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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Nl04 07 Quadro Doloroso

Nl04 07 Quadro Doloroso
 Caros amigos,
Segue as questões referentes a mais um capítulo de Libertação, saga edificante narrada por André Luiz.
Que Jesus abençoe a todos.

 Livro: Libertação
Tema: Quadro doloroso
Capítulo: VII
De manhã, um emissário do sacerdote Gregório, com semblante mal humorado, veio notificar-nos, em nome dele, que dispúnhamos de liberdade até as primeiras horas da tarde, quando nos receberia para entendimento particular.
Ausentamo-nos do cubículo, sinceramente desafogados.
À noite fora simplesmente aflitiva, pelo menos para mim que não conseguira qualquer quietação no repouso.
Não somente o ruído exterior se fizera contínuo e desagradável, mas também a atmosfera pesava, asfixiante. As alucinadoras conversações me perturbavam e feriam.
Convidou-nos Gúbio a pequena excursão educativa, asseverando-me bondoso:
- Vejamos, André, se poderemos aproveitar alguns minutos, estudando os "ovóides".
Elói e eu acompanhamo-lo, satisfeitos.
Coalhava-se a rua de tipos característicos da anormalidade deprimente.
(...)
O instrutor informou-nos, então, com muito acerto, de que as mentes extraviadas, de modo geral, lutam com idéias fixas, implacáveis e obcecantes, gastando longo tempo a fim de se reajustarem. Rebaixadas pelas próprias ações, perdem a noção do bom-gosto, do conforto construtivo, da beleza santificante e se entregam a lastimável relaxamento.
(...)
Gritos humanos, filhos da dor e da inconsciência, eram frequentes, provocando-nos sincera piedade. Fossem poucos os transeuntes infelizes e poder-se-ia pensar num serviço metódico de assistência individual; mas que dizer de uma cidade constituída por milhares de loucos declarados? Dentro de colméia dessa natureza, o homem sadio que tentasse impor socorro ao espírito geral não seria efetivamente o alienado mental, aos olhos alheios? Impraticável, por isso, qualquer organização beneficente visível, a não ser através de serviço arriscado qual aquele de que o nosso Instrutor se incumbira, tocado pela renúncia, na obra de santificação com o Cristo.
(...)
Elói, forçando o bom humor, perguntou, a propósito, se o inferno era um hospício de proporções assim tão vastas, ao que nosso orientador respondeu aquiescendo e informando que o homem comum não possui senão vaga idéia da importância das criações mentais na própria vida.
A mente estuda, arquiteta, determina e materializa os desejos que lhe são peculiares na matéria que a circunda, esclareceu Gúbio, atencioso, e essa matéria que lhe plasma os impulsos é sempre formada por vidas inferiores inumeráveis, em processo evolutivo, nos quadros do Universo sem fim.
Marcháramos, atravessando compridos labirintos e achamo-nos diante de extensa edificação que, com boa vontade, nomearemos por asilo de Espíritos desamparados.
Enquanto encarnado, ser-me-ia extremamente difícil acreditar numa cena igual à que nos desdobrou à visão inquieta. Nenhum sofrimento, depois da morte do corpo me tocara tão fundo o coração.
A gritaria em torno, era de espantar.
Varamos lodosa muralha e, depois de avançarmos alguns passos, o pavoroso quadro se abriu dilatadamente.
Largo e profundo vale se estendia, habitado por toda a espécie de padecimentos imagináveis.
Sentíamo-nos, agora, na extremidade de um planalto que se quebrava em abrupto despenhadeiro.
(...)
Tremeram-me as fibras mais íntimas, e, não só em mim, mas igualmente no espírito de Elói, o movimento era de recuo instintivo.
O orientador, no entanto, estava firme.
Longe de endossar-nos a fraqueza, ignorou-a, deliberadamente, e asseverou, calmo:
- Amontoam-se aqui, como se fossem lenhos secos, milhares de criaturas que abusaram de sagrados dons da vida. São réus da própria consciência, personalidades que alcançaram a sobrevivência sobre as ruínas do próprio "eu", confinados em escuro setor de alienação mental. Esgotam resíduos envenenados que acumularam na esfera íntima, através de longos anos vazios de trabalho edificante, no mundo físico, entregando-se, presentemente, a infindáveis dias de tortura edificante.
