ESPÍRITA BRINCA CARNAVAL?
Agnaldo José Cardoso
É carnaval. Puxa! Como demorou para chegar! Hora de relaxar! Hora de acabar com o estresse! Hora ansiosamente aguardada para sair do sério. Pierrôs, colombinas, palhaços e outras fantasias inomináveis, que muitas vezes, refletem os desejos mais íntimos e nem sempre confessáveis dos foliões, surgem do nada, guiados pelo som irresistível dos tambores e clarins, para cair na folia. Quanta loucura... Mas é carnaval e no carnaval, tudo é permitido...
Marginais, no meio da multidão que pula de forma alucinada, aproveitam-se da confusão para cometer crimes.
Muitos jovens e adultos, transtornados pela música hipnotizante e frenética, caem nas armadilhas das drogas alucinantes. É hora de pular, sambar e frevar, além de trocar propositais empurrões e cotoveladas. Esse é o lado da festa que podemos observar deste lado da vida. Mas há outro lado...
Pelo lado espiritual, o carnaval observado do Além, é lamentavelmente muito mais triste e perigoso. Milhares de espíritos infelizes também invadem as avenidas, num triste e feio espetáculo, que transforma o carnaval em um terrível circo dos horrores de grandes e atemorizantes proporções.
A música de Caetano que diz: Atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu, está totalmente equivocada, pois os queridos malfeitores das trevas, os vagabundos do mundo oculto, vão atrás sim e se vinculam aos foliões pelos fios invisíveis das preferências que estes trazem escondidas no seu íntimo. Dezenas, centenas, milhares de entidades vampirescas, abraçam e se desdobram em influenciar os foliões, para juntos beberem, fumarem, se drogarem, se entregarem ao sexo desvairado e cometerem os mais tristes desatinos.
O homem vive onde e com quem se sintoniza psiquicamente. E essa sintonia se dá pelos desejos e tendências existentes na intimidade de cada um. E é graças a essa lei de afinidade, que os espíritos das trevas se vinculam aos foliões descuidados, induzindo-os a orgias deprimentes e atitudes grotescas, animalizadas, de lamentáveis conseqüências.
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