LEI
Reencarnação!... Descer de mansão doce e flórea,
Ninho tecido aos sóis qual fúlgida escumilha,
Onde a vidas pompeia excelsa maravilha,
E afundar-se na sombra em lodacenta escória!
Ante o ser livre e belo ave aos cimos da glória
Recorda o corpo escravo ascorosa armadilha;
O berço irmão do esquife é a furna em que se humilha
Todo sonho ideal de ventura incorpórea.
Reencarnação, porém, é a Justiça Perfeita,
A Lei que esmonda, ampara, aprimora e endireita,mas
Por mais o coração inquira, chore ou trema!...
Alma, entre a lama e a dor da luta em que te abrasas,
Crias teu próprio mundo e as tuas próprias asas
Para galgar, um dia, a vastidão suprema!...
Constâncio Alves
(Do livro Poetas Redivivos, de Francisco Cândido Xavier Diversos Espíritos)
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