Nl04 01
Ouvindo Elucidações
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo
do Espiritismo
Sala Virtual de Estudos Nosso Lar
Estudos destinados às obras de André Luiz
Obra em estudo: Libertação
Livro em estudo : Libertação
Referência: Capítulo 01.
Tema: Ouvindo Elucidações
Resumo do Capítulo:
No vasto salão do educandário que nos reunia,
o Ministro Flácus, fixando em nós o olhar saturado de doce magnetismo,
convidava-nos a preciosas meditações..
.. Até então, ouvira comentários
alusivos a colônias purgatoriais, perfeitamente organizadas para o
trabalho expiatório a que se destinam, arrebanhando milhares de criaturas
arraigadas no mal... O Instrutor Gúbio concedera-nos a permissão de
acompanhá-lo a enorme centro dessa espécie.
... Senhoreando-nos o espírito, o Ministro
prosseguia satisfeito:
- Os superiores que se disponham a trabalhar
em benefício dos inferiores, em ação persistente e substancial, não lhes podem
utilizar as armas, sob pena de se precipitarem no baixo nível deles. A
severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que
serve.
... Sabemos que a educação, na maioria das
vezes parte da periferia para o centro; contudo, a renovação, traduzindo
aperfeiçoamento real, movimenta-se em sentido inverso...
... O espírito humano lida com a força da
mente tão quanto maneja a eletricidade...
... A rigor portanto, não temos círculos
infernais de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se mostram
indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e sim, esferas obscuras em
que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizadas no ócio
deplorável ou confundidas no eclipse temporário da razão. Desesperadas e
insubmissas, criam zonas de tormentos reparadores...
É forçoso reconhecer que a organização
humana, por si só, não atende ás exigências do ser imperecível.
... Cristo não brilha apenas pelo ensinamento
sublimado. Resplandece na demonstração. Em companhia d'Ele, é indispensável
mantenhamos a coragem de amparar e salvar, descendo aos recessos do abismo...
Não longe de nossa paz relativa, em círculos
escuros, misturam-se milhões de seres conclamando comiseração... Por que não
acender piedosa luz, dentro a noite?? Porque não semear esperança entre
corações que abdicaram da fé em si mesmos?
... Somos entidades ainda infinitamente
humildes e imperfeitas para nos candidatarmos, de pronto à condição de anjos...
... Expressando-nos coletivamente, sabemos
hoje que o espírito humano lida com a razão há 40 mil anos... Todavia com o
mesmo ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro a golpes de
sílex, o homem da atualidade extermina o próprio irmão a tiros de fuzis...
.. Frustrados em suas aspirações de vaidoso
domínio celestial, homens e mulheres de todos os climas e civilizações, depois
da morte, esbarram em regiões menos elevadas em que se prolongam as
atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única
felicidade digna do impulso de conquistar...
É que confinados ao berço escabroso da
ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e perseguições
recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutiliza o tempo não se apercebem
da situação dolorosa em que se acham...
...Fora do amor verdadeiro, toda união é
temporária...
... A mente infantil da Terra, nunca pôde
aprender mais intensivamente a realidade espiritual que nos governa os
destinos...
... Satã é a inteligência perversa... O mal é
o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos
propósitos de Senhor...
Questões para estudo:
1 - Explique: "- Os superiores que se
disponham a trabalhar em benefício dos inferiores, em ação persistente e
substancial, não lhes podem utilizar as armas, sob pena de se precipitarem no
baixo nível deles. A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o
companheiro daquele que serve."
2 - "... A rigor portanto, não temos
círculos infernais de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se
mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e sim, esferas
obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizadas
no ócio deplorável ou confundidas no eclipse temporário da razão. Desesperadas
e insubmissas, criam zonas de tormentos reparadores..."
Se então não existem os círculos infernais,
como entender onde estão os espíritos "presos" no Umbral? O que é o
Umbral?
3 - "... Cristo não brilha apenas pelo
ensinamento sublimado. Resplandece na demonstração. Em companhia d'Ele, é
indispensável mantenhamos a coragem de amparar e salvar, descendo aos recessos
do abismo..."
Por esta afirmação podemos entender como
verdadeiros estes 2 aspectos:
a) De nada vale ensinar e conhecer se não é
praticado todo o conhecimento que se tem;
b) Devemos então interceder por qualquer
irmão nosso para salvarmo-lo ou mesmo amenizar sua dor? Podemos ir até "o
inferno" seu estado consciencial que criou para salva-lo??
