Estudo Evangélico
Livro: “PALAVRAS
DE VIDA ETERNA”
Francisco
C. Xavier / Emmanuel
Estudo n. 12
Tema: PERANTE JESUS
“Porventura sou eu, Senhor?" (Mateus, 26:22)
No capítulo I, item 9 de "O
Evangelho Segundo o Espiritismo" encontramos especificada a missão de
Jesus no nosso planeta: "O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais
sublime moral, da moral evangélica cristã, que deve renovar o mundo, aproximar
os homens e torná-los irmãos; que deve fazer brotar de todos os corações
humanos a caridade e o amor ao próximo, e criar entre todos os homens uma
solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a
Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam".
Desde o primeiro dia da Boa Nova, Jesus convida a perceber que a redenção
procede do alto, que a libertação de cada um só se concretizará com a
colaboração ativa dos corações de boa vontade.
Frente a grandeza da proposta, como hoje,
nos posicionamos? Entendemos qual é a proposta, o que é necessário para colocá-la
em prática, a que ela levará?
Trata-se de uma proposta de libertação
mas, libertação de quem?
Nas buscas com Jesus, chegaremos a
perceber que o processo se resume na libertação de nós mesmos, das nossas
inferioridades, de tudo quanto nos aguilhoa à retaguarda, sentimentos,
pensamentos, comportamentos que repetimos ao longo das várias encarnações.
Apesar de já conhecer Jesus mantemos esses entraves à libertação insistindo em
alimentar sentimentos doentios, pensamentos mórbidos, atitudes duras em
desamor.
Nesse sentido Emmanuel reflete que não
temos condições morais para recriminar Judas em suas atitudes menos felizes
para com Jesus, uma vez que inúmeras vezes, hoje, cada qual também repete
velhos erros, detemo-nos em tantas viciações, tão irresponsáveis ou inferiores
quanto as decisões de nosso infeliz irmão.
Emmanuel vai mais longe e lista algumas
entre muitas situações nas quais repetimos o ato de Judas:
Na batalha da vaidade e do orgulho...
Nas exigências do prazer egoísta...
Na opressão da opinião...
Na crueldade confessa...
Na caça da fortuna material...
Na rebeldia destruidora...
No esquecimento dos nossos deveres...
Na desonra do nosso próprio trabalho...
Deserções, ingratidão, descasos perante Jesus, perante nós mesmos e
nosso próximo...
Tendo estado Jesus na função e objetivo
de despertar, ainda hoje, muitas vezes, "fingimos" não entender a
proposta, tentamos nos enganar achando que a proposta do Cristo serve para o
outro e é dispensável para min.
No entanto é imprescindível inserir
Jesus como padrão da vida, modelo de cada dia, de cada atitude, decisão ou
ação.
Permanecer nas situações de erro
ocasionarão sofrimentos e comprometimentos maiores, desgastando-se nos
trabalhos de renovação individual, que encontra nas atitudes do Bem a própria
sublimação.
Para colocar a proposta evangélica em
prática é necessário após o conhecimento, a reflexão, acionar a vontade firme
para o trabalho a ser feito.
Se cada homem indagasse quanto ao
fundamento essencial de suas atividades na Terra, encontraria sempre no
santuário interior, vastos horizontes para ilações de valor infinito,
falando-lhe de valores, de horizontes cada vez mais amplos, já que como seres
imortais, trazemos esse anseio, esse impulso de superação.
Tudo que representar esforço falará de
realização no quadro de trabalhos permanentes do Cristo. O que efetuamos nos
séculos constitui benefício ou ofensa a nós mesmos, na obra de libertação do
ser em relação a si mesmo.
Trabalho digno é oportunidade que não
se pode deixar despercebida perdendo-a pela inação.
Dentro dos círculos
do serviço, cada esforço no Bem honrar-lhe-á a personalidade eterna.
No convite do tema, que percebamos a
necessidade de em despertando forjar a vontade firme para, como Paulo de Tarso
se erguer da estrada dos enganos, colocando-se a caminho da libertação.
Bibliografia.
Francisco Cândido
Xavier. Na Presença do Cristo. In: Livro da Esperança. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
Edição Comunhão Espírita Cristã. 9a Edição. 1987.
Francisco Cândido
Xavier. Perante Jesus. Jesus para o Homem. In: Pão Nosso. Ditado pelo Espírito
Emmanuel. Federação Espírita Brasileira. 14a Edição. 1986.
Francisco Cândido
Xavier. Que Fazemos do Mestre? In: ‘Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito
Emmanuel. Federação Espírita Brasileira. 4a Edição. 1977.
Simoni Scramin Rehder
Junho / 2002
Junho / 2002
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
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