(Espiritismo) - Nl08 07 Evolução
E Hereditariedade
Centro
Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala
de Estudos André Luiz
Livro
em estudo: Evolução em dois mundos
Autor:
Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
(Editora FEB)
Primeira
parte - Capítulo VII - Evolução e hereditariedade
Comentários:
Eurípides Kühl
PRINCÍPIO
INTELIGENTE E HEREDITARIEDADE
Reportando-nos à lei da hereditariedade,
é imperioso, de certo modo, recordar a Geometria para simplificar-lhe os
conceitos.
Considerando
a Geometria por ciência que estuda as propriedades do espaço limitado, vamos
encontrar a hereditariedade como lei que define a vida, circunscrita à forma em
que se externa.
Só a
inteligência consegue traçar linhas inteligentes.
Em
razão disso, e atendendo-se aos objetivos finalistas do Universo, não será
possível esquecer o Plano Divino, quando se trate de qualquer imersão mais
profunda na Genética, ainda mesmo que isso repugne aos cultores da ciência
materialista.
Como se
estruturaram os cromatídeos nos cromossomas é problema que, de todo, por
enquanto, nos escapa ao sentido, mas sabemos que os Arquitetos Espirituais,
entrosados à Supervisão Celeste, gastaram longos séculos preparando as células
que serviriam de base ao reino vegetal, combinando nucleoproteínas a glúcides e
a outros elementos primordiais, a fim de que se estabelecesse um nível seguro
de forças constantes, entre a bagagem do núcleo e do citoplasma.
Com
semelhante realização, o princípio inteligente começa a desenvolver-se do ponto
de vista fisiopsicossomático.
Não
apenas a forma física do futuro promete então revelar-se, mas também a forma
espiritual.
Comentário:
Tanto quanto a Geometria estuda
aquilo que acontece dentro de determinado espaço, assim também a
hereditariedade é como lei que estuda e define a vida que palpita na parte
exterior desse espaço.
Tendo
por base o núcleo da célula, cuja formação ainda escapa ao conhecimento do
Autor Espiritual, registra ele que a massa formadora da célula que
recapa esse núcleo foi estruturada por Arquitetos Espirituais, por delegação
Divina.
Essa
estruturação no Princípio Inteligente (P.I.) insere nele a forma, tanto do
corpo físico, quanto do espiritual (perispírito).
Já se
pode vislumbrar que o porvir está chegando, nessa sublime rota evolutiva do
P.I.
OBS: Cabe
registrar que também havia sido longo o percurso desse P.I. até aqui, para que
a ele aqueles mesmos Engenheiros Siderais da Vida pudessem
incorporar vários automatismos biológicos de ação espiritual e terrena.
FATORES
DA HEREDITARIEDADE
Na intimidade dos corpúsculos
simples que evoluiriam para a feição de máquinas microscópicas, formadas de
protoplasma e paraplasma, fixam-se, vagarosamente, sob influenciação magnética,
os fragmentos de cromatina, organizando-se os cromossomas em que seriam
condensadas as fórmulas vitais da reprodução.
Processos
múltiplos de divisão passam a ser experimentados.
A
divisão direta ou amitose é largamente usada para, em seguida, surgir a mitose
ou divisão indireta, em que as alterações naturais da mônada celeste se
refletem no núcleo, prenunciando sempre maiores transformações.
Lentamente,
os cromossomas adquirem a sua apresentação peculiar, em forma de
ponto-alça-bastonete-bengala, e a evolução que lhes diz respeito na
cariocinese, desde a prófase à telófase, merece a melhor atenção dos
Construtores Divinos, que através do centro celular mantêm a junção das forças
físicas e espirituais, ponto esse em que se verifica o impulso mental, de
natureza eletromagnética, pelo qual se opera o movimento dos cromossomas, na
direção do equador para os pólos da célula, cunhando as leis da hereditariedade
e da afinidade que se vão exercer, dispondo nos cromatídeos, em forma de
granulações perfeitamente identificáveis entre o leptptênio e o paquitênio, os
genes ou fatores da hereditariedade, que, no transcurso dos séculos, são
fixados em número e valores diferentes para cada espécie.
Comentário:
Por ativo magnetismo foram
sendo fixados no núcleo de cada célula (comparadas a microscópicas máquinas)
substância colorida corante, a qual iria contribuir para a organização de
fórmulas vitais, com vistas à reprodução. É aqui que se iniciam os experimentos
das divisões celulares (clonagem natural), a cargo do Plano Maior.