E, talvez porque nosso espanto crescesse à vista da tela aflitiva e tenebrosa, acrescentou, sereno:
- Não estamos contemplando senão a superfície de trevosos cárceres a se confundirem com os precipícios subcrostais.
- Mas não haverá recurso a tanto desamparo? – indagou Elói, compungidamente.
Gúbio refletiu alguns momentos rápidos e aduziu em tom grave:
- Quando encontramos um morto de cada vez, é fácil conceder-lhe sepultura condigna, mas, se os cadáveres são contados por multidões, nada nos resta senão adotar a vala comum. Todos os Espíritos renascem nos círculos carnais para destruírem os ídolos da mentira e da sombra e entronizarem, dentro de si mesmos, os princípios da sublimação vitoriosa para a eternidade, quando não se encontram em simples estrada evolutiva; contudo, nas demonstrações de ordem superior que lhes cabem, preferem, na maioria das ocasiões, adorar a morte na ociosidade, na ignorância agressiva ou ao crime disfarçado, olvidando a gloriosa imortalidade que lhes compete atingir. Ao invés de estruturarem destino santificante, com vistas ao porvir infinito, menosprezam oportunidades de crescimento, fogem ao aprendizado salutar e contraem débitos clamorosos, retardando a obra de elevação própria. E se eles mesmos, senhores de preciosos dons de inteligência, com todo o acervo de revelações religiosas de que dispõem para solucionar os problemas da alma, se confiam voluntariamente a semelhante atraso, que nos resta fazer senão seguir nas linhas de paciência por onde se regula a influenciação dos nossos benfeitores? Sem dúvida, esta paisagem é inquietante e angustiosa, mas compreensível e necessária.
Perguntei-lhe se naqueles sítios purgatoriais não havia companheiros amigos, detentores da missão de consolar, ao que nosso Instrutor respondeu afirmativamente.
- Sim - disse -, esta imensa coletividade, dentro da qual preponderam individualidades que pelo sofrimento contínuo se caracterizam pelo comportamento sub-humano, não está esquecida. A renúncia opera com Jesus, em toda a parte.  (...)
Descemos alguns metros e encontramos esquálida mulher estendida no solo.
Gúbio nela fixou os olhos muito lúcidos e, depois de alguns momentos, recomendou-nos seguir-lhe a observação acurada.
(...)
Percebi que a infeliz se cercava de três formas ovóides, diferençadas entre si nas disposições e nas cores, que me seriam, porém, imperceptíveis aos olhos, caso não desenvolvesse, ali, todo o meu potencial de atenção.
(...)
Elucidou Gúbio, sem detença:
- São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que perderam grandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta o ser.
Gastaram o perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam, irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência de amar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.
Auscultamos, de mais perto, a desventurada criatura.
Assumiu Gúbio a atitude de médico ante a paciente e os aprendizes.
A mulher sofredora, envolvida num halo de "força cinzento-escura", registrou-nos a presença e gritou, entre a aflição e a idiotia:
- Joaquim! Onde está Joaquim? Digam-me, por piedade! Para onde o levaram? Ajudem-me! Ajudem-me!
O nosso orientador tranquilizou-a com algumas palavras e, não lhe conferindo maior atenção, além daquela que o psiquiatra dispensa ao enfermo em crise grave, observou-nos:
- Examinem os ovóides! Sondem-nos, magneticamente, com as mãos.
Operei expedito.
Toquei o primeiro e notei que reagia, positivamente.
Liguei, num ato de vontade, minha capacidade de ouvir ao campo íntimo da forma e, assombrado, ouvi gemidos e frases, como que longínquos, pelo fio do pensamento:
- Vingança! Vingança! Não descansarei até ao fim...
Esta mulher infame me pagará...
Repeti a experiência com os dois outros e os resultados foram idênticos.
