(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO
IV
TEORIA
DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
R U Í D O S
Estudo 27: itens 75 a 78
Continuando o
estudo do capítulo IV, relembramos que o fluido universal, que encerra o
princípio da vida, é o agente principal das manifestações e que esse agente que
recebe seu impulso do Espírito, quer seja encarnado ou errante. O fluido
condensado constitui o perispírito ou invólucro semimaterial do Espírito. Na
encarnação, o perispírito se acha unido à matéria do corpo; na erraticidade
está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito se
acha mais ou menos fundida com a matéria corpórea, mais ou menos
colada a ela, se assim podemos dizer. Em algumas pessoas se verifica, por
efeito de suas organizações, uma espécie de emanação desse fluido e é isso,
propriamente falando, o que constitui o médium de efeitos físicos. A emissão do
fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, como mais ou menos fácil a
sua combinação, daí os médiuns mais ou menos possantes. Essa emissão, porém,
não é permanente, o que explica a intermitência do poder mediúnico.
Para
compreender esses processos Allan Kardec propõe uma comparação. Quando queremos
atingir alguma coisa à distância de nós, é pelo pensamento que o tentamos, mas
o pensamento sozinho não poderia realizar o nosso intento. Precisamos de um
instrumento que o pensamento dirigirá: um bastão, um projétil, um sopro, etc.
Note-se ainda que o pensamento não age diretamente sobre o bastão, que
precisamos pegar. A inteligência, que é o próprio Espírito encarnado, está
unida ao corpo pelo perispírito e não pode agir sobre o bastão sem o corpo.
Assim: ela (a inteligência) age sobre o perispírito que é a substância com que
tem mais afinidade, o perispírito age sobre os músculos, estes fazem a mão
pegar o bastão e o bastão atinge o alvo. Quando o Espírito está desencarnado
necessita de um instrumento que não pertence ao seu organismo esse instrumento
é o fluido com ao auxílio do qual torna o objeto apropriado a realizar o
impulso da sua vontade.
Quando, pois,
um objeto é movido, erguido ou atirado no ar, o Espírito não o pegou, não o
ergueu nem o atirou como nós fazemos com as mãos. Ele o saturou, por assim dizer, com o
seu fluido, combinado com o do médium, e o objeto, assim, momentaneamente
vivificado, age como um ser vivo, com a diferença de não ter vontade própria e
obedecer ao impulso da vontade do Espírito.
Assim, o
fluido vital, dirigido pelo Espírito, dá vida artificial e momentânea aos
corpos inertes. Sendo o perispírito formado por esse fluido, segue-se que o
Espírito encarnado, por meio do seu perispírito, é quem dá vida ao corpo,
conservando-se unido a ele enquanto o organismo o permite. Quando se retira, o
corpo morre. Agora, se em vez de uma mesa, fizéssemos uma estátua de madeira,
teríamos sob a ação mediúnica, uma estátua que se moveria e daria pancadas,
respondendo às nossas perguntas. Teríamos, em suma, uma estátua animada
momentaneamente de uma vida artificial. Em lugar de mesas falantes, também se
poderia dizer estátuas
falantes. Quanta luz lança esta teoria sobre uma imensidade de fenômenos
até agora inexplicáveis! Quantas alegorias e efeitos misteriosos vem explicar!
Ressalta Allan
Kardec que os incrédulos ainda objetam que o fenômeno da suspensão das mesas,
sem ponto de apoio, é impossível, por contrariar a lei de gravitação. Responde
o Codificador que, em primeiro lugar, a negação não constitui uma prova; em
segundo lugar, que, sendo real o fato, pouco importa contrarie ele todas as
leis conhecidas, circunstância que só provaria uma coisa: que ele decorre de
uma lei desconhecida e os negadores não podem alimentar a pretensão de conhecerem
todas as leis da Natureza.
Nos próximos
estudos, concluímos o estudo do capítulo IV, abordaremos aumento e diminuição de peso dos
corpos.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - 2ª Parte Cap. IV - itens 75 a 78
Tereza Cristina D'Alessandro
Outubro / 2003
Outubro / 2003
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
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