Programa
1 # Tomo I # Modulo II # Roteiro 16 # Estevao O Primeiro Martir Do Cristianismo
1
16 Estevão
o PRIMEIRO MARTIR DO CRISTIANISMO
INDICE
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE ESTÊVÃO
ESCOLHIDO PARA SERVIR NA IGREJA DE JERUSALÉM
PREGADOR CORAJOSO
OS TEMAS DA DEFESA
OS EXEMPLOS CITADOS
UM JOVEM COM CONVICÇÕES FORTES
CONCLUSÃO
A HISTORIA DE ESTEVÃO - CARLA SCHMIDEL
(MUSICA)
O SERMÃO DE ESTÊVÃO - EDGAR ANDREWS
LIÇÃO DA HISTÓRIA?
UM PRINCÍPIO DE INTERPRETAÇÃO
CRISTO NA PROMESSA
CRISTO E JOSÉ
CRISTO E MOISÉS
CRISTO E A LEI
CRISTO E OS PROFETAS
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
O Evangelho Segundo o Espiritismo
(Allan Kardec) Capitulo
O Livro dos Espíritos (Allan Kardec)
AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE ESTÊVÃO
Estevão é lembrado como o primeiro de
muitos mártires no reino de Jesus Cristo. Ele entrou na história em Atos 6 e
foi apedrejado no capítulo seguinte. O nome dele aparece apenas 10 vezes, todas
no livro de Atos. Embora o tempo dele no palco da história tenha sido pouco, a
importância da vida desse servo não deve ser subestimada. Ele mostrou
características essenciais de um discípulo verdadeiro do Senhor.
ESCOLHIDO PARA SERVIR NA IGREJA DE JERUSALÉM
O nome de Estevão se encontra pela primeira
vez na lista de sete servos escolhidos pela igreja em Jerusalém (Atos 6:5).
Esses homens foram encarregados do cuidado das viúvas na igreja. Eles se
preocuparam diariamente com a alimentação dessas mulheres, assim deixando os
apóstolos livres para cumprir suas responsabilidades espirituais. Estevão já
havia demonstrado o fruto do Espírito Santo na sua vida, e, depois da imposição
das mãos dos apóstolos, ele realizou grandes milagres e pregou poderosamente a
palavra de Deus (Atos 6:6-10).
Pela vida desse homem entendemos que o
serviço do cristão inclui diversos tipos de serviço. Estevão pregou bem, mas
ele também demonstrou bondade em relação às pobres viúvas. Jesus interrompeu
seu ensinamento da palavra do Pai para dar atenção às crianças, ensinando uma
importante lição para os seguidores dele.
Nós, como os apóstolos, devemos dar
prioridade no nosso serviço no reino de Deus (veja Atos 6:2-4). Precisamos
aprender a lição que Jesus ensinou a Marta (Lucas 10:38-42). Mas, jamais
podemos fazer a vontade de Deus e esquecer das pessoas carentes ao nosso redor.
O servo verdadeiro de Deus se preocupa com viúvas, crianças e pobres (veja
Mateus 25:31-46).
PREGADOR CORAJOSO
Quando o trabalho de Estevão ficou
conhecido, algumas pessoas se levantaram contra esse servo (leia Atos 6:8-14).
Discutiam com ele, mas não conseguiam resistir seu ensinamento. Estêvão pregava
a verdade, mas esses homens não tinham a humildade bastante para admitir seus
próprios erros. Ao invés de aceitar e apoiar o trabalho desse servo, os homens
usaram táticas desonestas para o opor. Subornaram falsas testemunhas para
provocar uma reação popular contra Estevão.
Como vamos ver ainda em nosso estudo, Estevão
não desistiu quando enfrentou esses desafios e as táticas carnais de homens.
Ele continuou pregando a mesma mensagem, independente do custo pessoal. Os
homens podiam prender e até matar o servo, mas jamais venceriam o Senhor dele.
Do exemplo dele, compreendemos melhor a importância de ser corajosos em manter
convicções baseadas na palavra de Deus. Não devemos defender nossas próprias
opiniões ou preferências, mas nunca devemos abandonar a verdade para agradar a
homens (Romanos 14:19; Gálatas 1:10-12).
Qualquer pessoa que se mostra fiel no reino
de Deus sofrerá perseguição (2 Timóteo 3:12). Não devemos nos estranhar quando
homens carnais criticam ou procuram destruir o nosso trabalho. Ao mesmo tempo,
não devemos imaginar que estejamos certos somente porque outros nos perseguem.
A perseguição, por si só, não prova que alguém esteja servindo ao Senhor.
Falsos professores, também, podem ser rejeitados e maltratados. O único padrão
que podemos usar para avaliar nosso próprio trabalho ou o trabalho de qualquer
outro é a palavra revelada por nosso Deus nas Escrituras. É essa palavra que
nos julgará (João 12:47-50).
OS TEMAS DA DEFESA
A defesa de Estevão em Atos 7 é uma das
mais belas pregações relatadas no livro de Atos. Sua beleza não está em
palavras suaves. Estevão não lisonjeou seus ouvintes, nem contava piadas ou
histórias pessoais para os divertir. A beleza dessa mensagem vem da sua
fidelidade à verdade em responder com a verdade às idéias erradas dos ouvintes.