As exclamações transbordavam de cada um.
Após afagar a doente com fraternal carinho, analisando-a, atencioso, o Instrutor dirigiu-nos a palavra, esclarecendo:
- Joaquim será naturalmente o companheiro que a precedeu nas lides da reencarnação. Certo, já regressou à Terra mais densa, a fim de preparar-lhe lugar. A pobrezinha está esperando ensejo de retorno à luta benéfica. Vejo-lhe o drama cruel. Foi tirânica senhora de escravos no século que findou. (...) Foi jovem e bela, mas desposou, consoante o programa de provas salvadoras, um cavalheiro de idade madura, que, a seu turno, já assumira compromissos sentimentais com humilde filha do cativeiro. Embora a mudança natural de vida, à face do casamento, não abandonou ele o débito contraído. Em razão disso, a pobre mãe e escrava, ainda moça, penitente e desditosa, prosseguiu agregada à propriedade rural com os rebentos de seu amor menos feliz. Com a passagem do tempo, a esposa requestada e fascinante conheceu toda a extensão do assunto e revelou a irascibilidade que lhe povoava a alma. Dirigiu-se ao marido, colérica e violenta, dobrando-o aos caprichos que lhe exacerbavam a mente.
A escrava sofredora foi separada de ambos os filhos que possuía e vendida para uma região palustre onde em breve encontrou a morte pela febre maligna. Os dois rapazes, metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em frente da senzala. Acusados de ladrões, pelo capataz, a instâncias da senhora dominada de egoísmo terrificante, passaram a exibir pesada corrente no pescoço ferido. Viveram, no passado, sob humilhações incessantes. No curso de reduzidos meses caíram sem remissão, minados pela tuberculose que ninguém socorreu. Desencarnados,, reuniram-se à genitora revoltada, formando um trio perturbador na organização ruralista que os expulsara, sustentando sinistros propósitos de desforço. Não obstante convidados à tolerância e ao perdão por amigos espirituais que os visitavam frequentemente, nunca cederam um til nos planos sombrios em que penhoraram o coração. Atacaram desapiedados, a mulher que os tratara com dureza, impondo-lhe destrutivo remorso ao espírito vacilante e fraco. Dominando-lhe a vida psíquica, transformaram-se em perigosos carrascos invisíveis, utilizando todos os processos de luta suscetíveis de acentuar-lhe as perturbações. Adoeceu ela, por isso, gravemente, desafiando conselhos e mediadas de cura. Embora socorrida por médicos e padres diversos, não mais recobrou o equilíbrio orgânico. Arrasou-se-lhe o corpo físico, a pouco e pouco. Incapaz de expandir-se mentalmente, no idealismo superior, que corrige desvarios íntimos e facilita a cooperação vibratória das almas que respiram em esferas mais elevadas, a desditosa fazendeira sofreu, insulada no orgulho destrutivo que lhe assinalava o caminho, dez anos de mágoas constantes e indefiníveis. Claro que possuía amigos prontos a lhe estenderem generosas mãos por ocasião da morte do corpo que se tornou inevitável; contudo, quando nos enceguecemos no mal, inabilitamo-nos, por nós mesmos, à recepção de qualquer recurso do bem.
(...)
- Exonerada dos liames carnais, viu-se perseguida pelas vítimas de outro tempo, anulando-se-lhe a capacidade de iniciativa em virtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador. Padeceu muitíssimo, não obstante contemplada pela compaixão de benfeitores do Alto que sempre tentaram conduzi-la à humildade e à renovação pelo amor, mas o ódio permutado é uma fornalha ardente, mantenedora de cegueira e sublevação. Desencarnado o esposo, veio semilouco encontrá-la no mesmo invencível abatimento, incapaz de socorrê-la em vista das próprias dores que o constrangiam a difíceis retificações. Os impiedosos adversários prosseguiram na obra deplorável e ainda mesmo depois de perderem a organização perispirítica, aderiram a ela, com os princípios de matéria mental em que se revestem. A revolta e o pavor do desconhecido, com absoluta ausência de perdão, ligam-nos uns aos outros, quais algemas de bronze. A infeliz perseguida, na posição em que se encontra, não os vê, não os apalpa, mas sente-lhes a presença e ouve-lhes as vozes, através da inconfundível acústica da consciência. Vive atormentada sem direção. Tem o comportamento de um ser quase irresponsável.
