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domingo, 20 de dezembro de 2015

Céu inferno_003_1ª parte Capítulo II Temor da morte (itens 1 a 5)

Céu inferno_003_1ª parte Capítulo II  Temor da morte (itens 1 a 5)

Tema 003 - 1ª parte/Capítulo II: Temor da morte (itens 1 a 5) - Resumo

1 - O homem, seja qual for a escala de sua posição social, tem o sentimento inato do futuro; diz-lhe a intuição que a morte não é a última fase da existência. A crença da imortalidade é intuitiva e muito mais generalizada do que a do nada. Entretanto, a maior parte dos que nele crêem apresentam-se- os possuídos de grande amor às coisas terrenas e temerosos da morte! Por quê?

2 - Este temor é um efeito da sabedoria da Providência e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os viventes. Ele é necessário enquanto não se está suficientemente esclarecido sobre as condições da vida futura.

3 - A proporção que o homem compreende melhor a vida futura, o temor da morte diminui; uma vez esclarecida a sua missão terrena, aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente. A certeza da vida futura dá-lhe outro curso às idéias, outro fito ao trabalho. A certeza de reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera na Terra, de não perder um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrestre. A solidariedade entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na Terra, onde a fraternidade e a caridade têm desde então um fim e uma razão de ser, no presente como no futuro.

4. - Para libertar-se do temor da morte é mister poder encará-la sob o seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrado pelo pensamento no mundo espiritual, fazendo dele uma idéia tão exata quanto possível. Para isso, porém, necessita o Espírito de uma força só adquirível na madureza.
O temor da morte decorre, portanto, da noção insuficiente da vida futura, embora denote também a necessidade de viver e o receio da destruição total; igualmente o estimula secreto anseio pela  sobrevivência da alma, velado ainda pela incerteza. Esse temor decresce, à proporção que a certeza aumenta, e desaparece quando esta é completa.

5 - Este estado de coisas é entretido e prolongado por causas puramente humanas, que o progresso fará desaparecer. A primeira é a feição com que se insinua a vida futura, que causa a incredulidade de uns e a crença dúbia de um grande número. A vida futura é-lhes uma idéia vaga, antes uma probabilidade do que certeza absoluta.
E depois, acrescentam, definitivamente que é a alma? Um ponto, um átomo, uma faísca, uma chama? Como se sente, vê ou percebe? E que a alma não lhes parece uma realidade efetiva, mas uma abstração. Justifica-se assim a preferência ao positivismo da vida terrestre, que algo possui de mais substancial. É considerável o número dos dominados por este pensamento.

 Questões para estudo:

1) Cite três fatores que explicam o temor que os homens têm da morte.

2) Como podemos entender a _madureza_ de que fala Kardec, como indispensável para suportar as dificuldades da vida terrena?

3) Como a educação que recebemos e a cultura em que vivemos podem ampliar o receio a respeito da morte?

4) O que é necessário para se começar a vencer o temor da morte?

Questões para estudo:

1) Cite três fatores que explicam o temor que os homens têm da morte.

1 - Instinto de conservação (necessidade de viver, anseio pela sobrevivência);

2 - Noção insuficiente da vida futura, gerando um receio da destruição total;

3 - Apego às sensações, prazeres e paixões materiais.

2) Como podemos entender a _madureza_ de que fala Kardec, como indispensável para suportar as dificuldades da vida terrena?

A madureza é a condição do que se acha plenamente desenvolvido. A madureza de que nos fala Kardec é moral. Quanto mais evangelizados, mais conscientes seremos dos objetivos da vida física. A morte vai-se constituindo na porta que se abre para a plenitude da vida. Deriva daí a necessidade de bem aproveitarmos os instantes aqui, disponibilizados por Deus, para o refazimento de nossos enganos do passado e nos disponhamos a suportar as dificuldades da vida terrena que nada mais são do que reações aos nossos atos presentes e passados, com fé e determinação. E acima de tudo, praticando a caridade, crescendo em amor e sabedoria.

3) Como a educação que recebemos e a cultura em que vivemos podem ampliar o receio a respeito da morte?

Tanto a Educação quanto a Cultura ainda não descortinaram conceitos como: morte, vida futura e alma.  Enquanto houver dúvida, haverá medo.
A idéia vaga, que nos é apresentada como verdade absoluta, nos fala de princípios que, na maioria das vezes, aumentam o nosso receio sobre a morte. Idéias de que a morte é o fim de tudo, que existe um inferno de onde ninguém sai, que não encontraremos nossos seres amados, tudo isso nos faz temer a morte. A morte é rodeada de cerimônia lúgubre, infundindo terror às crianças.
Se recebermos uma educação baseada na lógica, muito dificilmente acreditaremos em tais idéias. Os pais influenciam muito, pois os filhos sempre acham que os pais estão com a razão. Por isso, devemos estar sempre abertos a idéias novas e analisá-las. Para isso, é preciso antes de tudo da fé raciocinada, que nos permite selecionar as informações a respeito da morte.

4) O que é necessário para se começar a vencer o temor da morte?

Encará-la em seu verdadeiro ponto de vista, isto é, penetrando pelo pensamento no mundo spiritual, fazendo dele uma idéia tão exata quanto possível, revelando por parte do Espírito encarnado um desenvolvimento e aptidão para desprender-se da matéria.

É preciso entender que a morte não passa de um fenômeno biológico. O espírito continua mergulhado na vida, a qual existia antes do berço e prosseguirá depois do túmulo.

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