Céu inferno_003_1ª
parte Capítulo II Temor da morte (itens 1 a 5)
Tema 003 - 1ª parte/Capítulo II: Temor da morte (itens 1 a 5) -
Resumo
1 - O homem, seja qual for a escala de sua
posição social, tem o sentimento inato do futuro; diz-lhe a intuição que a
morte não é a última fase da existência. A crença da imortalidade é intuitiva e
muito mais generalizada do que a do nada. Entretanto, a maior parte dos que
nele crêem apresentam-se- os possuídos de grande amor às coisas terrenas e
temerosos da morte! Por quê?
2 - Este temor é um efeito da sabedoria da
Providência e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os
viventes. Ele é necessário enquanto não se está suficientemente esclarecido
sobre as condições da vida futura.
3 - A proporção que o homem compreende melhor
a vida futura, o temor da morte diminui; uma vez esclarecida a sua missão
terrena, aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente. A certeza da vida
futura dá-lhe outro curso às idéias, outro fito ao trabalho. A certeza de
reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera na
Terra, de não perder um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se
incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e
coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrestre. A
solidariedade entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na
Terra, onde a fraternidade e a caridade têm desde então um fim e uma razão de
ser, no presente como no futuro.
4. - Para libertar-se do temor da morte é
mister poder encará-la sob o seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter
penetrado pelo pensamento no mundo espiritual, fazendo dele uma idéia tão exata
quanto possível. Para isso, porém, necessita o Espírito de uma força só
adquirível na madureza.
O temor da morte decorre, portanto, da noção
insuficiente da vida futura, embora denote também a necessidade de viver e o
receio da destruição total; igualmente o estimula secreto anseio pela
sobrevivência da alma, velado ainda pela incerteza. Esse temor decresce,
à proporção que a certeza aumenta, e desaparece quando esta é completa.
5 - Este estado de coisas é entretido e
prolongado por causas puramente humanas, que o progresso fará desaparecer. A
primeira é a feição com que se insinua a vida futura, que causa a incredulidade
de uns e a crença dúbia de um grande número. A vida futura é-lhes uma idéia
vaga, antes uma probabilidade do que certeza absoluta.
E depois, acrescentam, definitivamente que é
a alma? Um ponto, um átomo, uma faísca, uma chama? Como se sente, vê ou
percebe? E que a alma não lhes parece uma realidade efetiva, mas uma abstração.
Justifica-se assim a preferência ao positivismo da vida terrestre, que algo
possui de mais substancial. É considerável o número dos dominados por este
pensamento.
Questões para estudo:
1) Cite três fatores que explicam o temor que
os homens têm da morte.
2) Como podemos entender a _madureza_ de que
fala Kardec, como indispensável para suportar as dificuldades da vida terrena?
3) Como a educação que recebemos e a cultura
em que vivemos podem ampliar o receio a respeito da morte?
4) O que é necessário para se começar a
vencer o temor da morte?
Questões para estudo:
1) Cite três fatores que explicam o temor que
os homens têm da morte.
1 - Instinto de conservação (necessidade de
viver, anseio pela sobrevivência);
2 - Noção insuficiente da vida futura,
gerando um receio da destruição total;
3 - Apego às sensações, prazeres e paixões
materiais.
2) Como podemos entender a _madureza_ de que
fala Kardec, como indispensável para suportar as dificuldades da vida terrena?
A madureza é a condição do que se acha
plenamente desenvolvido. A madureza de que nos fala Kardec é moral. Quanto mais
evangelizados, mais conscientes seremos dos objetivos da vida física. A morte
vai-se constituindo na porta que se abre para a plenitude da vida. Deriva daí a
necessidade de bem aproveitarmos os instantes aqui, disponibilizados por Deus,
para o refazimento de nossos enganos do passado e nos disponhamos a suportar as
dificuldades da vida terrena que nada mais são do que reações aos nossos atos
presentes e passados, com fé e determinação. E acima de tudo, praticando a
caridade, crescendo em amor e sabedoria.
3) Como a educação que recebemos e a cultura em
que vivemos podem ampliar o receio a respeito da morte?
Tanto a Educação quanto a Cultura ainda não
descortinaram conceitos como: morte, vida futura e alma. Enquanto houver
dúvida, haverá medo.
A idéia vaga, que nos é apresentada como
verdade absoluta, nos fala de princípios que, na maioria das vezes, aumentam o
nosso receio sobre a morte. Idéias de que a morte é o fim de tudo, que existe
um inferno de onde ninguém sai, que não encontraremos nossos seres amados, tudo
isso nos faz temer a morte. A morte é rodeada de cerimônia lúgubre, infundindo
terror às crianças.
Se recebermos uma educação baseada na lógica,
muito dificilmente acreditaremos em tais idéias. Os pais influenciam muito,
pois os filhos sempre acham que os pais estão com a razão. Por isso, devemos
estar sempre abertos a idéias novas e analisá-las. Para isso, é preciso antes
de tudo da fé raciocinada, que nos permite selecionar as informações a respeito
da morte.
4) O que é necessário para se começar a vencer
o temor da morte?
Encará-la em seu verdadeiro ponto de vista,
isto é, penetrando pelo pensamento no mundo spiritual, fazendo dele uma idéia
tão exata quanto possível, revelando por parte do Espírito encarnado um
desenvolvimento e aptidão para desprender-se da matéria.
É preciso entender que a morte não passa de
um fenômeno biológico. O espírito continua mergulhado na vida, a qual existia
antes do berço e prosseguirá depois do túmulo.
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