A infortunada criatura não parecia registrar as informações, ditas ali em voz alta, e que lhe diziam respeito. Clamava amedrontada, pelo auxílio do companheiro.
Vali-me ainda do ensejo para algumas indagações.
- Diante deste quadro comovedor, como encarar a solução ? - desfechei a pergunta direta.
Gúbio, todavia, observou muito calmo:
(...)
- Tudo me faz crer que os missionários da caridade já lhe reconduziram o esposo às correntes da reencarnação e é de supor que esta irmã se ache em vias de seguir-lhe as pegadas, a breve tempo. Naturalmente, renascerá em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos imensos para reencontrar o ex-esposo e partilhar-lhe as experiências futuras. Então...
- Os inimigos ser-lhe-ão filhos? - indaguei ansioso, quebrando-lhe as reticências.
- Como não? Certamente, o caso já se encontra sob a jurisdição superior. Esta mulher retornará à carne, seguida pelas mentes dos adversários que aguardarão, junto dela, o tempo de imersão nos fluidos terrestres.
- Oh! - exclamei profundamente espantado - não se separará dos perseguidores, nem mesmo para o regresso? Tenho acompanhado reencarnações que invariavelmente se fazem seguidas de cautelas especiais...
- Sim, André - concordou o Instrutor - reparaste nos processos em que funcionaram elementos intercessores de vulto, atendendo-se à nobilitante missão dos interessados no futuro e, com o auxílio divino, semelhantes casos contam-se por milhões. Contudo existem, ainda, nos setores da luta humana que tornam ao mergulho da carne premidas pela compulsória do Plano Superior, de modo a expiarem delitos graves. Em ocorrências dessa ordem, a individualidade responsável pela desarmonia reinante converte-se em centro de gravitação das consequencias desequilibradas por sua culpa e assume o comando dos trabalhos de reajustamento, sempre longos e complicados, de acordo com os ditames da Lei.
Compreendendo meu assombro, Gúbio considerou:
- Por que a estranheza? Os princípios de atração governam o Universo inteiro. Nos sistemas planetários e nos sistemas atômicos vemos o núcleo e os satélites.
Na vida espiritual, os ascendentes essenciais não diferem. Se os bons representam centros de atenção dos Espíritos que se lhes afinam pelos ideais e tendências, os grandes delinqüentes se transformam em núcleos magnéticos das mentes que se extraviaram da senda reta, em obediência a eles. Elevamo-nos com aqueles que amamos e redimimos ou rebaixamo-nos com aqueles que perseguimos e odiamos.
As afirmativas inspiravam-me profundos pensamentos, quanto à grandeza das leis que regem a vida e, atento à meditação daquele instante, evitei novas perguntas.
O Instrutor acariciou a fronte da criatura desventurada, envolvendo-a, intencionalmente, numa benção de fluidos divinos e acrescentou:
- Pobre irmã! Que o Céu a fortaleça na jornada por empreender! Seguida de perto pela influência dos seres que com ela se projetaram no abismo mental do ódio, terá infância dolorosa e sombria pelos pesares desconhecidos que se lhe acumularão, incompreensivelmente, na alma opressa. Conhecerá enfermidades de diagnose impossível, por enquanto, no quadro dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível atuação dos inimigos de outra época... Terá mocidade torturada por sonhos de maternidade e não repousará, intimamente, enquanto não oscular, no próprio colo, os três adversários convertidos, então, em filhinhos tenros de sua ternura sedenta de paz... Transportará consigo três centros vitais desarmônicos e, até que os reajuste na forja do sacrifício, recambiando-os à estrada certa, será, na condição de mãe, um imã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de dor.