4 - " ... Expressando-nos coletivamente,
sabemos hoje que o espírito humano lida com a razão há 40 mil anos... Todavia
com o mesmo ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro
a golpes de sílex, o homem da atualidade extermina o próprio irmão a tiros de
fuzis..."
Podemos diante desta afirmativa entender que
então em 40 mil anos nós homens não evoluímos nadinha com relação ao tema
extermínio?
5 - "... A mente infantil da Terra,
nunca pôde aprender mais intensivamente a realidade espiritual que nos governa
os destinos..."
Afora a programação que viemos cumprir (de expiação
ou provação), podemos acreditar em destino? Naquela história que tudo está
determinado e será como está anotado em nosso livrinho?
6 - "... Satã é a inteligência
perversa... O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido
contrário aos propósitos de Senhor..."
Então aquela conhecida história de Lúcifer, o
anjo vaidoso de Deus que queria seu trono e por isso foi expulso do céu para
reinar na terra ou inferno não existe?
Então os "espíritos da esquerda"
não tem um "chefão"?
O que são espíritos da esquerda?
Conclusão:
Prosseguindo
no estudo da preciosa obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier, estamos
iniciando o estudo do livro Libertação, o sétimo da esclarecedora coletânea que
nos foi legada pelo Autor.
Nessa obra, André Luiz continua nos trazendo
conhecimentos sobre a realidade da vida no mundo espiritual, que constituem
segundo alguns, uma verdadeira revelação dentro da revelação maior que é o
Espiritismo. Esclarecendo-nos através da narrativa de seu trabalho nas equipes
espirituais de socorro aos sofredores, o Autor se tornou conhecido
como o "Repórter do Além", por nos trazer conhecimentos
tão detalhados quanto inéditos a cerca do outro plano de vida.
Mais uma vez, o Autor está engajado no
trabalho de socorro em regiões de baixa vibração,
onde habitam espíritos sofredores, obstinados
na prática do mal. Agora, acompanhando o
Instrutor Gúbio, os benfeitores visitam uma região de densa vibração,
envolvendo-se com espíritos obsessores, verdadeiros carrascos
espirituais, junto aos quais realizam um trabalho de convencimento
à fé cristã, ao mesmo tempo em que trabalham
para neutralizar suas ações maléficas.
Nesse
primeiro capítulo, os benfeitores espirituais comparecem a uma assembléia em
que entidade de alta elevação - o Ministro Flácus - proferiu instrutiva palestra
acerca do verdadeiro sentido da fé cristã, da caridade e do destino das almas
após a morte do corpo físico. Ressalta o ensinamento espírita a
respeito dos chamados "céu" e "inferno" e dos espíritos
obstinados no mal.
QUESTÕES
PROPOSTAS PARA ESTUDO
1 - Explique: "- Os superiores que se
disponham a trabalhar em benefício dos inferiores, em ação persistente e
substancial, não lhes podem utilizar as armas, sob pena de se precipitarem no
baixo nível deles. A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o
companheiro daquele que serve."
Os mais
evoluídos, aqueles que estão encarregados de trabalhar pelo progresso dos
que se encontram em estágio inferior, não devem se utilizar dos mesmos
sentimentos que dominam os necessitados. Se o irmão está arraigado na
pratica do mal, há que se educá-lo com amor, ministrando-lhe os ensinamentos do
Evangelho. Utilizar-se das mesmas armas que ele se utiliza seria a ele se
equiparar, num processo de nivelamento por baixo. A transformação deve se
operar pelo convencimento e não pelo uso da força.
2 -
"... A rigor portanto, não temos círculos infernais de acordo com os
figurinos da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos
de todas as épocas e sim, esferas obscuras em que se agregam consciências
embotadas na ignorância, cristalizadas no ócio deplorável ou confundidas
no eclipse temporário da razão. Desesperadas
e insubmissas, criam zonas de tormentos reparadores..."
Se então não existem os círculos infernais, como entender onde estão
os espíritos "presos" no Umbral? O que é o Umbral?
O Ministro Flácus quis explicar que não
existem regiões demarcadas como infernos, habitadas por seres eternamente
dedicados à prática do mal. Como, aliás, os Espíritos responderam a Kardec na
questão 1.012 de O Livro dos Espíritos. O inferno e o céu, como
regiões físicas, são alegorias criadas pelo homem. Espíritos bons e maus
existem em toda parte. No entanto, a lei de sintonia atrai os espíritos da
mesma ordem, que se reúnem por simpatia. Onde quer que estejam reunidos
espíritos atrasados, em sofrimento e que dedicam sua existência à prática
reiterada do mal, aí será o "inferno".
