Nl04 07
Quadro Doloroso
Caros amigos,
Segue as questões referentes a mais um
capítulo de Libertação, saga edificante narrada por André Luiz.
Que Jesus abençoe a todos.
Livro: Libertação
Tema: Quadro doloroso
Capítulo: VII
De manhã, um emissário do sacerdote Gregório,
com semblante mal humorado, veio notificar-nos, em nome dele, que dispúnhamos
de liberdade até as primeiras horas da tarde, quando nos receberia para
entendimento particular.
Ausentamo-nos do cubículo, sinceramente
desafogados.
À noite fora simplesmente aflitiva, pelo
menos para mim que não conseguira qualquer quietação no repouso.
Não somente o ruído exterior se fizera
contínuo e desagradável, mas também a atmosfera pesava, asfixiante. As
alucinadoras conversações me perturbavam e feriam.
Convidou-nos Gúbio a pequena excursão
educativa, asseverando-me bondoso:
- Vejamos, André, se poderemos aproveitar
alguns minutos, estudando os "ovóides".
Elói e eu acompanhamo-lo, satisfeitos.
Coalhava-se a rua de tipos característicos da
anormalidade deprimente.
(...)
O instrutor informou-nos, então, com muito
acerto, de que as mentes extraviadas, de modo geral, lutam com idéias fixas,
implacáveis e obcecantes, gastando longo tempo a fim de se reajustarem.
Rebaixadas pelas próprias ações, perdem a noção do bom-gosto, do conforto
construtivo, da beleza santificante e se entregam a lastimável relaxamento.
(...)
Gritos humanos, filhos da dor e da
inconsciência, eram frequentes, provocando-nos sincera piedade. Fossem poucos
os transeuntes infelizes e poder-se-ia pensar num serviço metódico de
assistência individual; mas que dizer de uma cidade constituída por milhares de
loucos declarados? Dentro de colméia dessa natureza, o homem sadio que tentasse
impor socorro ao espírito geral não seria efetivamente o alienado mental, aos olhos
alheios? Impraticável, por isso, qualquer organização beneficente visível, a
não ser através de serviço arriscado qual aquele de que o nosso Instrutor se
incumbira, tocado pela renúncia, na obra de santificação com o Cristo.
(...)
Elói, forçando o bom humor, perguntou, a
propósito, se o inferno era um hospício de proporções assim tão vastas, ao que
nosso orientador respondeu aquiescendo e informando que o homem comum não
possui senão vaga idéia da importância das criações mentais na própria vida.
A mente estuda, arquiteta, determina e
materializa os desejos que lhe são peculiares na matéria que a circunda,
esclareceu Gúbio, atencioso, e essa matéria que lhe plasma os impulsos é sempre
formada por vidas inferiores inumeráveis, em processo evolutivo, nos quadros do
Universo sem fim.
Marcháramos, atravessando compridos
labirintos e achamo-nos diante de extensa edificação que, com boa vontade,
nomearemos por asilo de Espíritos desamparados.
Enquanto encarnado, ser-me-ia extremamente
difícil acreditar numa cena igual à que nos desdobrou à visão inquieta. Nenhum
sofrimento, depois da morte do corpo me tocara tão fundo o coração.
A gritaria em torno, era de espantar.
Varamos lodosa muralha e, depois de
avançarmos alguns passos, o pavoroso quadro se abriu dilatadamente.
Largo e profundo vale se estendia, habitado
por toda a espécie de padecimentos imagináveis.
Sentíamo-nos, agora, na extremidade de um
planalto que se quebrava em abrupto despenhadeiro.
(...)
Tremeram-me as fibras mais íntimas, e, não só
em mim, mas igualmente no espírito de Elói, o movimento era de recuo
instintivo.
O orientador, no entanto, estava firme.
Longe de endossar-nos a fraqueza, ignorou-a, deliberadamente,
e asseverou, calmo:
- Amontoam-se aqui, como se fossem lenhos
secos, milhares de criaturas que abusaram de sagrados dons da vida. São réus da
própria consciência, personalidades que alcançaram a sobrevivência sobre as
ruínas do próprio "eu", confinados em escuro setor de alienação mental.
