da
Ciência, da Arte, da Indústria e as criações da Religião, da Virtude e da
Educação.
Esse, o grande plano do
progresso! Tanto que vem transformando o corpo espiritual (perispírito),
aperfeiçoando-o, com reflexões no corpo
físico, que aos poucos vai mudando de hábitos...
É claro que no foco dessa
mudança estão contidas multiplicadas eras.
Graças ao Criador e aos
incansáveis Orientadores do Progresso, somos hoje vestibulandos à angelitude,
conquanto nos primórdios das
aulas enobrecedoras. Mas, se esse fanal está longínquo, não devemos nos
esquecer de que também nosso
primeiro segundo de vida, já está distante, muito distante, como
Princípio Inteligente que éramos, quando recém-criados por Deus.
Ribeirão Preto/SP
QUESTÕES PARA ESTUDO (1)
1) Como podemos definir os
fluidos?
2) O que vem a ser o chamado
"fluido vivo"?
3) De que forma André Luiz
descreve a vida na espiritualidade?
4) Como são divididas as esferas
espirituais?
QUESTÕES PARA
ESTUDO(2)
1) De que forma o pensamento
imprime no espírito o seu psiquismo, denominado por André Luiz de
"psicosfera individual"?
2) Como o Autor explica o
mecanismo de influência do pensamento de um espírito sobre o pensamento de
outro?
3) Como podemos interpretar a
afirmação de que "a desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas
inúteis ao progresso do Espírito"?
4) O que é a "inteligência
artesanal", mencionada pelo Autor?
5) Qual a importância dessa
troca de pensamentos descrita por André Luiz para o espírito em evolução?
C O
N C L
U S Ã O -
questões(1)
1) Como podemos definir os
fluidos?
R - Os fluidos são definidos por
André Luiz como sendo corpos "cujas moléculas cedem invariavelmente à
mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção,
ou separando-se, quando entregues a si mesmas". Acrescenta que os fluidos podem se apresentar
na forma de líquidos, elásticos, aeriformes (gasosos) ou imponderáveis (que
provocam fenômenos de luz, calor, etc.). Através do pensamento, a consciência
humana, adaptada à esfera extrafísica, manobra essa força da Natureza, que são
os fluidos, produzindo fenômenos de mentação e reflexão.
Obs.:
Definição de fluidos pela Química: substância cujas moléculas têm pouca adesão
e podem deslizar livremente umas sobre as outras (líquidos) ou se deslocar
independentemente umas das outras (gases), de modo que a substância em seu todo
tome a forma do vaso que a contém;
- pela Física: nome genérico dos líquidos, dos gases e dos plasmas, que têm em comum a propriedade de poder tomar qualquer forma sob efeito de forças tão pequenas quanto se queira.
2) O que vem a ser o chamado
"fluido vivo" e quais as suas características?
R - André Luiz chamou de "fluido vivo" o fluido nascente no próprio espírito após a desencarnação. Caracteriza-se por ser uma derivação do fluido cósmico universal e por ser absorvido pela mente humana desencarnada, em processo semelhante ao da respiração no mundo corpóreo. Vitaliza o espírito e proporciona-lhe a faculdade de transformá-lo nas criações que elabora. É o seu próprio pensamento contínuo, que se transforma em energia. Encontrando-se revestido de matéria sutil, quintenssenciada, que é o seu perispírito, o espírito não terá dificuldade, no novo plano de vida, em se adequar à densidade desse fluido, pois se trata de mesma matéria terrena, porém em outra densidade.
3) De que forma André Luiz
descreve as condições de vida na espiritualidade?
R - Segundo o Autor, ao desencarnar, o espírito
passa a viver num mundo onde as condições de vida são semelhantes às que
vivenciou na Terra. As leis de gravitação são as mesmas e o tempo é marcado
através dos dias e das noites, como no mundo terreno. Difere-se, todavia,
quanto ao clima, pois inexistem os rigores das estações terrenas. No plano
espiritual, o clima é quase sempre o mesmo, uniforme todo o tempo, pois forças
naturais retificam, automaticamente, os excessos característicos de cada
estação. Plantas e animais que servem de morada a princípios inteligentes em
evolução rumo ao reino hominal aprimoram-se durante determinados períodos,
aclimatados às condições de vida reinantes, para, mais tarde, retornarem mais
aperfeiçoadas à romagem terrena, nas espécies a que se adequam. As plantas,
inclusive, segundo André Luiz, por possuírem uma organização celular mais
simples, podem reproduzir-se de maneira limitada.
Ainda segundo o Autor, os
espíritos vivem núcleos constituídos de povoações mais ou menos felizes,
conforme o mérito de cada um. Há, também, aglomerações de espíritos que se
refugiam nas sombras, temendo as criações de suas próprias mentes em desalinho,
em regiões que comumente qualificamos como infernais.
4) Como são divididas as esferas
espirituais?
