Estudo
Evangélico
Livro: “PALAVRAS DE VIDA ETERNA”
Francisco C. Xavier / Emmanuel
Estudo n. 20
TEMA: VIGIANDO
“Se alguma virtude há e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Paulo (Filipenses,
4:8).
Nesse estudo Emmanuel reflete
sobre a necessidade de vigilância, cuidado, atenção com os pensamentos.
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O que é vigilância?
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Qual sua importância?
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Porque vigiar os pensamentos?
Vigilância é procedimento
valioso, fundamento importante de que ninguém pode prescindir para êxito de
qualquer empreendimento; através dela seleciona-se os passos, supera-se
obstáculos e dificuldades, evitando-se possíveis desvios que poderiam
comprometer os objetivos propostos, a obra.
Assim também deve ocorrer na vida
moral, onde a vigilância regular e constante dos pensamentos é de vital
importância uma vez que eles são o princípio de toda realização de ordem moral.
Diz Emmanuel que o pensamento é a
substância com a qual construímos a própria vida. O mal e o bem, o feio e o
belo, vieram, antes de tudo, na fonte mental que os produziu. O pensamento é o
início de tudo e o início é o fundamento, a base que sustenta o projeto, a
obra.
Vejamos o que diz Eurípedes
Barsanulfo a esse respeito:
A vigilância é necessária porque
"... a mente, pela facilidade de manter-se em polivalência de idéias,
tende a constantes mudanças de comportamento, aceitando induções que lhe
chegam, alterando o plano de realizações".
No torvelinho das preocupações,
na horizontalidade do pensamento vinculado aos interesses imediatistas, surgem
com muita freqüência interesses atraentes, que dizem respeito às necessidades
do cotidiano, dando lugar a alterações de anseios e de valores que antes
recebiam considerações acuradas. Nesses momentos tem início vacilações quanto
às metas elegidas, por se tornarem mais agradáveis aquelas que dão imediatas
respostas de prazer, que afetam os sentidos, proporcionando alegria
inconseqüente.
Todo pensamento impõe
responsabilidade aquele que o manifesta. Pensar é criar, e toda a criação tem
vida e movimento, ainda que breves. Os
pensamentos que emitimos, por lei, buscam os seus semelhantes, consubstanciando
valores e harmonia ou atormentando e desequilibrando dependendo da natureza de
sua formação no íntimo do ser. Se persistirmos nas esferas mais baixas da
experiência humana, aqueles que ainda estagiam nos mesmos níveis nos procuram
atraídos pela similitude de nossos pensamentos. Por esse princípio de permutas
a que estamos vinculados quem apenas mentalize angústias, crimes, miséria, perturbação,
refletirá desarmonia, sofrimento, imobilizando-se conforme exemplifica
Emmanuel.
"É a
nuvem da incompreensão conturbando o ambiente doméstico...
É a injúria nascida na palavra
inconsciente dos desafetos.
É a acusação indébita de permeio
com a calúnia...
É a maledicência convidando à
mentira e à leviandade...".
Da mesma forma o otimismo, a
superação de receios infundados, o exercício de idéias edificantes
proporcionarão o ajuste do ambiente, tornando-o fraterno para uma convivência
sadia, aflorando do ser essencial o amor que ilumina a razão orientando-a no
sentido do Bem.
“... Se alguma virtude há e se
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento estabelece o
programa de vigilância para a mente moralmente sadia operar em corpo
sadio".
Vigiar o pensamento, impedindo a
perniciosa convivência com idéias negativas, constitui meta primeira para quem
deseja acertar, progredir e ser feliz. Pensar de maneira salutar é compromisso
valioso para gerar otimismo e paz, iniciando o programa das ações corretas,
indispensáveis à caminhada evolutiva.
Por isso ensinou-nos Jesus
“vigiai o coração – fonte dos sentimentos” porque daí procedem os maus
pensamentos que comprometem e infelicitam a criatura, como também as idéias de
engrandecimento e progresso. Esse cuidado permitirá observar as qualidades dos
pensamentos bem antes da formação das idéias, por percebê-las na intimidade do
ser, ocasião em que poderão ser modificadas e orientadas no sentido das boas
idéias, que fortalecem, revigoram estendendo as bênçãos do Bem.
Caminhando ao influxo de nossas
próprias criações, convém ajuizar quanto a natureza de nossos pensamentos,
buscando renovação íntima, com acréscimo de visão, seguindo à frente,
minimizando perturbações e dores.
O Evangelho de Jesus é o roteiro
generoso para que a mente humana atenda a necessária renovação, único meio de
recuperação e manutenção da harmonia, e a vigilância deve arregimentar todas as
forças possíveis nessa busca que somente termina na pureza espiritual, para
começar outras tarefas em níveis que não podemos nem imaginar. Naturalmente que
a desincumbência de tais labores exige esforço, luta, persistência para romper
as algemas dos vícios que predominam na natureza humana como decorrência do
passado delituoso e equivocado.
É de nosso interesse colaborar na
execução dos propósitos elevados, iluminando a mente e clareando a vida.
Concluiu Emmanuel:
"...não te prendas às teias
da perturbação e da sombra. Em todas as situações e em todos os assuntos,
guardemos a alma nos ângulos em que algo surja digno de louvor, fixando o bem e
procurando realizá-lo com todas as energias ao nosso alcance".
E
ocupando o nosso pensamento com os valores autênticos da vida, aprenderemos a
sorrir para as dificuldades, quaisquer que sejam, construindo gradativamente,
em nós mesmos, o templo vivo de luz para a comunhão constante com o nosso
Mestre e Senhor.
Bibliografia.
Franco, Divaldo Pereira.
“Terapêutica de Emergência: Vigiar o Pensamento”. Ditado por Espíritos
Diversos, 3a ed. Salvador – Ba. Livraria Espírita Alvorada Editora,
1995.
Franco, Divaldo Pereira. “Cristo
e o Mundo”. Ditado pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo, Viena – Áustria, 1998.
Xavier, Francisco Cândido. “Nos
domínios da Mediunidade: Pensamento e Mediunidade”. Ditado pelo Espírito André
Luiz, 17a ed. Rio de Janeiro. FEB, 1988.
Xavier, Francisco Cândido.
“Palavras de Vida Eterna: Vigiando”. Ditada pelo Espírito Emmanuel, 17a
ed. Uberaba-
MG. CEC, 1992.
Iracema
Linhares Giorgini
Fevereiro
/ 2003
CENTRO ESPÍRITA BATUÍRA - RIB. PRETO – SP
cebatuira@cebatuira.org.br
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