Esgotam resíduos envenenados que acumularam na esfera íntima, através de longos
anos vazios de trabalho edificante, no mundo físico, entregando-se, presentemente,
a infindáveis dias de tortura edificante.
E, talvez porque nosso espanto crescesse à
vista da tela aflitiva e tenebrosa, acrescentou, sereno:
- Não estamos contemplando senão a superfície
de trevosos cárceres a se confundirem com os precipícios subcrostais.
- Mas não haverá recurso a tanto desamparo? –
indagou Elói, compungidamente.
Gúbio refletiu alguns momentos rápidos e
aduziu em tom grave:
- Quando encontramos um morto de cada vez, é
fácil conceder-lhe sepultura condigna, mas, se os cadáveres são contados por
multidões, nada nos resta senão adotar a vala comum. Todos os Espíritos
renascem nos círculos carnais para destruírem os ídolos da mentira e da sombra
e entronizarem, dentro de si mesmos, os princípios da sublimação vitoriosa para
a eternidade, quando não se encontram em simples estrada evolutiva; contudo,
nas demonstrações de ordem superior que lhes cabem, preferem, na maioria das
ocasiões, adorar a morte na ociosidade, na ignorância agressiva ou ao crime
disfarçado, olvidando a gloriosa imortalidade que lhes compete atingir. Ao
invés de estruturarem destino santificante, com vistas ao porvir infinito, menosprezam
oportunidades de crescimento, fogem ao aprendizado salutar e contraem débitos
clamorosos, retardando a obra de elevação própria. E se eles mesmos, senhores
de preciosos dons de inteligência, com todo o acervo de revelações religiosas
de que dispõem para solucionar os problemas da alma, se confiam voluntariamente
a semelhante atraso, que nos resta fazer senão seguir nas linhas de paciência
por onde se regula a influenciação dos nossos benfeitores? Sem dúvida, esta
paisagem é inquietante e angustiosa, mas compreensível e necessária.
Perguntei-lhe se naqueles sítios purgatoriais
não havia companheiros amigos, detentores da missão de consolar, ao que nosso
Instrutor respondeu afirmativamente.
- Sim - disse -, esta imensa coletividade,
dentro da qual preponderam individualidades que pelo sofrimento contínuo se
caracterizam pelo comportamento sub-humano, não está esquecida. A renúncia opera
com Jesus, em toda a parte. (...)
Descemos alguns metros e encontramos
esquálida mulher estendida no solo.
Gúbio nela fixou os olhos muito lúcidos e,
depois de alguns momentos, recomendou-nos seguir-lhe a observação acurada.
(...)
Percebi que a infeliz se cercava de três
formas ovóides, diferençadas entre si nas disposições e nas cores, que me
seriam, porém, imperceptíveis aos olhos, caso não desenvolvesse, ali, todo o
meu potencial de atenção.
(...)
Elucidou Gúbio, sem detença:
- São entidades infortunadas, entregues aos
propósitos de vingança e que perderam grandes patrimônios de tempo, em virtude
da revolta que lhes atormenta o ser.
Gastaram o perispírito, sob inenarráveis
tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam,
irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência de amar é a
ciência de libertar, iluminar e redimir.
Auscultamos, de mais perto, a desventurada
criatura.
Assumiu Gúbio a atitude de médico ante a
paciente e os aprendizes.
A mulher sofredora, envolvida num halo de
"força cinzento-escura", registrou-nos a presença e gritou, entre a
aflição e a idiotia:
- Joaquim! Onde está Joaquim? Digam-me, por
piedade! Para onde o levaram? Ajudem-me! Ajudem-me!
O nosso orientador tranquilizou-a com algumas
palavras e, não lhe conferindo maior atenção, além daquela que o psiquiatra
dispensa ao enfermo em crise grave, observou-nos:
- Examinem os ovóides! Sondem-nos, magneticamente,
com as mãos.
Operei expedito.