Quanto ao Umbral, revelado por André Luiz no
livro Nosso Lar, é uma região onde se reúnem, também pela atração, espíritos em
expiação, com dores físicas e morais a serem suportadas, decorrentes de faltas
praticadas contra a lei de Deus. Também não se trata de região demarcada
territorialmente, mas de qualquer região do espaço universal onde esses
espíritos venham a se reunir.
3 - "... Cristo não brilha apenas pelo ensinamento sublimado.
Resplandece na
demonstração. Em companhia d'Ele, é indispensável mantenhamos a coragem de
amparar e salvar, descendo aos recessos do abismo..."
Por esta afirmação podemos entender como
verdadeiros estes dois aspectos:
a) De nada vale ensinar e conhecer se não é
praticado todo o conhecimento que se tem;
b) Devemos, então, interceder por qualquer
irmão nosso para o salvarmos ou mesmo amenizar sua dor? Podemos ir
até "o inferno", seu estado consciencial que criou, para salvá-lo?
Sem dúvida nenhuma, a fé sem obras é morta,
como disse Tiago em sua Carta aos primeiros cristãos. O ensinamento
baseado no conhecimento adquirido é precioso, porém nada ou muito pouco vale se
não acompanhado pelo exemplo, através da prática do que se ensina. A
intercessão por qualquer irmão necessitado é uma imposição da Lei de Amor que o
Cristo veio nos ensinar. Não para salvá-lo, pois isso somente ele próprio pode
fazer.
Mas, para esclarecê-lo, para minorar seu
sofrimento, para auxiliá-lo a encontrar o caminho reto da evolução.
4 - "... Expressando-nos coletivamente,
sabemos hoje que o espírito humano lida com a razão há 40 mil anos... Todavia
com o mesmo ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro a
golpes de sílex, o homem da atualidade extermina o próprio irmão a tiros de
fuzis..."
Podemos diante desta afirmativa entender que
então em 40 mil anos nós homens não evoluímos nadinha com relação ao tema
extermínio?
Devemos entender que, ao longo de todos esses
milênios, moralmente, a humanidade evoluiu, bem menos que o desejado. Pelas
próprias palavras do benfeitor, vemos que a evolução intelectual foi maior.
Antes, exterminava-se a golpe de sílex; hoje, através de armas de fogo. O
instrumento utilizado para a exterminação evoluiu; mas a moral que
deveria evitá-la não.
5 - "... A mente infantil da Terra,
nunca pode aprender mais intensivamente a realidade espiritual que nos governa
os destinos..."
Afora a programação que viemos cumprir (de
expiação ou provação), podemos acreditar em destino? Naquela história que tudo
está determinado e será como está anotado em nosso livrinho?
Antes de reencarnar, utilizando-se do seu
livre-arbítrio, o espírito escolhe o gênero de provas por que há de
passar. Se considerarmos essas provas como destino, sim, o nosso destino está
determinado. Mas não como obra do acaso, como resultado de determinismo estabelecido
por Deus. As provas por que o espírito tem de passar são resultado de seus atos
e pensamentos e a responsabilidade pelas conseqüências que tiverem é unicamente
sua.
6 -
"... Satã é a inteligência perversa... O mal é o desperdício do tempo ou o
emprego da energia em sentido contrário aos propósitos de Senhor..."
Então aquela conhecida história de Lúcifer, o
anjo vaidoso de Deus que queria seu trono e por isso foi expulso do céu para
reinar na terra ou inferno não existe? Então os "espíritos da
esquerda" não tem um "chefão"? O que são espíritos da esquerda?
Assim como o Céu e o Inferno como regiões
territoriais, como o Diabo e Satã, Lúcifer é também uma alegoria humana, criada
para explicar o que o homem da época não tinha conhecimento para fazê-lo. A
expressão "espíritos da esquerda" refere-se a espíritos mais atrasados,
sofredores, praticantes do mal. É uma alusão à passagem citada
por Mateus (25,31-46), em que Jesus diz que, no Juízo Final, o Rei
colocará à direita os bons espíritos e à esquerda os maus.
Muita paz a todos.
Equipe Nosso Lar
CVDEE
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