O estudo era, sem dúvida, absorvente e fascina
Conclusão:
Questões para estudo:

1) Como podemos entender a seguinte frase: "... o  homem comum não possui senão vaga idéia da importância  das criações mentais na própria vida."?

Comentário:
Em A gênese, capítulo XIV, item 14, há a explicação de que "os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, manipulando-os por meio do pensamento e da vontade. Imprimem a esses fluidos esta ou aquela direção; aglomeram-nos, combinam-os ou dispersam-nos; com eles formam conjuntos de aparência, forma ou cor determinados; modificam-lhes as propriedades. É a grande oficina ou laboratório, da vida espiritual. Basta ao espírito pensar alguma coisa, para que esta se produza, assim como basta modular uma ária, para que esta repercuta na atmosfera."
Assim, o pensamento, ou a mente, pode modificar as propriedades dos fluidos ao nosso redor e esta ação irá gerar consequências de importância direta para nós e para quem está a nossa volta e dentro do aspecto moral veremos a mente exteriorizar ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, violência, bondade, amor, caridade, fraternidade, etc.. e , ainda, pelo aspecto físico de sentir, são as sensações que temos: irritação, excitação, calma, tranquilidade, etc..
E esta natureza do pensamento ou mente de expandir, materializar sua própria criação, faz com que a irradiação expanda-se misturando com a irradiação do outro ou dos outros, gerando, então, a sintonia.
A sintonia é feita da união dos fluidos de natureza similares: o ruim atrai o ruim, o bom atrai o bom ; mas o bom afasta o ruim.
Os ambientes tb, sejam neste ou noutro plano, ficam impregnados dos fluidos que as mentes/espíritos irradiam e que adquirem formas, movimentos, direção e tonalidades.
No entanto, apesar desses conhecimentos intelectuais que nós temos, e que outros somente vaga idéia fazem deles; não conseguimos ainda ter uma percepção maior da força e poder que temos através de nossas mentes/pensamentos e das consequentes criações que eles acabam por formar materialmente.

2) No capítulo estudado falou-se a respeito das influências que redundam em deformidades do perispírito chegando-se a estágios como os de "ovóides". Como se dá esse processo? O que o causa? De que forma busca-se retirar alguém de um estágio de  "ovóide"?

Comentários:
Como se dá esse processo ?
 O ovóide é uma conseqüência da transformação que sofre o perispírito, lesionado por atos e pensamentos do espírito, fazendo com que este perca, no mundo espiritual, sua forma humana. Essa transformação se dá em espíritos ainda muito atrasados em sua evolução, espíritos ainda arraigados na prática do mal e que não querem se modificar

 O que o causa?
 O comprometimento ante as leis divinas de forma reiterada, ocasionando, pois, terríveis, grandes e dolorosas dívidas. Salientando que tais dívidas são oriundas, provavelmente, uma vez que referido estado consciencial dificilmente ocorre devida a erros dirigidos a nós mesmos, de grandes faltas  para com muitos outros irmãos.

 De que forma  busca-se retirar alguém de um estágio de  "ovóide"?
 É através do amor que haverá a recuperação de nossos irmãos estagnados.
 “a ciência de amar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.” (Gúbio)

3) Apesar dos débitos, a mulher sofredora poderia ter evitado o assalto dos "ovóides"; ou pelo menos minimizado. De que forma isso seria possível?