Toquei o
primeiro e notei que reagia, positivamente.
Liguei, num ato de vontade, minha capacidade
de ouvir ao campo íntimo da forma e, assombrado, ouvi gemidos e frases, como
que longínquos, pelo fio do pensamento:
- Vingança! Vingança! Não descansarei até ao
fim...
Esta mulher infame me pagará...
Repeti a experiência com os dois outros e os resultados
foram idênticos.
As exclamações transbordavam de cada um.
Após afagar a doente com fraternal carinho, analisando-a,
atencioso, o Instrutor dirigiu-nos a palavra, esclarecendo:
- Joaquim será naturalmente o companheiro que
a precedeu nas lides da reencarnação. Certo, já regressou à Terra mais densa, a
fim de preparar-lhe lugar. A pobrezinha está esperando ensejo de retorno à luta
benéfica. Vejo-lhe o drama cruel. Foi tirânica senhora de escravos no século
que findou. (...) Foi jovem e bela, mas desposou, consoante o programa de provas
salvadoras, um cavalheiro de idade madura, que, a seu turno, já assumira
compromissos sentimentais com humilde filha do cativeiro. Embora a mudança
natural de vida, à face do casamento, não abandonou ele o débito contraído. Em
razão disso, a pobre mãe e escrava, ainda moça, penitente e desditosa,
prosseguiu agregada à propriedade rural com os rebentos de seu amor menos
feliz. Com a passagem do tempo, a esposa requestada e fascinante conheceu toda
a extensão do assunto e revelou a irascibilidade que lhe povoava a alma.
Dirigiu-se ao marido, colérica e violenta, dobrando-o aos caprichos que lhe
exacerbavam a mente.
A escrava sofredora foi separada de ambos os
filhos que possuía e vendida para uma região palustre onde em breve encontrou a
morte pela febre maligna. Os dois rapazes, metidos no tronco, padeceram vexames
e flagelações em frente da senzala. Acusados de ladrões, pelo capataz, a
instâncias da senhora dominada de egoísmo terrificante, passaram a exibir
pesada corrente no pescoço ferido. Viveram, no passado, sob humilhações
incessantes. No curso de reduzidos meses caíram sem remissão, minados pela
tuberculose que ninguém socorreu. Desencarnados,, reuniram-se à genitora
revoltada, formando um trio perturbador na organização ruralista que os
expulsara, sustentando sinistros propósitos de desforço. Não obstante convidados
à tolerância e ao perdão por amigos espirituais que os visitavam
frequentemente, nunca cederam um til nos planos sombrios em que penhoraram o coração.
Atacaram desapiedados, a mulher que os tratara com dureza, impondo-lhe
destrutivo remorso ao espírito vacilante e fraco. Dominando-lhe a vida psíquica,
transformaram-se em perigosos carrascos invisíveis, utilizando todos os
processos de luta suscetíveis de acentuar-lhe as perturbações. Adoeceu ela, por
isso, gravemente, desafiando conselhos e mediadas de cura. Embora socorrida por
médicos e padres diversos, não mais recobrou o equilíbrio orgânico.
Arrasou-se-lhe o corpo físico, a pouco e pouco. Incapaz de expandir-se
mentalmente, no idealismo superior, que corrige desvarios íntimos e facilita a
cooperação vibratória das almas que respiram em esferas mais elevadas, a
desditosa fazendeira sofreu, insulada no orgulho destrutivo que lhe assinalava
o caminho, dez anos de mágoas constantes e indefiníveis. Claro que possuía
amigos prontos a lhe estenderem generosas mãos por ocasião da morte do corpo
que se tornou inevitável; contudo, quando nos enceguecemos no mal,
inabilitamo-nos, por nós mesmos, à recepção de qualquer recurso do bem.
(...)
- Exonerada dos liames carnais, viu-se
perseguida pelas vítimas de outro tempo, anulando-se-lhe a capacidade de
iniciativa em virtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador.
Padeceu muitíssimo, não obstante contemplada pela compaixão de benfeitores do
Alto que sempre tentaram conduzi-la à humildade e à renovação pelo amor, mas o
ódio permutado é uma fornalha ardente, mantenedora de cegueira e sublevação.