Deixamos
de detalhar esse processo, pelo qual todos nós passamos um dia (!!!), mas não podemos
deixar de render a mais profunda gratidão a Deus e aos Seus Prepostos,
que contemplaram cada espécie atendendo por inteiro às necessidades
hereditárias de cada uma.
ARQUIVO
DOS REFLEXOS CONDICIONADOS
Através dos estágios
nascimento-experiência-morte-experiência-renascimento, nos planos físico e
extrafísico, as crisálidas de consciência, dentro do princípio de repetição,
respiram sob o sol como seres autótrofos no reino vegetal, onde as células, nas
espécies variadas em que se aglutinam, se reproduzem de modo absolutamente
semelhante.
Nesse
domínio, o princípio inteligente, servindo-se da herança, e por intermédio das
experiências infinitamente recapituladas, habilita-se à diferenciação nos
flagelados, ascendendo progressivamente à diferenciação maior na escala animal,
onde o corpo espiritual, à feição de protoforma humana, já oferece moldes mais
complexos, diante das reações do sistema nervoso, eleito para sede dos
instintos superiores, com a faculdade de arquivar reflexos condicionados.
Comentário:
O P.I. vai vencendo os séculos,
os milênios...
O Sol,
de pontualidade absoluta, lá no horizonte ao amanhecer ou no poente, todos os
dias, por bilhões de vezes, aquece o mundo e todos os que nele habitam. É o
grande protetor da Vida, testemunha de nascimentos, mortes e renascimentos, infinitos...
O reino
vegetal é exuberante e o P.I. vive demorados tempos nele...
Acumulando
toda a enorme gama de experiências e aprendizados naquele reino, chega o tempo
de avançar, sempre avançar e é aí então que já está
habilitado a estágios mais elevados, agora no reino animal! Para tanto, recebe
um incomparável equipamento: sistema nervoso, paralelamente a um indelével
departamento de arquivo, onde são preciosamente guardadas as experiências até
então vivenciadas. Com isso, inaugura-se a ação dos reflexos condicionados de
incalculável valia para o futuro, rumo à eternidade...
CONSTRUÇÃO
DO DESTINO
Sofrem as células
transformações profundas, porque o elemento espiritual deve agora viver como
ser alótrofo, somente conseguindo manter-se com o produto de matérias orgânicas
já elaboradas.
Com a
passagem do tempo, e sob a inspiração dos Arquitetos Espirituais que lhe
orientam a evolução da forma, avança na rota do progresso, plasmando
implementos novos no veículo de expressão.
Entre a
esfera terrena e a esfera espiritual, adquire os orgânulos particulares com que
passa a atender variadas funções entre os protozoários, como sejam, os vacúolos
pulsáteis para a sustentação do equilíbrio osmótico e os vacúolos digestivos
para o equilíbrio da nutrição.
Nos
metazoários, conquista um carro fisiológico, estruturado em aparelhos e
sistemas constituídos de órgãos, que, a seu turno, são formados de tecidos,
compostos por células em complicado regime de diferenciação e, passando por
longas e porfiadas metamorfoses, atinge o reino hominal, em que os gametas se
erigem, especializados e seguros, no aparelho de reprodução, com elementos e
recursos característicos para o homem e para a mulher, no imo do centro
genésico, entre os aparelhos de metabolismo e os sistemas de relação.
No ato
da fecundação, reúnem-se os pronúcleos masculino e feminino, mesclando as
unidades cromossômicas paternas e maternas, a fim de que o organismo,
obedecendo à repetição na lei da hereditariedade, se desenvolva, dentro dos
caracteres genéticos de que descende; mas agora, no reino humano, o Espírito,
entregue ao comando da própria vontade, determina com a simples presença ou
influência, no campo materno, os mais complexos fenômenos endomitóticos no
interior do ovo, edificando as bases de seu próprio destino, no estágio da
existência cujo início o berço assinala.
Comentário:
O P.I., sempre e ainda sob
supervisão das Entidades Celestiais, já no reino animal, avança e progride,
adquirindo pequenos órgãos que irão realizar funções de
nutrição/digestão/excreção/reprodução.
A
partir daqui terá que buscar alimento para sobreviver.
Mas a
Natureza é mãe dadivosa e pródiga e aloca cada espécie em habitat consentâneo
ao atendimento às necessidades dos indivíduos dessa espécie.