Comentário:
 Inicialmente, se ela tivesse sido , enquanto encarnada, detentora de compreensão que sabe perdoar, vigilante a seus pensamentos e atos, provavelmente não estaria vivenciando a situação atual.; uma vez que de seus próprios atos ocasionou-se todos os outros que culminaram com os narrados por André Luis.
 Posteriormente poderia ter evitado a situação se tivesse ela evitado a cegueira oriunda do orgulho destrutivo e aceito o socorro de amigos espirituais.

3) No capítulo estudado, André Luiz constatou que  existem tipos diferentes de reencarnação. Quais são?  Quando ocorrem?
Comentários:
A finalidade da reencarnação é fazer o espírito alcançar a Perfeição através das sucessivas vidas no corpo físico e, de experiência em experiência, vai adquirindo progresso intelectual e moral, até alcançar a Perfeição, porque o Espírito tem a irresistível necessidade de sair da inferioridade e alcançar a felicidade (in: O Livro dos Espíritos, item 1006).
 A reencarnação é analisada, avaliada, de acordo com a necessidade de progresso do Espírito. É individual, logo não há um padrão reencarnatório, há a necessidade espiritual de cada um.
 Pode-se reencarnar como missão, como prova ou expiação, ou então por necessidade compulsória, como no caso em estudo.
 Se o espírito não tem condições de escolha das suas provas, seria a necessidade compulsória,  estas são escolhidas por espíritos superiores, com condições de programar as necessidades do espírito, lembrando sempre que estas escolhas nunca são superiores às forças espirituais ou morais do reencarnante, e visam principalmente a reeducação e o progresso do Espírito.
 Há Espíritos superiores com reencarnação em mundos de evolução moral inferior, seria a missionária. Temos vários exemplos de espíritos de grande envergadura que, por amor à humanidade, reencarnaram entre nós sem ter nenhum débito, ou nada a expiar. Nosso maior exemplo é Jesus.
 No momento em que o Espírito passa a ter consciência para realizar suas próprias escolhas, seria a de provas e expiações, já possui noção dos efeitos de suas decisões passadas e consciência da reparação futura, além da evolução a que todos nós estamos sendo chamados permanentemente.

5) Conforme o descrito no capítulo, de que forma os  "ovóides" se ligaram à mulher sofredora?
Comentário:
 Pela sintonia.
 A sintonia é feita da união dos fluidos de natureza similares: o ruim atrai o ruim, o bom atrai o bom.
 No caso estudado, a sintonia por desejos de vingança.

6) Ficou claro no capítulo estudado que mesmo  reencarnados podemos manter ligadas entidades as quais  possuímos débitos (a mulher sofredora mesmo quando  reencarnada terá a companhia dos "ovóides" até que os  mesmos reencarnem em seu seio familiar).  Por que isso é permitido? O que isso pode acarretar na vida do reencarnado?

Comentário:
É a Lei de causa e efeito. É a Lei de Amor.
A reencarnação não é um castigo, uma vez que cada um de nós constrói o seu futuro através dos seus pensamentos e dos seus atos.
Somos chamados, permanentemente, a evoluir e neste evoluir os efeitos das decisões passadas geram a reparação futura.
Deus é absolutamente bom e justo. Deixa a cada um a escolha dos seus caminhos.
De encarnação em encarnação, de experiência em experiência, o Espírito vai conquistando sua bagagem interior com rumo e direção à evolução e ao aperfeiçoamento
As provas que o espírito reencarnante viverá serão em conformidade com a natureza de suas faltas, e as que o levam à expiação destas e a progredir mais depressa, respeitando-se as suas forças espirituais/morais e visando, principalmente, a sua  reeducação e o seu progresso.

“Nascer, Viver, Morrer, Renascer ainda, Progredir Sempre Tal é a Lei”
    (Allan Kardec)

Equipe Nosso Lar - CVDEE

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