Desencarnado o esposo, veio semilouco encontrá-la no mesmo invencível
abatimento, incapaz de socorrê-la em vista das próprias dores que o
constrangiam a difíceis retificações. Os impiedosos adversários prosseguiram na
obra deplorável e ainda mesmo depois de perderem a organização perispirítica, aderiram
a ela, com os princípios de matéria mental em que se revestem. A revolta e o
pavor do desconhecido, com absoluta ausência de perdão, ligam-nos uns aos outros,
quais algemas de bronze. A infeliz perseguida, na posição em que se encontra,
não os vê, não os apalpa, mas sente-lhes a presença e ouve-lhes as vozes,
através da inconfundível acústica da consciência. Vive atormentada sem direção.
Tem o comportamento de um ser quase irresponsável.
A infortunada criatura não parecia registrar
as informações, ditas ali em voz alta, e que lhe diziam respeito. Clamava
amedrontada, pelo auxílio do companheiro.
Vali-me ainda do ensejo para algumas
indagações.
- Diante deste quadro comovedor, como encarar
a solução ? - desfechei a pergunta direta.
Gúbio, todavia, observou muito calmo:
(...)
- Tudo me faz crer que os missionários da
caridade já lhe reconduziram o esposo às correntes da reencarnação e é de supor
que esta irmã se ache em vias de seguir-lhe as pegadas, a breve tempo.
Naturalmente, renascerá em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos
imensos para reencontrar o ex-esposo e partilhar-lhe as experiências futuras.
Então...
- Os inimigos ser-lhe-ão filhos? - indaguei
ansioso, quebrando-lhe as reticências.
- Como não? Certamente, o caso já se encontra
sob a jurisdição superior. Esta mulher retornará à carne, seguida pelas mentes
dos adversários que aguardarão, junto dela, o tempo de imersão nos fluidos
terrestres.
- Oh! - exclamei profundamente espantado -
não se separará dos perseguidores, nem mesmo para o regresso? Tenho acompanhado
reencarnações que invariavelmente se fazem seguidas de cautelas especiais...
- Sim, André - concordou o Instrutor -
reparaste nos processos em que funcionaram elementos intercessores de vulto,
atendendo-se à nobilitante missão dos interessados no futuro e, com o auxílio
divino, semelhantes casos contam-se por milhões. Contudo existem, ainda, nos
setores da luta humana que tornam ao mergulho da carne premidas pela
compulsória do Plano Superior, de modo a expiarem delitos graves. Em ocorrências
dessa ordem, a individualidade responsável pela desarmonia reinante converte-se
em centro de gravitação das consequencias desequilibradas por sua culpa e
assume o comando dos trabalhos de reajustamento, sempre longos e complicados,
de acordo com os ditames da Lei.
Compreendendo meu assombro, Gúbio considerou:
- Por que a estranheza? Os princípios de
atração governam o Universo inteiro. Nos sistemas planetários e nos sistemas
atômicos vemos o núcleo e os satélites.
Na vida espiritual, os ascendentes essenciais
não diferem. Se os bons representam centros de atenção dos Espíritos que se
lhes afinam pelos ideais e tendências, os grandes delinqüentes se transformam
em núcleos magnéticos das mentes que se extraviaram da senda reta, em
obediência a eles. Elevamo-nos com aqueles que amamos e redimimos ou
rebaixamo-nos com aqueles que perseguimos e odiamos.
As afirmativas inspiravam-me profundos
pensamentos, quanto à grandeza das leis que regem a vida e, atento à meditação
daquele instante, evitei novas perguntas.