Estevão não ganhou nenhum concurso de pregadores que mais agradam às pessoas,
mas ele pregou a palavra habilmente.
Mesmo quando sua vida estava em jogo,
Estevão não perdeu tempo com defesas pessoais. O seu Senhor era muito maior do
que o humilde servo, então ele defendeu o evangelho de Jesus. As acusações
contra Estevão atingiram dois pontos doutrinários: a importância do santo lugar
(o templo em Jerusalém) e a posição da lei do Antigo Testamento depois da
morte de Jesus. Em ambos os casos, eles distorceram a mensagem que ele pregou,
mas abriram a porta para o evangelista esclarecer a verdade sobre a salvação em
Cristo. Além dessas acusações, houve mais uma questão implícita na
controvérsia: eles estavam rejeitando um servo escolhido por Deus.
Estevão, guiado pelo Espírito Santo, tratou
desses três temas no desenvolvimento de sua mensagem. Ele mostrou que a
comunhão com Deus não dependia de lugar, assim respondendo às acusações sobre o
templo. Ao mesmo tempo, ele mostrou que Deus mantinha comunhão com várias
pessoas que não guardavam a lei dada aos israelitas no monte Sinai. Nos
exemplos que ele citou, Estevão mostrou que muitos homens rejeitados pelos
homens foram escolhidos por Deus, assim reprovando o tratamento de Jesus e dele
mesmo pelo povo de Jerusalém.
Quando o servo de Deus responde às
perseguições, ele deve sempre aproveitar a oportunidade para ensinar sobre a
palavra de Deus. As perguntas e até as acusações de homens abrem portas para
ensinar sobre nosso Senhor e Salvador (1 Pedro 3:13-17).
OS EXEMPLOS CITADOS
Na sua defesa, Estevão seguiu o mesmo
princípio que percebemos no trabalho de Jesus, Pedro, Paulo e outros grandes
pregadores. Ele começou onde os ouvintes estavam, e procurou trazê-los à
verdade. Jesus pregava assim. Com a samaritana, ele começou com água (João
4:1-30). Com os saduceus, ele trabalhou dentro dos livros que eles reconheciam,
os primeiros cinco livros do Velho Testamento (veja, por exemplo, Mateus
22:23-33). Pedro começou com profecias do Velho Testamento (Atos 2:16) e com
Abraão, Isaque e Jacó (Atos 3:13). Filipe começou com Isaías, onde o eunuco
estava lendo (Atos 8:35). Paulo começou com as imagens dos atenienses (Atos
17:22-23). Semelhantemente, Estevão pregou aos judeus (pessoas que seguiam a
lei dada no monte Sinai) usando diversos personagens do Antigo Testamento. Cada
exemplo serviu para reforçar seus temas principais. Veja na tabela abaixo como
ele desenvolveu esses temas.
Uma vez que Estevão citou todos esses
exemplos históricos, a conclusão foi óbvia. Da mesma forma que outros servos
escolhidos por Deus foram rejeitados no passado, os judeus em Jerusalém haviam
rejeitado Jesus. Na conclusão da defesa, Estevão não procurou se justificar,
nem tentou agradar aos ouvintes. Ele falou a verdade, custa o que custar:
"Homens de dura cerviz e incircuncisos
de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como
fizeram vossos pais, também vós o fazeis. Qual dos profetas vossos pais não
perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do
qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos, vós que recebestes a lei
por ministério de anjos e não a guardastes" (Atos 7:51-53).
Como o Senhor morreu, o servo também chegou
ao fim da vida aqui. Estevão foi apedrejado.
O exemplo de Estevão nos desafia ainda
hoje. Numa época que até muitos cristãos fogem de qualquer crítica, a coragem
de Estevão serve para nos encorajar. Quando temos convicção da verdade, devemos
falar e defender o nome do nosso Senhor.
UM JOVEM COM CONVICÇÕES FORTES
Um jovem chamado Saulo participou quando
Estevão foi morto. Ele mostrou, nos dois capítulos seguintes, que também tinha
convicções fortes. Ele opunha tudo que Estevão defendia, achando que os
cristãos realmente mereciam a morte. Não entraremos na história da conversão de
Saulo, mas anotaremos um ponto importante. O fato de alguém ser convencido e
zeloso não é prova de que esteja certo. Estevão e Saulo eram igualmente
convictos de suas respectivas doutrinas, mas um dos dois estava totalmente
errado. Pela graça de Deus, Saulo não morreu no mesmo dia. Pela longanimidade
do Senhor, a ele foi concedido tempo suficiente para aprender a verdade e se
arrepender.
CONCLUSÃO
Temos poucas informações sobre a vida de Estevão.
Um homem bom e dedicado perdeu a sua vida por causa do evangelho. Mas desse
pequeno relato, podemos aprender muito. Considere estas lições da vida e da
morte de Estevão: Œ Deus sempre é o mesmo. Deus sempre quer a fé obediente.
Ž Homens maus rejeitam Deus e seus servos. Devemos pregar Jesus
crucificado (1 Coríntios 2:2). Devemos pregar o que os ouvintes precisam,
não o que eles querem ouvir (2 Timóteo 4:1-5).
Estevão nos mostra que a palavra de Cristo
é mais importante do que a nossa própria vida, ilustrando bem o princípio que
Jesus ensinou:
"Quem acha a sua vida perdê-la-á;
quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á" (Mateus 10:39).
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