R - André Luiz confirma
informações de outros espíritos que se comunicam com o mundo corpóreo, no
sentido de que, assim como o plano físico, o plano espiritual é composto de
esferas diferentes. No plano físico, o orbe é formado por camadas múltiplas
(incandescentes, líquidas, em forma de grandes cavidades, de placas tectônicas
ou cobertas de águas oceânicas), que vão desde o seu núcleo (denominado
barisfera) até a ionosfera (espaço aéreo localizado até 700 quilômetros do
solo).
No plano espiritual, esta
divisão é ditada pela densidade moral dos espíritos, constituindo-se de planos
ascendentes que vão das esferas mais
densas, mais próximas da crosta terrestre, habitada por espíritos ainda muito
presos à matéria e de baixo adiantamento moral, até as mais elevadas, habitat
de espíritos mais depurados. A faixa do espaço na qual se situam essas esferas
é o que podemos denominar de psicosfera terrestre.
C O
N C L
U S Ã O -
questões(2)
1) De que forma o pensamento
imprime no espírito o seu psiquismo, a denominada "psicosfera
individual"?
R - André Luiz explica que o centro coronário
é o principal responsável pelo governo da vida do espírito, através de uma rede
de forças situada no núcleo do cérebro. O pensamento, fluindo da mente,
impressiona, por meio de secreções sutis, primeiro a parte cerebral e, depois,
todo o organismo físico, imprimindo no espírito uma espécie de auréola
psíquica, que pode ser chamada de "psicosfera individual". O estado
psíquico do espírito, portanto, é resultante das energias geradas pelos
pensamentos e ações que manifesta, podendo, segundo o Autor, operar
maravilhosas combinações entre si, com aplicação para determinados fins de
elevado teor. É dessa maneira que podemos entender o organismo físico como
expressão material das forças psíquicas.
2) Como o Autor explica o
mecanismo de influência do pensamento de um espírito sobre o pensamento de
outro?
R - O pensamento manifestado
pelo espírito forma partículas fluídicas que guardam a natureza do sentimento
que lhe dá forma. Converte-se em matéria fluídica, que vai agir, conforme a
natureza do sentimento que a dirige, para o bem ou para o mal. É matéria mental
que o espírito exterioriza e difunde através de ondas eletromagnéticas. Ao
expressar um pensamento com muita determinação, o espírito alcança as correntes
mentais daqueles que nutrem sentimentos e pensamentos da mesma natureza,
através da sintonia. É por este mecanismo que os Espíritos Superiores inspiram
aos desencarnados a melhor forma de progredir.
3) Como podemos interpretar a
afirmação de que "a desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas
inúteis ao progresso do Espírito"?
R - Durante a vida física, o
espírito vivencia inúmeras experiências nos mais variados campos que a vida na
Terra lhe propicia. As parcelas inúteis ao seu progresso seriam todo o
aprendizado das coisas temporais, passageiras, indispensáveis à vida terrena,
mas que nenhum valor tem para o progresso do espírito. Retém o espírito, tão
somente, o que lhe aproveitará na vida futura e que irá influenciar no seu
progresso, como os valores morais e intelectuais adquiridos e as dívidas
contraídas. Ao desencarnar, é feito como que um balanço entre o que é positivo
e negativo, definindo sua situação de enobrecimento ou como endividado perante
a lei.
4) O que é a "inteligência
artesanal", mencionada pelo Autor?
R - No início da evolução como espírito,
embora tenha a mente ainda limitada, o homem já é capaz de absorver as idéias
renovadoras que vêm do Plano Superior. Surge, então, o que André Luiz denomina
"inteligência artesanal", através da qual dá início à produção de
utensílios que lhe irão facilitar a vida, ajudando-o na prática de antigos atos
instintivos, como a colheita de frutos ou a pesca para a sua alimentação e a
roda, que irá lhe poupar esforço físico para a execução de muitas tarefas.
5) Qual a importância dessa
troca de pensamentos descrita por André Luiz para o espírito em evolução?
R - Por intermédio do fluido
mental, as Esferas Superiores da espiritualidade induzem o homem ao progresso
moral e intelectual. Trazem e impressionam na mente do homem pensamentos que
envolvem os grandes princípios da Religião, da Ciência, da Educação, da
Indústria e da Arte. O princípio inteligente, que despendera longo tempo para
desenvolver as sensações, o automatismo, o instinto e a inteligência
rudimentar, agora na fase hominal, consolida a sintonia com as Esferas
Superiores e, através dos fluidos mentais, procede à renovação de seu corpo
espiritual e, em conseqüência e gradativamente, do seu veículo físico, que
passa a adotar novos hábitos. Para tanto, muitas civilizações são construídas
e, mais tarde, destruídas, dando continuidade ao processo evolutivo que o
levará à elevação a que está destinado.
Muita paz a todos
Equipe CVDEE
Sala André Luiz
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