Na sucessão
de incontáveis tempos e experiências, diferenciam-se e aprimoram-se os órgãos,
que por infinitas metamorfoses levam o P.I. para o reino hominal!
No
reino humano, pela própria vontade, presente ou influenciando o campo materno,
edifica as bases do seu destino.
HEREDITARIEDADE
E AFINIDADE
Nas épocas remotas, os
Semeadores Divinos guiavam a elaboração das formas, traçando diretrizes ao
mundo celular, em favor do princípio inteligente, então conduzido ante a
sociedade espiritual como a criança irresponsável ante a sociedade humana;
todavia, à medida que se lhe alteia o conhecimento, passa a responsabilizar-se
por si mesmo, pavimentando o caminho que o investirá na posse da Herança
Celestial no regaço da Consciência Cósmica.
Com
alicerces na hereditariedade, toma a forma física e se desvencilha dela, para
retomá-la em nova reencarnação capaz de elevar-lhe o nível cultural ou moral, quando
não seja para refazer tarefas que deixou viciadas ou esquecidas na retaguarda.
Contudo,
ligado inevitavelmente aos princípios de seqüência, é compelido a renascer na
Terra, ou a viver além da morte, com raras exceções, entre os seus próprios semelhantes,
porquanto hereditariedade e afinidade no plano físico e no plano extrafísico,
respectivamente, são leis inelutáveis, sob as quais a alma se diferencia para a
Esfera Superior, por sua própria escolha, aprendendo com larga soma de esforço
a reger-se pelo bem invariável, que, em lhe assegurando equilíbrio, também lhe
confere poder sobre os fatores circunstanciais do próprio ambiente, a fim de
criar valores mais nobres para os seus impulsos de perfeição.
Comentário:
Se nas épocas remotas os Semeadores
Divinos guiavam o P.I. na elaboração das formas, agora, já no reino hominal,
essa é tarefa individual dele (P.I.). O que fizer será de sua inteira
responsabilidade.
OBS: Convém
registrar que ao ser promovido para viver em humanidade o Espírito é galardoado
pelo Criador com três formidáveis e sublimes potências, que
manejará a seu critério: inteligência contínua, livre-arbítrio e
consciência. Com a primeira, resolverá qualquer problema e mais
que isso, será co-criador na obra da Criação; com a segunda,
escolherá que caminho seguir ou que aplicação fará com os meios colocados por
Deus à sua disposição; a terceira ser-lhe-á bússola infalível,
cujo norte sempre apontará para o Bem.
Por
hereditariedade e afinidade viverá entre semelhantes, seja no plano material,
seja no extrafísico. O progresso no bem dá ao Espírito o poder sobre
fatores circunstanciais.
GEOMETRIA
TRANSCENDENTE
Chegada a essa eminência, a
criatura submete-se à lei da hereditariedade, com o direito de alterar-lhe as
disposições fundamentais até ponto não distante do limite justo, segundo o
merecimento de que disponha. Para ajudar aos semelhantes na escalada a mais
amplas aquisições na senda evolutiva, recolhe, assim, concurso precioso dos
Organizadores do Progresso, na mitose do ovo que lhe facultará novo corpo no
mundo, de vez que toda permuta de cromossomas, no vaso uterino, está
invariavelmente presidida por agentes magnéticos ordinários ou extraordinários,
conforme o tipo da existência que se faz ou refaz, com as chaves da
hereditariedade atendendo aos seus fins.
Eis
porque, interpretando os cromossomas à guisa de caracteres em que a mente
inscreve, nos corpúsculos celulares que a servem, as disposições e os
significados dos seus próprios destinos, caracteres que são constituídos pelos
genes, como as linhas são formadas de pontos, genes aos quais se mesclam os
elementos chamados bióforos, e tomando os bióforos, nesses pontos, como sendo
os grânulos de tinta que os colorem, será lícito comparar os princípios
germinativos, nos domínios inferiores, aos traços da Geometria elementar, que
apenas cogita de linhas e figuras simples da evolução, para encontrar, nesses
mesmos princípios, nos domínios superiores da alma, a Geometria transcendente,
aplicada aos cálculos diferenciais e integrais das questões de causa e efeito.
Comentário:
Agentes magnéticos, imortais,
adquiridos na soma das multiplicadas experiências, darão ao Espírito a chave
para a formação do corpo, atendendo ao seu programa evolutivo e obedecendo às
Leis Divinas de merecimento.
