Powered By Blogger

Pesquisar este blog

Páginas

sábado, 19 de dezembro de 2015

Céu inferno_002_1ª Parte Capítulo I O porvir e o nada (itens 7 a 14)

Céu inferno_002_1ª Parte Capítulo I  O porvir e o nada (itens 7 a 14)

Tema 002 - 1ª parte/Capítulo I: O porvir e o nada (itens 7 a 14) - Resumo

7. O panteísmo considera o principio universal de vida e de inteligência como constituindo a Divindade. Deus é concomitantemente Espírito e matéria; todos os seres, todos os corpos da Natureza compõem a Divindade, da qual são as moléculas e os elementos constitutivos; Deus é o conjunto de todas as inteligências reunidas; cada indivíduo, sendo uma parte do todo, é Deus ele próprio; nenhum ser superior e independente rege o conjunto.

8. A este sistema podem opor-se inumeráveis objeções: se divindade tem infinita perfeição, como um todo perfeito pode ser formado de partes tão imperfeitas, tendo necessidade de progredir? Como cada parte está submetida à lei do progresso, força é convir que o próprio Deus deve progredir; e se Ele progride constantemente, deveria ter sido, na origem dos tempos, muito imperfeito. Como pôde um ser imperfeito conceber leis tão harmônicas como as que regem o Universo?
Se todas as almas são porções da Divindade, todos concorreram para as leis da Natureza; como sucede, pois, que elas murmurem sem cessar contra essas leis que são obra sua?

9. Sob o ponto de vista moral, as conseqüências são igualmente ilógicas. Para as almas a absorção num todo é a perda da individualidade. Se as almas conservassem essa individualidade, Deus deixaria de ter vontade única para ser um composto de miriades de vontades divergentes.

10. Demais, estes sistemas não satisfazem nem a razão nem a aspiração humanas. O homem tem, pois, três alternativas: o nada, a absorção ou a individualidade da alma antes e depois da morte. É para esta última crença que a lógica nos impele irresistivelmente, crença que tem formado a base de todas as religiões desde que o mundo existe.
E se a lógica nos conduz à individualidade da alma, também nos aponta esta outra consequência: a sorte de cada alma deve depender das suas qualidades pessoais. Segundo os princípios de justiça, as almas devem ter a responsabilidade dos seus atos, mas para haver essa responsabilidade, preciso é que elas sejam livres na escolha do bem e do mal; sem o livre-arbítrio há fatalidade, e com a  fatalidade não coexistiria a responsabilidade.

11. Todas as religiões admitiram igualmente o principio da felicidade ou infelicidade da alma após a morte, ou, por outra, as penas e gozos futuros, que se resumem na doutrina do céu e do inferno encontrada em toda parte. No que elas diferem essencialmente, é quanto à natureza dessas penas e gozos.

12. Todas as religiões houveram de ser em sua origem relativas ao grau de adiantamento moral e intelectual dos homens: estes, muito materializados para compreenderem o mérito das coisas puramente espirituais, fizeram consistir a maior parte dos deveres religiosos no cumprimento de fórmulas exteriores. Porém, mais tarde, sentindo o vácuo dessas fórmulas, uma vez que a religião não o preenchia, abandonaram-na e tornaram-se filósofos.

13. Se a religião tivesse acompanhado sempre o movimento progressivo do espírito humano, não haveria incrédulos, porque está na própria natureza do homem a necessidade de crer, e ele crerá desde que haja harmonia com as suas necessidades intelectuais. O homem quer saber donde velo e para onde vai. Mostrando-se-lhe um fim que não corresponde às suas aspirações nem à idéia que ele faz de Deus, tampouco aos dados positivos que lhe fornece a Ciência, ele tudo rejeita; o materialismo e o panteísmo parecem-lhe mais racionais.
Apresente-se-lhe, porém, um futuro condicionalmente lógico, digno em tudo da grandeza, da justiça e da infinita bondade de Deus, e ele repudiará o materialismo e o panteísmo.
O Espiritismo dá coisa melhor, pois tem por si a lógica do raciocínio e a sanção dos fatos, e é por isso que inutilmente o têm combatido.

14. Instintivamente tem o homem a crença no futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua imaginação fantasiou os sistemas que originaram a diversidade de crenças. A Doutrina Espírita sobre o futuro congraçará, como já está acontecendo, as opiniões divergentes ou flutuantes e trará gradualmente, pela força das coisas, a unidade de crenças sobre esse ponto.

Questões para estudo:

1) Cite duas refutações à doutrina do Panteísmo.

2) Qual a relação entre livre-arbítrio, responsabilidade e justiça?

3) As religiões podem evoluir?

4) Porque a Doutrina Espírita conduz à unidade de crenças sobre a vida futura?

Conclusão:

Questões para estudo:

1) Cite duas refutações à doutrina do Panteísmo.

a. se divindade tem infinita perfeição, como um todo perfeito pode ser formado de partes tão imperfeitas, tendo necessidade de progredir?

b. Se todas as almas são porções da Divindade, todos concorreram para as leis da Natureza; como sucede, pois, que elas murmurem sem cessar contra essas leis que são obra sua?

2) Qual a relação entre livre-arbítrio, responsabilidade e justiça?

Para que haja responsabilidade e justiça é necessário haver liberdade. A liberdade está relacionada ao livre arbítrio, pois para que o ser seja responsável por suas ações, sofrendo a consequência justa de seus atos, precisa ter dois caminhos para decidir por qual andar e a consciência dessa escolha.

3) As religiões podem evoluir?

Sim, estão evoluindo, pois as religiões são obra do homem e o homem está em constante evolução. No entanto, evoluem num ritmo bem mais lento que os indivíduos, considerados isoladamente.

4) Porque a Doutrina Espírita conduz à unidade de crenças sobre a vida futura?


Porque apresenta um futuro condicionalmente lógico, digno em tudo da grandeza, da justiça e da infinita bondade de Deus, satisfazendo às necessidades emocionais e intelectuais do homem. E esta noção sobre o futuro não está baseada em uma hipótese ou na imaginação, mas possui a sanção dos fatos, comprovados através das comunicações mediúnicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário