Bom dia! Por acaso você tem alguma coisa que fale da Páscoa e o significado Espírita -
= RENOVAÇÃO Não precisa ser extenso. Obrigada.
Resposta:
Na verdade, a Páscoa não tem nenhum significado dentro da Doutrina Espírita, nem mesmo simbólico, pois é uma data puramente convencional.
Afinal, peremptoriamente, Jesus não nasceu em dezembro, não morreu necessariamente numa sexta-feira e efetivamente não ressuscitou no domingo (3° dia). Aliás, nem mesmo ressuscitou em qualquer dia.
A Páscoa, sem sombra de dúvida, era uma festa pagã, apropriada pelo Judaísmo em seus rituais, frente a fatos históricos significativos para aquele povo.
O Espiritismo jamais se apropriou dessa data, e se alguns espíritas o fazem, é ainda pelo (desculpe a expressão) "ranço" do Catolicismo, de onde muitos Espíritas vêm.
Quando coloco isso, não quero denegrir o Catolicismo, muito pelo contrário, só estou colocando que muitos Espíritas ainda não abandonaram a "Sacristia", ou seja, não se desligaram de outras religiões para viver a Filosofia Espírita no seu tríplice aspecto.
Se o Espiritismo, hipoteticamente, tivesse que escolher uma data para significar "renovação", por certo seria o Natal (mesmo que seja uma data simbólica e meramente convencional, nem próxima da realidade), pois aí sim significaria o "renascimento", a "renovação" do ensino do Cristo, da Lei do Amor, e não a Páscoa, pois o sentido de "renovação" aí (na Páscoa) estaria associado a "ressurreição do Cristo", que não ocorreu e que o Espiritismo não aceita. Para o Espiritismo, o Cristo morto pouco significa. Sua real importância é a do "Cristo Vivo", o Cristo do Evangelho de Verdade e de Vida. E o que mais se aproxima disso é o "Cristo do Natal", não o "Cristo da Páscoa".
Espero que não fique ofendida com minhas colocações, que sei serem duras, mas o que coloco está perfeitamente de acordo com os postulados Espíritas, com o pensamento trazido por Kardec, e não devemos fugir ou fazer concessões para dele se afastar.
Tenho profundo respeito pelo Catolicismo e todas as demais religiões, pois já fui Católico e estudo (procuro conhecer) as demais religiões. Mas que cada um fique com suas crenças. Nós Espíritas, não precisamos delas compartilhar. Apenas compreender e respeitar.
Não precisa concordar comigo, pois não sou e nem pretendo ser o "dono da verdade".
Utilize meus argumentos para fazer a antítese de sua tese, e faça sua síntese. Por certo, você estará muito mais perto da "verdade".
Um fraterno abraço
Curitiba, 09 de abril de 2006
Carlos Augusto P. Parchen
www.carlosparchen.net / c_a_parchen@ yahoo.com.br
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