Se a
Geometria terrena trata das formas, a Geometria transcendente (espiritual) tem
foco na Lei de Causa e Efeito.
Tal é a
expressão da Justiça Divina!
HEREDITARIEDADE
E CONDUTA
Portanto, como é fácil de
sentir e apreender, o corpo herda naturalmente do corpo, segundo as disposições
da mente que se ajusta a outras mentes, nos circuitos da afinidade, cabendo,
pois, ao homem responsável reconhecer que a hereditariedade relativa, mas
compulsória lhe talhará o corpo físico de que necessita em determinada
encarnação, não lhe sendo possível alterar o plano de serviço que mereceu ou de
que foi incumbido, segundo as suas aquisições e necessidades, mas pode, pela
própria conduta feliz ou infeliz, acentuar ou esbater a coloração dos programas
que lhe indicam a rota, através dos bióforos ou unidades de força
psicossomática que atuam no citoplasma, projetando sobre as células e,
consequentemente, sobre o corpo os estados da mente, que estará enobrecendo ou
agravando a própria situação, de acordo com a sua escolha do bem ou do mal.
Uberaba,
5/2/58.
Comentário:
A hereditariedade nos diz que o
corpo herda o corpo, em consonância com a sintonia anterior da mente com outras
mentes (em vidas passadas...).
Surge
aqui a figura da hereditariedade relativa, mas compulsória...
É então
que a responsabilidade individual nos esclarece que a escolha no bem ou no mal
situará o homem na área de afinidade para reencarnar segundo suas aquisições,
ou necessidades, em condições nobres ou graves.
OBS: Nesse
contexto pontifica a bênção da família, que só mesmo o Amor e a Sabedoria do
Pai poderia engendrar, sempre e sempre, a nosso benefício.
Por isso, abençoemos a nossa família, ninho abençoado, ponto de encontro com
velhos amores ou com velhas contas...
QUESTÕES
PARA ESTUDO
1. -
Como surgiram na Terra os fatores de hereditariedade?
2. - Em
que fase o princípio inteligente recebe o sistema nervoso e qual o seu papel
para a sua evolução?
3. -
Quais as principais aquisições do princípio inteligente no reino animal?
4.-
Quais as diferenças entre os processos de elaboração das formas físicas na fase
animal e na fase hominal da evolução do princípio inteligente?
5. - O
que vem a ser "...hereditariedade relativa, mas compulsória...", a
que se refere André Luiz no último parágrafo do capítulo?
Conclusão:
1. - Como surgiram na Terra os
fatores de hereditariedade?
R -
A hereditariedade pode ser conceituada como lei que define a vida tão
somente quanto à forma em que ela se externa, ou seja, no que concerne ao corpo
físico. A inteligência, entendida aqui como os valores espirituais (morais e
intelectuais), é definida pela inteligência individualizada, isto é, pelo
próprio espírito, não estando sujeita à lei de hereditariedade.
Após
longos séculos de preparação, os Arquitetos Espirituais inseriram no princípio
inteligente as formas do corpo físico e do corpo espiritual (perispírito),
começando a se desenvolver nele os fatores fisiopsicossomáticos. Através de
ação magnética, foram fixados no núcleo da cada célula os elementos para a
estruturação dos órgãos que seriam responsáveis pela reprodução. Iniciam-se,
então, os experimentos dos processos de divisão celular, primeiramente, por
simples fragmentação da célula e, depois, com a formação de cromossomos pelo
núcleo da célula, contendo os genes. Lentamente e sempre sob a supervisão dos
Construtores Divinos, os cromossomos reúnem as forças físicas e espirituais e,
através do impulso mental de natureza eletromagnética, movimentam-se em direção
aos pólos da célula, dispondo em cada uma de suas metades os genes portadores
dos fatores de hereditariedade. No transcurso dos séculos, os genes são fixados
em número e valores diferentes para cada espécie.
2. - Em
que fase o princípio inteligente recebe o sistema nervoso e qual o seu papel
para a sua evolução?
R -
Após longos períodos de vivência nos mundos físicos e extrafísicos,
alternadamente, o princípio inteligente situa-se no reino vegetal, através das
mais variadas espécies, onde acumula as experiências necessárias à sua ascensão
ao passo seguinte, que é o reino animal. Estagia, primeiramente, entre animais
de conformação unicelular. Progredindo ainda nesse reino, a forma física em que
se expressa passa a obedecer a moldes mais complexos, recebendo, aí, um
equipamento que lhe vai ser valioso em sua trajetória evolutiva, que é o
sistema nervoso. Através dele, onde são arquivadas as experiências até então
vivenciadas, manifestam-se os reflexos condicionados, que se expressam como
instintos superiores e que são de inestimável valor para as vivências futuras rumo
ao estado angelical.
