Estudo
Evangélico
Livro: “PALAVRAS DE VIDA ETERNA”
Francisco
C. Xavier / Emmanuel
Estudo n. 10
VENCER O MAL
“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”. –Paulo.
(Romanos, 12:21)
A Doutrina Espírita ensina que Moral é
a regra de bem se conduzir, isto é, de fazer a distinção entre o Bem e o Mal.
Funda-se na observância da Lei de Deus. Bem é tudo quanto concorde com essa lei
e Mal é o que dela se afasta.
Léon Denis nesse sentido frisa que não
há dois princípios Bem e Mal, este não tem existência própria somente
acontecendo quando o Homem, por um efeito de sua vontade, dá-lhe criação. Sendo
ausência de bem, o Mal é um estado de inferioridade, de ignorância do ser em
caminho de evolução e como tal, transitório. André Luiz, em “Ação e Reação”,
expressa que bem é cooperação com a lei a favor de todos, é o progresso, a
felicidade, a segurança, a justiça para todos os semelhantes, para todas as
criaturas. O mal ao contrário é o bem feito unicamente a si mesmo,
expressando-se no egoísmo, orgulho, vaidade, na insensatez que são imperfeições
do ser situado em níveis inferiores de evolução tornando suas escolhas nocivas
às demais criaturas.
Emmanuel reflete no desenvolvimento
desse tema sobre a expressão " guerrear o mal ", como se bastassem
nossas atitudes mais fortes para exterminá-lo e vencê-lo.
Sem dúvida, prossegue: “semelhante
conceituação não é de todo imprópria, porque em muitas circunstâncias, para
limitá-lo não podemos dispensar vigilância e a firmeza”.
O autor espiritual continua alertando
sobre o fato que nossas atitudes mais enérgicas nada mais fazem do que limitar
o mal, isto é, restringir, diminuir sua ação e não erradicá-lo, e exemplificou:
“Criamos outros males a se expressarem através de feridas que apenas o tempo
consegue cicatrizar”, querendo significar que na ânsia de buscar o Bem, agimos
com intensidade maior frente ao mal cometido: gritamos mais alto, temos atitudes
mais grosseiras, palavras mais duras, sem entender que assim procedendo
alimentamos intensificando e engrossando o próprio mal que desejamos diminuir.
Poderíamos fazer os mesmos paralelos
quando comentamos o mal praticado, onde na simples conversa do dia a dia nos
detemos nos aspectos sórdidos, menores, sensacionais da dor em si. Quando
assistimos programas descompromissados com o crescimento do ser, lemos,
emprestamos, sem perceber, espalhamos o mal, dando-lhe força, levando-o a tantas
outras mentes que na mesma proposta irresponsável, sem o perceber, dá-lhe
força, engrossa raízes em ramificações que buscam exatamente o solo inferior do
ser, causando efeitos inimagináveis de dor, desespero, medo, frustração,
desencanto com a vida, descrédito ao próprio ser humano, enfim sentimentos
mórbidos que envolvem o homem em atmosfera de revide e agressão.
Em razão disso, a atitude adequada
perante o mal jamais será tentar reprimi-lo com armas semelhantes, com
indiferença, ou com o “meio bem”, mas as atitudes de amor como o único solvente
do mal em todos os setores.
Sem o amor qualquer atitude que se tome
sempre fomentará mais mal.
“O
Evangelho é claro na orientação para a extinção desse flagelo, verdadeira trava
ao progresso da Humanidade: ”Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com
o bem".
Outra não foi a lição do Mestre ao
ensinar e viver o: " Amai os vossos inimigos. Bendizei os que vos
maldizem. Orai por aqueles que vos maltratam e caluniam. Oferta amor aos que
vos odeiam. Perdoai setenta vezes sete".
Só o bem ativo, diligente, vigilante e
operoso tem ação renovadora capaz de exterminar o mal e suas conseqüências.
Sendo assim, Emmanuel recomenda que:
“O
melhor processo de extinguir a calúnia e a maledicência é confiar nosso próprio
verbo à desculpa e à bondade. O recurso mais eficiente contra a preguiça é o
nosso exemplo firme no trabalho constante. O meio mais seguro de reajustar
aqueles que desajudam ao próximo é ajudar incessantemente. O remédio contra a
maldição é a bênção. Os antídotos para o veneno da injúria são a paz do
silêncio e o socorro da prece”.
Nas muitas ocasiões
todos podemos "combater o mal" restringir-lhe a ação e evitar que se
estenda produzindo danos maiores mas, fiquemos certos de que a única força
capaz de barrar-lhe a investida e obter definitivamente a perfeita vitória
sobre ele será sempre a ação no bem irrestrito, diligente e renovador.
“Não te deixes vencer
pelo mal, mas vence o mal com o bem”.
Bibliografia.
Francisco Cândido
Xavier. Vencer o mal. In: Palavras da Vida Eterna. Ditado pelo Espírito
Emmanuel. Edição Comunhão Espírita Cristã. 17a Edição. 1992.
Francisco Cândido
Xavier. Conversação Preciosa. In: Ação e Reação. Ditado pelo Espírito André
Luiz. Federação Espírita Brasileira. 12a Edição.
Léon Denis. As Leis
Universais. In: O Grande Enigma. Federação Espírita Brasileira. 7a
Edição.
Iracema Linhares Giorgini
Abril / 2002
Abril / 2002
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
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