O Instrutor acariciou a fronte da criatura desventurada,
envolvendo-a, intencionalmente, numa benção de fluidos divinos e acrescentou:
- Pobre irmã! Que o Céu a fortaleça na
jornada por empreender! Seguida de perto pela influência dos seres que com ela
se projetaram no abismo mental do ódio, terá infância dolorosa e sombria pelos
pesares desconhecidos que se lhe acumularão, incompreensivelmente, na alma
opressa. Conhecerá enfermidades de diagnose impossível, por enquanto, no quadro
dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível atuação
dos inimigos de outra época... Terá mocidade torturada por sonhos de maternidade
e não repousará, intimamente, enquanto não oscular, no próprio colo, os três
adversários convertidos, então, em filhinhos tenros de sua ternura sedenta de
paz... Transportará consigo três centros vitais desarmônicos e, até que os
reajuste na forja do sacrifício, recambiando-os à estrada certa, será, na condição
de mãe, um imã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de
dor.
O estudo era, sem dúvida, absorvente e
fascina
Conclusão:
Questões para estudo:
1) Como podemos entender a seguinte frase:
"... o homem comum não possui senão vaga idéia da importância
das criações mentais na própria vida."?
Comentário:
Em A gênese, capítulo XIV, item 14, há a
explicação de que "os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais,
manipulando-os por meio do pensamento e da vontade. Imprimem a esses fluidos
esta ou aquela direção; aglomeram-nos, combinam-os ou dispersam-nos; com eles
formam conjuntos de aparência, forma ou cor determinados; modificam-lhes as
propriedades. É a grande oficina ou laboratório, da vida espiritual. Basta ao
espírito pensar alguma coisa, para que esta se produza, assim como basta
modular uma ária, para que esta repercuta na atmosfera."
Assim, o pensamento, ou a mente, pode
modificar as propriedades dos fluidos ao nosso redor e esta ação irá gerar
consequências de importância direta para nós e para quem está a nossa volta e
dentro do aspecto moral veremos a mente exteriorizar ódio, inveja, ciúme,
orgulho, egoísmo, violência, bondade, amor, caridade, fraternidade, etc.. e , ainda,
pelo aspecto físico de sentir, são as sensações que temos: irritação,
excitação, calma, tranquilidade, etc..
E esta natureza do pensamento ou mente de
expandir, materializar sua própria criação, faz com que a irradiação expanda-se
misturando com a irradiação do outro ou dos outros, gerando, então, a sintonia.
A sintonia é feita da união dos fluidos de
natureza similares: o ruim atrai o ruim, o bom atrai o bom ; mas o bom afasta o
ruim.
Os ambientes tb, sejam neste ou noutro plano,
ficam impregnados dos fluidos que as mentes/espíritos irradiam e que adquirem
formas, movimentos, direção e tonalidades.
No entanto, apesar desses conhecimentos
intelectuais que nós temos, e que outros somente vaga idéia fazem deles; não
conseguimos ainda ter uma percepção maior da força e poder que temos através de
nossas mentes/pensamentos e das consequentes criações que eles acabam por
formar materialmente.
2) No capítulo estudado falou-se a respeito das
influências que redundam em deformidades do perispírito chegando-se a estágios
como os de "ovóides". Como se dá esse processo? O que o causa? De que
forma busca-se retirar alguém de um estágio de "ovóide"?
Comentários:
Como se dá esse processo ?
O ovóide é uma conseqüência da
transformação que sofre o perispírito, lesionado por atos e pensamentos do
espírito, fazendo com que este perca, no mundo espiritual, sua forma humana.
Essa transformação se dá em espíritos ainda muito atrasados em sua evolução,
espíritos ainda arraigados na prática do mal e que não querem se modificar
O que o causa?
O comprometimento ante as leis divinas
de forma reiterada, ocasionando, pois, terríveis, grandes e dolorosas dívidas.
Salientando que tais dívidas são oriundas, provavelmente, uma vez que referido
estado consciencial dificilmente ocorre devida a erros dirigidos a nós mesmos,
de grandes faltas para com muitos outros irmãos.
De que
forma busca-se retirar alguém de um estágio de "ovóide"?
É através do amor que haverá a
recuperação de nossos irmãos estagnados.
“a ciência de amar é a ciência de
libertar, iluminar e redimir.” (Gúbio)
3) Apesar dos débitos, a mulher sofredora poderia
ter evitado o assalto dos "ovóides"; ou pelo menos minimizado. De que
forma isso seria possível?
