(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO IV
TEORIA DAS
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
Estudo
28: itens 79 a 81- Aumento e diminuição de peso dos corpos
Concluindo o estudo do capítulo IV, relembramos que
o fluido universal, é o agente principal das manifestações e que esse agente
recebe seu impulso do Espírito, quer seja encarnado ou errante. O fluido
condensado constitui o perispírito ou invólucro semimaterial do Espírito. Na
encarnação, o perispírito se acha unido à matéria do corpo; na erraticidade
está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito se
acha mais ou menos fundida com a matéria
corpórea, mais ou menos colada a ela, se assim
podemos dizer. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas organizações,
uma espécie de emanação desse fluido e é isso, propriamente falando, o que
constitui o médium de efeitos físicos. A emissão do fluido animalizado pode ser
mais ou menos abundante, como mais ou menos fácil a sua combinação, daí os
médiuns mais ou menos possantes.
Aumento e
diminuição de peso dos corpos
Para explicar estes
fenômenos Allan Kardec faz a seguinte comparação:
— Quando se faz
o vácuo na campânula da máquina pneumática, essa campânula adere com força tal
ao seu suporte, que é impossível ergue-la, tal a força de adesão que lhe dá a
pressão do ar sobre ela. Deixando-se entrar o ar, a campânula se eleva com
maior facilidade, porque o ar de baixo contrabalança o de cima. Entretanto,
abandonada a si mesma, permanecerá no prato em virtude da lei de gravidade.
Comprima-se, porém, o ar interior dando-lhe uma densidade maior que o de cima e
a campânula se levantará, apesar da gravitação. Se a corrente de ar for rápida
e violenta, ela poderá manter-se no espaço sem nenhum apoio visível, como os bonecos que
giram sobre os jatos de um repuxo. Por que, pois, o fluido universal, que é o elemento básico de toda a matéria, acumulando-se em
torno à mesa, não teria a propriedade de aumentar ou diminuir o seu peso
específico relativo, como faz o ar com a campânula, o hidrogênio com os balões,
sem que fique derrogada a lei de gravitação? Conhecemos todas as propriedades e
toda a força desse fluido? Não. E então? Como negar um fato que não podemos
explicar.
Ainda sobre o
possível aumento de peso, esse é um fenômeno que às vezes se produz e que nada
apresenta de mais anormal do que a prodigiosa resistência da campânula, sob a
pressão da coluna atmosférica. Têm-se visto, sob a influência de certos
médiuns, objetos muito leves oferecerem idêntica resistência e, em seguida,
cederem de repente ao menor esforço. Na experiência de que acima tratamos, a
campânula não se torna realmente mais nem menos pesada em si mesma; mas, parece
ter maior peso, por efeito da causa exterior que sobre ela atua. O mesmo
provavelmente acontece com a mesa. Ela tem sempre o mesmo peso intrínseco,
porquanto sua massa não aumentou; porém, uma força estranha se lhe opõe ao movimento
e essa causa pode residir nos fluidos ambientes que a penetram, como reside no
ar a que aumenta ou diminui o peso aparente da campânula. Faça-se a experiência
da campânula diante de um homem ignorante: não compreendendo que o agente é o
ar, que ele não vê, será fácil persuadi-lo de que se trata do diabo.
Talvez se diga que o
fluido, sendo imponderável, sua acumulação não poderá aumentar o peso de um
objeto. De acordo, afirma Kardec, e complementa: Mas é preciso notar que só nos
servimos da palavra acumulação com finalidade comparativa e não para
identificação do fluido com o ar. Ele é imponderável, mas, sua natureza íntima
nos é desconhecida e estamos longe de conhecer todas as suas propriedades.
Antes de conhecer o peso do ar, ninguém podia suspeitar dos efeitos desse peso.
E concluindo,
complementa Allan Kardec: A Natureza nos prova diariamente que o seu poder não
se limita ao testemunho dos nossos sentidos.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo:
FEESP, 1989 - Cap. IV - 2ª Parte
Tereza Cristina
D'Alessandro
Novembro / 2003
Novembro / 2003
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
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