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terça-feira, 29 de março de 2016

Dicas Para Estudar O Evangelho 6 - Quadro comparativo dos evangelhos sinóticos

Dicas Para Estudar O Evangelho 6
SEMU - Sociedade Espírita Mãos Unidas - Ivan Renê Franzolim

 Quadro comparativo dos evangelhos sinóticos

Lucas Prefácio e dedicatória

Lucas Prelúdio História da infância
Mateus História da infância


Lucas Pregação de Batista – Batismo - Tentação de Jesus
Mateus Pregação de Batista – Batismo - Tentação de Jesus
Marcos Prelúdio João Batista – Batismo - Tentação de Jesus


Lucas Primeira Parte Ministério de Jesus na Galileia
Mateus Primeira Parte Ministério de Jesus na Galileia
Marcos Primeira Parte Ministério de Jesus na Galileia


Lucas Segunda Parte Viagem da Galileia para Jerusalém
Mateus Segunda Parte Pregação ambulante Viagem da Galileia para Jerusalém
Marcos Segunda Parte Ministério de Jesus sobretudo fora da Galileia


Lucas Terceira Parte Últimos dias de Jesus em Jerusalém - Crucificação
Mateus Terceira Parte Últimos dias de Jesus em Jerusalém - Crucificação
Marcos Terceira Parte   Última Ceia – Crucificação - Ressurreição


Lucas História da ressurreição
Mateus História da ressurreição
Marcos Apêndice (Conclusão de Marcos)

O Evangelho Segundo Mateus contém cerca de 600 versículos (56%) semelhantes aos encontrados no Evangelho de Marcos. O Evangelho Segundo
Lucas apresenta cerca de 380 versículos (33%) parecidos com os versículos do Evangelho Segundo Marcos.
Este último tem apenas 31 versículos (5%) sem paralelo em Mateus ou Lucas.
Em Mateus existem aproximadamente 300 versículos (28%) sem paralelo e em Lucas há cerca de 500 (43%).


Os "milagres" de Jesus sob a ótica espírita
O espiritismo adota o conceito da ciência quanto aos fenômenos denominados de milagres, entendendo que eles, simplesmente não existem! A ciência parte da premissa que a natureza obedece a leis naturais; sua função é descobrir essas leis e agir sobre as causas, para fazer que o mesmo fenômeno se reproduza quando for desejado. Quando um determinado fenômeno não se explica com as leis já conhecidas, a ciência segue dois caminhos: considera que houve algum tipo de artifício/mal-entendido ou que é preciso estudar e pesquisar mais sobre o assunto. Em relação as ocorrências contidas nos evangelhos, a ciência tem preferido seguir apenas pelo primeiro caminho.
A ciência espírita, embora também se baseie na existência de leis naturais, difere da ciência oficial, por acreditar que elas atuam sobre a parte espiritual da criação, refletindo na matéria. Difere ainda, de modo fundamental, quando aceita a existência e o uso de um sentido novo conhecido por mediunidade, além dos cinco conhecidos, para aplicar os métodos experimentais necessários ao exame e estudo científico dos fatos.
Para o espiritismo, sendo perfeito Criador - perfeitas são suas leis e naturais os fenômenos da vida. É difícil para nós - os humanos, imaginarmos um sistema perfeito que atenda a todas as necessidades sem apresentar qualquer desvantagem e ainda possa acompanhar a transformação do mundo, trazendo só benefícios e assegurando um bom destino a toda a criação, variando apenas a dimensão temporal.
Paradoxalmente à perfeição absoluta que entendemos o Criador, acabamos pensando que há erros, injustiças, esquecimentos. Acabamos imaginando que precisamos alertar e pedir constantemente a interferência divina em nosso dia-a-dia.
Acabamos concluindo que Deus atende aos desejos de uma minoria privilegiada, curando uns, oferecendo uma sobrevida a outros, mas deixando multidões submetidas aos mais diferentes tipos de sofrimento. O espiritismo veio explicar, ou melhor, dar as primeiras explicações sobre a lei de ação e reação que faz repercutir em cada um os seus próprios atos e pensamentos, a lei de cooperação, a lei de sintonia, a lei de progresso, a lei de justiça e outras tantas que apesar de derrubarem nossa crença nos milagres, faz engrandecer ainda mais nossa compreensão de Deus, aumentando nossa confiança, trazendo explicações e consolo em nossos problemas, dando forças para enfrentar as dificuldades, motivando e oferecendo subsídios para a nossa transformação interior rumo à felicidade plena.
Historicamente, o homem sempre necessitou do amparo da dor ou do fenômeno surpreendente, para acreditar em Deus, em si mesmo e nas forças naturais do universo que escapam ao exame dos sentidos comuns. Por isso os milagres tem tido um papel relevante na transformação moral do homem. Todavia, na medida em que os ser cresce e se desenvolve, deixa para trás o período natural de infância e passa a não precisar dos mesmos estímulos para sentir, crer e entender. A doutrina espírita atinge primeiro os seres que almejam mais conhecimentos e anseiam pela depuração de seus sentimentos.
Acima de toda a nova compreensão que hoje temos, os milagres ainda nos encantam, particularmente aqueles ocorridos pela influência do mestre Jesus. É fascinante ler e estudar esses fenômenos, procurando descobrir suas causas, as leis que os regem, sabendo que eles estão disponíveis para todos nós, aguardando nossa capacitação. É fascinante acompanhar o desenrolar dos milagres e procurar desvendar a beleza contida na intenção e nos sentimentos que originam cada um, próprios de um ser evolutivamente muito acima de nós.

Precisamos ver o que cada fato extraordinário está tentando nos dizer. Como eles foram produzidos tem uma importância secundária, face ao que eles podem significar e ensinar sobre a natureza espiritual do homem.

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