Comentário:
Inicialmente, se ela tivesse sido ,
enquanto encarnada, detentora de compreensão que sabe perdoar, vigilante a seus
pensamentos e atos, provavelmente não estaria vivenciando a situação atual.;
uma vez que de seus próprios atos ocasionou-se todos os outros que culminaram
com os narrados por André Luis.
Posteriormente poderia ter evitado a
situação se tivesse ela evitado a cegueira oriunda do orgulho destrutivo e
aceito o socorro de amigos espirituais.
3) No capítulo estudado, André Luiz constatou
que existem tipos diferentes de reencarnação. Quais são? Quando
ocorrem?
Comentários:
A finalidade da reencarnação é fazer o
espírito alcançar a Perfeição através das sucessivas vidas no corpo físico e,
de experiência em experiência, vai adquirindo progresso intelectual e moral,
até alcançar a Perfeição, porque o Espírito tem a irresistível necessidade de
sair da inferioridade e alcançar a felicidade (in: O Livro dos Espíritos, item
1006).
A reencarnação é analisada, avaliada,
de acordo com a necessidade de progresso do Espírito. É individual, logo não há
um padrão reencarnatório, há a necessidade espiritual de cada um.
Pode-se reencarnar como missão, como
prova ou expiação, ou então por necessidade compulsória, como no caso em
estudo.
Se o espírito não tem condições de
escolha das suas provas, seria a necessidade compulsória, estas são
escolhidas por espíritos superiores, com condições de programar as necessidades
do espírito, lembrando sempre que estas escolhas nunca são superiores às forças
espirituais ou morais do reencarnante, e visam principalmente a reeducação e o
progresso do Espírito.
Há Espíritos superiores com
reencarnação em mundos de evolução moral inferior, seria a missionária. Temos
vários exemplos de espíritos de grande envergadura que, por amor à humanidade,
reencarnaram entre nós sem ter nenhum débito, ou nada a expiar. Nosso maior
exemplo é Jesus.
No momento em que o Espírito passa a
ter consciência para realizar suas próprias escolhas, seria a de provas e
expiações, já possui noção dos efeitos de suas decisões passadas e consciência
da reparação futura, além da evolução a que todos nós estamos sendo chamados
permanentemente.
5) Conforme o descrito no capítulo, de que
forma os "ovóides" se ligaram à mulher sofredora?
Comentário:
Pela sintonia.
A sintonia é feita da união dos fluidos
de natureza similares: o ruim atrai o ruim, o bom atrai o bom.
No caso estudado, a sintonia por
desejos de vingança.
6) Ficou
claro no capítulo estudado que mesmo reencarnados podemos manter ligadas
entidades as quais possuímos débitos (a mulher sofredora mesmo quando
reencarnada terá a companhia dos "ovóides" até que os mesmos
reencarnem em seu seio familiar). Por que isso é permitido? O que
isso pode acarretar na vida do reencarnado?
Comentário:
É a Lei de causa e efeito. É a Lei de Amor.
A reencarnação não é um castigo, uma vez que
cada um de nós constrói o seu futuro através dos seus pensamentos e dos seus
atos.
Somos chamados, permanentemente, a evoluir e
neste evoluir os efeitos das decisões passadas geram a reparação futura.
Deus é absolutamente bom e justo. Deixa a
cada um a escolha dos seus caminhos.
De encarnação em encarnação, de experiência
em experiência, o Espírito vai conquistando sua bagagem interior com rumo e
direção à evolução e ao aperfeiçoamento
As provas que o espírito reencarnante viverá
serão em conformidade com a natureza de suas faltas, e as que o levam à expiação
destas e a progredir mais depressa, respeitando-se as suas forças
espirituais/morais e visando, principalmente, a sua reeducação e o seu
progresso.
“Nascer, Viver, Morrer, Renascer ainda,
Progredir Sempre Tal é a Lei”
(Allan Kardec)
Equipe Nosso Lar - CVDEE
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