3. -
Quais as principais aquisições do princípio inteligente no reino animal?
R -
Ainda entre os protozoários, avançando em formas cada vez mais complexas, as
células sofrem transformações profundas, pois o princípio inteligente passa a
habitar organismos físicos que não mais são capazes de produzirem seu próprio
alimento orgânico. A partir de então, terá de buscar o alimento necessário à
sua sobrevivência. Novos implementos são agregados aos se veículo físico, com a
aquisição de pequenos órgãos destinados a atenderem funções de equilíbrio no
transporte de substâncias através de tecidos e de equilíbrio da nutrição.
Passa,
em seguida, a se expressar em organismos físico pluricelulares, onde conquista
um organismo físico estruturado em aparelhos e sistemas constituídos de órgãos
formados por tecidos que são compostos de células de diferenciadas funções.
Finalmente, após longas e incontáveis experiências, em que o corpo no qual se
expressa a vida passa por um longo processo de metamorfose, o princípio
inteligente atinge o reino hominal, em que as células sexuais encarregadas da
reprodução assumem características próprias para o homem e para a mulher.
4.-
Quais as diferenças entre os processos de elaboração das formas físicas na fase
animal e na fase hominal da evolução do princípio inteligente?
R - Nas
fases anteriores de sua evolução - nos reinos vegetal e animal - o princípio
inteligente tem a reprodução dirigida pelos Instrutores Celestiais, que
orientam a elaboração das formas de acordo com as diretrizes da realidade
celular em que se situa. Obedece tão somente aos mecanismos de repetição da lei
de hereditariedade, sempre dentro dos caracteres genéticos de que descende.
Como compara André Luiz, até então, o princípio inteligente é conduzido perante
o processo reprodutivo como uma criança irresponsável o é na vida terrena.
Atingindo
o reino hominal, no entanto, o princípio inteligente, já agora sendo denominado
"espírito" e dotado de inteligência contínua, livre-arbítrio e
consciência, assume individualmente essa tarefa, passando a ser o único
responsável pela direção do processo formador do novo corpo em que se
expressará. Com a influência de sua atuação no campo materno, determina as
diretrizes que nortearão a escolha dos cromossomos portadores dos genes que
ditarão os caracteres formadores do novo organismo físico, no interior do ovo,
num processo seletivo automático.
O mesmo
processo é repetido a cada vez que necessita retornar à vida física a fim de
elevar-se moral e intelectualmente, em nova reencarnação. É compelido a
renascer, assim como o é enquanto no plano espiritual, com raras exceções,
entre os que lhe são afins, pois a hereditariedade e a afinidade são leis
irrevogáveis do Criador.
5. - O
que vem a ser "hereditariedade relativa, mas compulsória", a que se
refere André Luiz no último parágrafo do capítulo?
R - A
submissão do espírito à lei de hereditariedade é inevitável. Porém, é-lhe
garantido o direito de alterar, de modo relativo, determinadas disposições
fundamentais dessa lei, atendendo-se ao seu programa evolutivo e ao merecimento
que tenha conquistado. A permuta de cromossomos que moldarão o novo corpo é
subjugada por efeitos magnéticos que são ditados pela forma de vida levada a
efeito pelo espírito nas reencarnações pretéritas, sempre conjugados com a lei
de hereditariedade. A essa conjugação, em que o corpo herda o corpo, porém em
consonância com a sintonia mental do espírito, construída ao longo das
reencarnações, é que André Luiz denominou "hereditariedade relativa, mas
compulsória".
Concluindo,
podemos dizer que o espírito não pode alterar o plano de serviço traçado
segundo as suas aquisições e necessidades. Todavia, pode, por sua própria
conduta, pela escolha do bem ou do mal, atenuar ou agravar a natureza do
programa a que se sujeitará na nova experiência no mundo físico, através da
ação das forças psicossomáticas no processo de formação das células. Conforme
explica o autor, assim como a Geometria terrena trata das formas existentes no
mundo físico, a Geometria transcendente, espiritual, atua por forca da lei de causa
e efeito.
Muita
paz a todos
Equipe
CVDEE
Sala
André Luiz
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