(Guia
dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
ESPONTÂNEAS
Estudo 31 - Itens 92 a 95 - Lançamento de Objetos
No capítulo que
estamos estudando, Allan Kardec explica que tais fenômenos, cuja manifestação
se poderia considerar como de prática espírita natural, são muito importantes,
porque excluem as suspeitas de conivência. Afirma ainda, que as manifestações
físicas têm por fim chamar a nossa atenção para alguma coisa e
convencer-nos da presença de um poder superior ao do homem. Também disse
que os Espíritos elevados não se ocupam com esta ordem de manifestações; que se
servem dos Espíritos mais imperfeitos para produzi-las. Atingida a finalidade
acima indicada, cessa a manifestação. Na sequência estudaremos a causa do lançamento
de objetos.
Causa
do lançamento de objetos
Podemos considerar
que os fenômenos de movimentação dos corpos inertes, os ruídos, as pancadas, o deslocamento
de objetos tem uma mesma causa; são produzidos pela mesma força que levanta
objetos. São produzidos em ambientes onde há a presença de médiuns, os quais
muitas vezes ignoram suas faculdades e que por isso são chamados de médiuns
naturais.
A intervenção
voluntária ou involuntária de pessoa dotada de aptidão especial parece
necessária, na maioria dos casos, para a produção desses fenômenos, embora haja
aqueles em que o Espírito parece agir sozinho, mas, ainda nesse caso, ele
poderia tirar o fluido animalizado de uma pessoa distante. São necessárias
algumas condições para que o fenômeno se dê: primeiro, que o Espírito queira fazê-lo,
a seguir que encontre uma pessoa apta a ajudá-lo, coincidência que só raramente
ocorre. Se essa pessoa aparece inesperadamente, ele a aproveita.
Mas apesar das
circunstâncias favoráveis, ele poderia ainda ser impedido por uma vontade
superior que não lhe permitisse agir como quer, ou, permitir que aja dentro de
certos limites, desde que as manifestações sejam consideradas úteis, para os
que a vivenciam.
O Espírito São Luis,
questionado por Allan Kardec sobre fenômeno ocorrido em junho de 1860 na rua
Des Noyers, em Paris, em que um Espírito se divertia brincando com os moradores
do local, esclarece que os fatos foram verdadeiros apesar dos exageros de
imaginação do povo. Os detalhes se encontram na Revista Espírita de
agosto de 1860.
Esclarece que esses
fenômenos são sempre provocados pela presença, entre os moradores, de alguém
com mediunidade espontânea e involuntária. Um Espírito mora num lugar de sua
predileção e, enquanto ali não aparece uma pessoa de que se possa servir, fica
sem ação. Quando essa pessoa aparece, ele se diverte quanto pode.
A presença desse
médium no local é o mais comum, porque o Espírito pode buscar os recursos
necessários em outro local. Allan Kardec pergunta se há afinidade moral entre o
médium e o Espírito, e São Luis afirma que não, precisamente, e sim, há uma
aptidão que decorre de afinidade fluídica, mas há que se considerar uma
tendência material que seria preferível não possuir, pois quanto mais elevada
moralmente, mais a pessoa atrai os Bons Espíritos, que necessariamente afastam
os maus.
Os objetos atirados
são quase sempre encontrados no próprio lugar ou na vizinhança, e uma força que
sai do Espírito os lança no espaço e os faz cair onde ele quer.
Considerando que a
finalidade dessas manifestações é chamar a atenção para a existência do
Espírito, sobre a realidade do mundo espiritual, como entender, pergunta
Kardec, que alguns incrédulos que vivenciaram essas experiências, não as
consideraram concludentes? Não dependeria dos Espíritos dar-lhes alguma prova
sensível?
Novamente o Espírito
São Luis afirma que, "os ateus e os materialistas não testemunham a cada
instante os efeitos do poder de Deus e do pensamento? Mas isso não os impede de
negar a Deus e a alma. Os milagres de Jesus converteram todos os seus
contemporâneos? Os fariseus que lhe diziam: "Mestre, fazei-nos ver algum
prodígio", não se pareciam com esses que hoje pedem para ver as manifestações?
Se não se deixam convencer pelas maravilhas da Criação, não seriam mais tocados
pelo aparecimento de um Espírito, mesmo da maneira mais evidente, pois o seu
orgulho os transforma em animais empacados. Não lhes faltariam ocasiões de ver,
se eles a procurassem de boa fé. É por isso que Deus não julga conveniente
fazer por eles mais do que não faz nem mesmo para aqueles que sinceramente
buscam instruir-se. Essa incredulidade não impedirá que se cumpra a vontade de
Deus, assim como não impediu a expansão da Doutrina. Felizes os que crêem sem
ter visto, disse Jesus, porque eles não duvidam do poder de Deus”.
Concluindo nosso
estudo com essas reflexões do Espírito São Luis, convidamos o leitor a buscar
em O Livro dos Médiuns, a descrição da evocação do Espírito
perturbador de rua Des Noyers feita por Allan Kardec, e que contém as razões do
Espírito para a provocação dos fenômenos. Ver cap V, item 95.
Em continuidade ao
estudo desse capítulo, veremos Fenômeno de Transporte.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - O
Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. V - 2ª Parte
Tereza Cristina D'Alessandro
Fevereiro / 2004
Centro
Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário