O
LIVRO DOS MÉDIUNS
(Guia
dos Médiuns e dos Doutrinadores)
por
por
ALLAN KARDEC
Contém
o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de
manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento
da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática
do Espiritismo.
SEGUNDA
PARTE
DAS
MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO
XIV
OS
MÉDIUNS
Médiuns
de efeitos físicos
Estudo 53 - Itens 160 e 161
Os médiuns
de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos
materiais, como os movimentos dos corpos inertes, ou ruídos, etc. Podem ser
divididos em:
* médiuns facultativos ou voluntários: que têm consciência dos fenômenos que
produzem.
* médiuns involuntários: ou naturais,
que não possuem consciência de suas faculdades e são usados pelos Espíritos
para promoverem manifestações sem que o saibam.
Quando o Espírito está encarnado, a substância do
perispírito se acha mais ou menos ligada, mais ou menos aderente, se assim se
pode exprimir. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas organizações,
uma espécie de emanação desse fluido e é isso, propriamente falando, o que constitui o médium de efeitos físicos. A emissão do fluido
animalizado pode ser mais ou menos abundante, como mais ou menos fácil a sua
combinação, donde os médiuns mais ou menos poderosos. Essa emissão, porém, não
é permanente, o que explica a intermitência do poder mediúnico.
Os médiuns de efeitos físicos são dotados de
faculdade capaz de produzir efeitos materiais ostensivos. Seus trabalhos têm a
finalidade de chamar a atenção da incredulidade humana para a existência dos
Espíritos e do mundo invisível. Produzem fenômenos materiais, tais como:
* movimento de corpos inertes,
* ruídos, " voz direta,
* curas fenomênicas,
* transportes etc.
Convidamos os leitores a acessarem os estudos
referentes ao Capítulo V de O Livro dos Médiuns, nos meses de dezembro/03 à
abril/04, quando estudamos as manifestações de efeitos físicos e, também é
claro, a buscarem na citada obra de Allan Kardec.
Os médiuns
facultativos ou voluntários são os que têm consciência do seu
poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Conquanto
inerente à espécie humana, conforme já se disse, semelhante faculdade longe
está de existir em todos no mesmo grau. Porém, se poucas pessoas há em quem ela
seja absolutamente nula, mais raras ainda são as capazes de produzir os grandes
efeitos, tais como, a suspensão de corpos pesados, a translação aérea e,
sobretudo, as aparições. Os efeitos mais simples são a rotação de um objeto,
pancadas produzidas mediante o levantamento desse objeto, ou na sua própria
substância. Sem se dar importância capital a esses fenômenos, recomenda-se,
contudo, que não sejam desprezados. Podem proporcionar interessantes
observações e contribuir para a convicção dos que os observem. Cumpre,
entretanto, ponderar que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente
existe nos que dispõem de mais perfeitos meios de comunicação, quais a escrita
e a palavra. Em geral, a faculdade diminui num sentido à proporção que se
desenvolve em outro.
Importante ressaltar que, apesar do médium
facultativo possuir a consciência e vontade para produzir o fenômeno, ele nada
pode se os Espíritos se recusam a fazê-lo.
Os médiuns involuntários ou naturais são aqueles cuja
influência se exerce a seu mau grado. Nenhuma consciência têm do poder que
possuem e, muitas vezes, o que de anormal se passa em torno deles não se lhes
afigura de modo algum extraordinário. Isso faz parte deles, exatamente como se
dá com as pessoas que, sem o suspeitarem, são dotadas de dupla vista. São muito
dignos de observação esses indivíduos e ninguém deve descuidar-se de recolher e
estudar os fatos deste gênero que lhe cheguem ao conhecimento. Manifestam-se em
todas as idades e, freqüentemente, em crianças ainda muito novas.
Tal faculdade não constitui, em si mesma, indício
de um estado patológico, porquanto não é incompatível com uma saúde perfeita.
Se sofre aquele que a possui, esse sofrimento é devido a uma causa estranha,
donde se segue que os meios terapêuticos são impotentes para fazê-la
desaparecer. Nalguns casos, pode ser conseqüente de uma certa fraqueza
orgânica, porém, nunca é causa eficiente. Não seria, pois, razoável
inquietar-se com ela do ponto de vista da saúde. Só poderia acarretar
inconveniente, se aquele que a possui abusasse dela, depois de se tornar médium
facultativo, pois então, poderia haver emissão abundante de fluido vital e, por
conseguinte, enfraquecimento dos órgãos.
E concluindo nossos estudos dos itens indicados,
transcrevemos nota do Prof. Herculano Pires, tradutor da edição que utilizamos: "Os
Espíritos não dão aos fenômenos físicos a mesma importância que lhe atribuímos.
Interessam-se mais pelas manifestações inteligentes, destinadas aa transmissão
de mensagens ou à conversação esclarecedora. Veja-se o caso de Francisco
Cândido Xavier, dotado de excelentes faculdades de efeitos físicos mas
aplicando-se, por instrução de seus guias, especialmente à psicografia. Os
fenômenos impressionam e servem, muitas vezes, para despertar o interesse pela
Doutrina, mas o que realmente interessa é esta, com suas consequências morais e
espirituais(...).
BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns:
2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XIV - 2ª Parte
Tereza
Cristina D'Alessandro
Janeiro / 2006
Janeiro / 2006
Centro
Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão
Preto - SP
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