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segunda-feira, 21 de março de 2016

NADA

Nada

O molho de verde grama,
Cortado inerme e pendente
Sobre o rio que o reclama,
Rodopia inutilmente.

Na água que se derrama
Desde o berço da corrente,
Segue o rio e fica a rama
No bailado incongruente.

A vida de muitas almas
Teimosas, tristes e incalmas,

Assim, estranha, decorre...
A inércia, mesmo agitada,
É sombra, ruído, nada
Para o ser que nunca morre.

Espírito: B. Lopes
Bernardino da Costa Lopes
Médium: Francisco Candido Xavier
Livro: Antologia dos Imortais

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